"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

domingo, 30 de junho de 2013

Brasil é o Campeão da Copa das Confederações 2013

 "GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA" 
"O campeão voltou..." "O gigante acordou..."
O Brasil é tetracampeão da Copa das Confederações (1997 / 2005 / 2009 e 2013). A Seleção Brasileira venceu agora a pouco, a Espanha por 3x0, no Maracanã. Com 2 gols de Fred e 1 de Neymar. O Brasil venceu bem, a poderosa seleção da Espanha, atual campeã da Copa do Mundo e da Eurocopa. Pra mim o melhor em campo foi David Luiz. O zagueiro jogou muito, e evitou um gol quase certo do adversário no primeiro tempo, quando ainda estava 1x0. Ainda, no segundo tempo, Sérgio Ramos desperdiçou um pênalti. A Fúria não teve como reagir, o Brasil jogou muito bem, marcando as saídas de bola, e dominou a seleção espanhola, enquanto a torcida bradava gritos de olés...   Valeu, BRASIL !!!
Sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor...
* /\ /\ /\ *

Pôster do Brasil Campeão - Crédito: Folha de São Paulo.
* * *
Charge de Adnael, via Charge online.

OLÉ, Espanha !!!

Espetáculo teve holograma do cantor Renato Russo em Brasília

Um coro de 45 mil vozes cantou durante todo o show “Renato Russo Sinfônico”, que aconteceu neste sábado (29), no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Do começo ao fim do espetáculo, o público acompanhou os artistas que se revezaram no palco e mostraram que as composições do ex-líder da Legião Urbana continuam fazendo sentido, quase duas décadas depois da morte do autor.
Por Lucas Naninni do G1 - DF





Vídeo abaixo:
"Há Tempos"Holograma de Renato Russo  

Rosberg vence o GP da Inglaterra 2013 de Fórmula 1

60 anos do falecimento de Charles Miller

Hoje, 60 anos que Charles Miller faleceu. Ele é
 considerado o pai do futebol brasileiro.

Nome Completo:
Charles William Miller
Quem foi
Charles Miller foi um funcionário da São Paulo Railway Company, 
vice-cônsul inglês no Brasil e o introdutor do futebol no Brasil.
Nascimento
Charles Miller nasceu em São Paulo (Brasil) em 24 de novembro de 1874.
Morte
Charles Miller morreu em São Paulo (Brasil) em 30 de junho de 1953.
Biografia (resumo):
- Filho de pai escocês e mãe brasileira de ascendência inglesa.
- Com dez anos de idade foi estudar na Inglaterra onde conheceu e se
 encantou pelo futebol.
- Retornou ao Brasil em 1894 para trabalhar na São Paulo Railway 
(Estrada de Ferro Santos-Jundiai). Trouxe na bagagem duas bolas de futebol,
 um livro de regras, uniforme e um par de chuteiras. Começou a partir de
 então a difundir o futebol entre os trabalhadores da estrada de ferro.
- Foi correspondente da Coroa Britânica na Inglaterra.
- Atuou também como vice-cônsul da Inglaterra no Brasil.
- Foi casado com a pianista Antonieta Rudge (1885 - 1974)
Principais realizações
- Trouxe da Inglaterra o futebol para o Brasil.
- Colaborou, de forma importante, na criação da Liga Paulista de Futebol.
- Participou da organização do São Paulo Athletic Club. Jogou neste 
time até 1910, tornando-se tri-campeão (1902, 1903 e 1904).
- Após encerrar a carreira, foi árbitro de futebol.

Curiosidade
- A praça em frente ao Estádio do Pacaembu, em São Paulo, 
chama-se Praça Charles Miller, em sua homenagem.

>> Texto / Fonte: Sua Pesquisa. <<

060 - Palavras da Bíblia...

...Glória a Deus!

sábado, 29 de junho de 2013

5 Links - # 029 >>>

11 Músicas Brasileiras de Protesto (Rock)

 >>> Protestar é preciso. <<<

Depois das 11 músicas de protesto da MPB, agora é a vez das músicas- 
-protesto do Rock Nacional. O rock, caracteriza-se por ser um gênero popular, 
com canções engajadas, repleta de protestos e de críticas sociais e políticas.

Para muitos músicos, a canção não deve falar de coisas banais, mas sim, 
explorar letras na tentativa de mudar a realidade cruel em que grande parte 
do mundo vive, é buscar através da música a liberdade para a humanidade. 
A música com referência ideológica existe há muito tempo, mas foi a partir da 
década de 1960 que a música, como forma de protesto, ganhou popularidade.



11) Inútil - Ultraje à Rigor
Compositor: Roger Moreira
Trecho:
"A gente não sabemos
Escolher presidente
A gente não sabemos
Tomar conta da gente
A gente não sabemos
Nem escovar os dente
Tem gringo pensando
Que nóis é indigente..."
Na música, ''a gente'' se refere ao Brasil em geral, ao povo.
Eles não podiam criticar a ditadura diretamente, mas então resolveram ''concordar'' 
com os pensamentos do regime militar dizendo que eram inúteis. Durante a música 
toda, eles falam sobre coisas que são incapazes de fazer (ao olhar do governo).

10) Autoridades - Capital Inicial
Compositores: Dinho, Loