"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Frase para a Semana

"O pior dos problemas 
da gente é que ninguém 
tem nada com isso. "
Mario Quintana
(Alegrete, 30 de julho de 1906 - Porto Alegre, 5 de maio de 1994). 
Quintana foi poeta, tradutor e jornalista brasileiro.

sábado, 29 de agosto de 2015

5 Links - # 142 >>>

Trilha Sonora (205) - Guns N´ Roses

Welcome to the Jungle
Guns N´ Roses
Compositores: Axl Rose e Slash
Welcome to the jungle
We got fun and games
We got everything you want
Honey, we know the names
We are the people that can find
Whatever you may need
If you got no money, honey
We got your disease

In the jungle, welcome to the jungle
Watch it bring you to your knees, knees
Oh, I wanna watch you bleed

Welcome to the jungle
We take it day by day
If you want it you're gonna bleed
But it's the price you pay
And you're a very sexy girl
That's very hard to please
You can taste the bright lights
But you won't get them for free

In the jungle, welcome to the jungle
Feel my, my, my, my serpentine
I, I wanna hear you scream

Welcome to the jungle
It gets worse here everyday
Ya learn to live like an animal
In the jungle where we play
If you got a hunger for what you see
You'll take it eventually
You can have anything you want
But you better not take it from me

In the jungle, welcome to the jungle
Watch it bring you to your knees, knees
Oh, I wanna watch you bleed

And when you're high, you never
Ever want to come down
So down, so down, so down, yeah!

You know where you are
You're in the jungle, baby
You're gonna die
In the jungle
Welcome to the jungle
Watch it bring you to your knees, knees
In the jungle
Welcome to the jungle
Feel my, my serpentine
In the jungle

Welcome to the jungle
Watch it bring you to your knees, knees
In the jungle
Welcome to the jungle
Watch it bring you to your
It's gonna bring you down
Ha!

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Poesia a Qualquer Hora (209) - Mia Couto

Espiral

No oculto do ventre,
o feto se explica como o Homem:
em si mesmo enrolado
para caber no que ainda vai ser.

Corpo ansiando ser barco,
água sonhando dormir,
colo em si mesmo encontrado.

Na espiral do feto,
o novelo do afecto
ensaia o seu primeiro infinito.

Mia Couto

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Tardinha, Noitinha, de Viviana de Assis Viana

Tardinha, noitinha
Viviana de Assis Viana

"— A gente já não pode mais se espantar com coisa nenhuma nesse mundo, compadre.

Na cozinha da fazenda, mesa de madeira, bancos também, chão de tijolos, fogão de lenha, paredes enfumaçadas, a cena se repetia, diariamente.

Diariamente, naquela hora lá chamada tardinha ou noitinha, hora que, na verdade, não é uma coisa nem outra, sendo as duas ao mesmo tempo, o Sebastião chegava.

Antes de atravessar um dos porões da construção antiga, entre o curral e o terreiro, e antes de subir os onze degraus da escada de pedra da cozinha, o Sebastião Garcia tossia. Bem alto.

— Preciso avisar que estou chegando, compadre. Assim, se alguém estiver conversando coisas que não posso ouvir, tem tempo de parar.

O compadre era meu pai, o patrão.

Os dois falavam do que conheciam: sol, lua, estrelas, chão, terra, mato, bicho, gente, água, chuva, raio, trovão, tempestade, enchente, cerração, geada, fumaça, fogo, incêndio, estrada, mata-burro, caminhão, jipe, trem, estação, trabalho.

Falavam também do que não conheciam, mas podiam imaginar: o mar, no Rio de Janeiro; as touradas, na Espanha; a Primeira Guerra Mundial, a Segunda; o Palácio do Catete, o da Alvorada.

As conversas dos dois, que todos podiam ouvir, esticando a tardinha, ou espichando-se pela noitinha, terminavam no tom resignado – quase filosófico – do empregado:

— Tá tudo muito difícil, compadre, mas, assim mesmo, tá bom. A gente tendo saúde, tá bom. O mundo revirou do avesso, a gente nem pode, mais, se espantar com o que acontece, mas tendo saúde, tá bom.

Se os dois não tivessem partido, sem volta, há muitos anos, em busca dos mares do Rio e das touradas de Madri, eu iria contar-lhes algumas histórias.

Se eu soubesse, se pudesse imaginar que mundos os dois habitam, em seus dias e noites eternos, eu lhes contaria algumas histórias destes nossos tempos de hoje. Deste nosso mundo, revirado pelo avesso. Cada vez mais.

Histórias corriqueiras, cotidianas, de gente que está na rua, esperando o ônibus: na calçada, conversando com um amigo; na fila do banco, na porta da escola, na entrada do hospital. No farol fechado.

Gente que, de repente, desaparece, silencia. Gente que, em um segundo, de repente, nunca mais.

Acho que os compadres se espantariam, sim."

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

:-) Leminski °.°


Frase para a Semana

Na dúvida, 
digam a verdade. "
Mark Twain
(Florida, Missouri, 30 de novembro de 1835 - 
Redding, Connecticut, 21 de abril de1910).
 Foi um escritor norte-americano. Autor de
 "As Aventuras de Tom Sawyer" (1876)
e "As Aventuras de Huckleberry Finn"(1885).

sábado, 22 de agosto de 2015

5 Links - # 141 >>>

Trilha Sonora (204) - Radiohead

Paranoid Android
Radiohead
Compositores: Colin Greenwood, Ed O'Brien,
Jonny Greenwood, Phil Selway e Thom Yorke.

Please could you stop the noise, I'm trying to get some rest
From all the unborn chicken voices in my head
What's that? (I may be paranoid, but not an android)
What's that? (I may be paranoid, but not an android)

When I am king, you will be first against the wall
With your opinion which is of no consequence at all
What's that? (I may be paranoid, but no android)
What's that? (I may be paranoid, but no android)

Ambition makes you look pretty ugly
Kicking and squealing gucci little piggy
You don't remember
You don't remember
Why don't you remember my name?
Off with his head, man
Off with his head, man
Why don't you remember my name?
I guess he does


Rain down, rain down
Come on rain down on me
From a great high
From a great high, high
Rain down, rain down
Come on rain down on me
From a great high
From a great high, high
Rain down, rain down
Come on rain down on me

That's it, sir
You're leaving
The crackle of pigskin
The dust and the screaming
The yuppies networking
The panic, the vomit
The panic, the vomit
God loves his children, God loves his children, yeah

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Poesia a Qualquer Hora (208) - Nicholas Behr

Cometa poesia

 era uma noite qualquer 
de julho de 1967
 mamãe nos acordou
 de madrugada
 para vermos o cometa ikeia-seki 
( ela sabia que nós nunca o esqueceríamos ) 
o cometa seguiu seu curso
 nós voltamos pra cama
 caixeiro-viajante do céu 
o cometa aparece e desaparece
 o cometa volta
 a infância, não.

Nicholas Behr

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Texto para Reflexão: A Crise vem aí...

 A CRISE VEM AÍ 


"Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorro quente.

Ele não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia o melhor cachorro quente da região.

Ele se preocupava com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.

As vendas foram aumentando, e cada vez mais ele comprava o melhor pão e a melhor salsicha.

Foi necessário também adquirir um fogão maior, para atender a grande quantidade de fregueses.

E o negócio prosperava e prosperava…

Seu cachorro quente era o melhor!


Vencedor, ele conseguiu pagar uma boa escola ao filho.

O menino cresceu e foi estudar Economia numa das melhores faculdades do país.

Finalmente, o filho já formado, voltou para casa e notou que o pai continuava com a vida de sempre, vendendo, agradando e prosperando. Ele teve então, uma séria conversa com o pai:

– Pai, então você não ouve radio? Você não vê televisão? Não lê os jornais?

– Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é crítica. Está tudo ruim. Os Estados Unidos vai quebrar.

Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: Bem, se meu filho que estudou economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão e acha isto, então ele só pode estar com a razão!

Com medo da crise, o pai procurou um Fornecedor de pão mais barato ( e é claro, pior ).

Começou a comprar salsichas mais baratas ( que eram também, piores ).

Para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada.

Abatido pela noticia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas essas “providências” as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo e chegaram a níveis insuportáveis. O negócio de cachorro quente, que antes gerava recursos até para fazer o filho estudar economia na melhor faculdade…, quebrou.

O pai, triste, então falou para o filho:

– Você estava certo, meu filho. Nós estamos no meio de uma grande crise.

Comentou com os amigos, orgulhoso:

– Bendita à hora em que eu fiz meu filho estudar economia, ele me avisou da crise…’

-Em outra esquina um vendedor de cachorro quente concorrente começou a aumentar enormemente sua clientela..."


Autor desconhecido

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Cena de Cinema # 188 - O Leitor

(O Leitor - 2008) +

Imagens da Vez: A Arte de Dina Brodsky

A bielorussa Dina Brodsky é apaixonada por pinturas e ciclismo, e teve a ideia de juntar as duas coisas em um projeto encantador, que ela apelidou de “Cycling Guide to Lilliput”. No seu projeto, Dina faz pequenas pinturas à óleo das paisagens por onde passa com sua bicicleta.  






(°> Veja Mais: Dina Brodsky >>>

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Frase para a Semana

"A revolta vem não quando 
tudo vai mal, mas quando 
um período de progresso, 
durante o qual as expectativas
 crescem muito, é 
bruscamente interrompido."
Alexis de Tocqueville
(Paris, 29 de julho de 1805 - Cannes,16 de abril de 1859)
Foi um pensador político, historiador e escritor francês.

domingo, 16 de agosto de 2015

Quadro de Medalhas Final do Parapan - Toronto 2015

Os Jogos Parapan-Americanos de 2015, foi a quinta edição.
Realizado de 7 a 15 de agosto de 2015, na cidade canadense de 
Toronto. Os jogos terminaram com total domínio dos atletas
 brasileiros,  onde conquistaram 109 medalhas de ouro, mais do
 que o dobro dos anfitriões canadenses que terminaram em 
segundo lugar. Os EUA terminaram em terceiro lugar.

Curta de Animação: O Farol

O autor desta animação é o diretor Po Chou Chi,  
natural de Taiwan, radicado em Los Angeles. Ele produziu o
 curta "Lighthouse" ("Farol") cheio de sutilezas e simbolismos. 
O filme trata delicadamente da relação entre pai e filho, 
do crescimento, de amor e do respeito.

A animação ganhou 27 prêmios internacionais.

sábado, 15 de agosto de 2015

5 Links - # 140 >>>

Trilha Sonora (203) - Bob Dylan

Like a Rolling Stone

Bob Dylan

Once upon a time you dressed so fine
You threw the bums a dime in your prime, didn't you?
People'd call, say, 
"Beware doll, you're bound to fall"
You thought they were all kiddin' you
You used to laugh about
Everybody that was hangin' out
Now you don't talk so loud
Now you don't seem so proud
About having to be scrounging for your next meal.

How does it feel
How does it feel
To be without a home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

You've gone to the finest school all right, Miss Lonely
But you know you only used to get juiced in it
And nobody has ever taught you how to live on the street
And now you find out you're gonna have to get used to it
You said you'd never compromise
With the mystery tramp, but now you realize
He's not selling any alibis
As you stare into the vacuum of his eyes
And ask him do you want to make a deal?

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

You never turned around 
to see the frowns on the jugglers and the clowns
When they all did tricks for you
You never understood that it ain't no good
You shouldn't let other people 
get your kicks for you
You used to ride on the chrome horse 
with your diplomat
Who carried on his shoulder a Siamese cat
Ain't it hard when you discover that
He really wasn't where it's at
After he took from you everything he could steal.

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

Princess on the steeple and all the pretty people
They're drinkin', thinkin' that they got it made
Exchanging all kinds of precious gifts and things
But you'd better lift your diamond ring, 
you'd better pawn it babe
You used to be so amused
At Napoleon in rags 
and the language that he used
Go to him now, he calls you, you can't refuse
When you got nothing, you got nothing to lose
You're invisible now, 
you got no secrets to conceal.

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Poesia a Qualquer Hora (207) - Murilo Mendes

O Filho do Século

Nunca mais andarei de bicicleta
Nem conversarei no portão
Com meninas de cabelos cacheados
Adeus valsa "Danúbio Azul"
Adeus tardes preguiçosas
Adeus cheiros do mundo sambas
Adeus puro amor
Atirei ao fogo a medalhinha da Virgem
Não tenho forças para gritar um grande grito
Cairei no chão do século vinte
Aguardem-me lá fora
As multidões famintas justiceiras
Sujeitos com gases venenosos
É a hora das barricadas
É a hora da fuzilamento, da raiva maior
Os vivos pedem vingança
Os mortos minerais vegetais pedem vingança
É a hora do protesto geral
É a hora dos vôos destruidores
É a hora das barricadas, dos fuzilamentos
Fomes desejos ânsias sonhos perdidos, 
Misérias de todos os países uni-vos
Fogem a galope os anjos-aviões
Carregando o cálice da esperança
Tempo espaço firmes porque me abandonastes.

Murilo Mendes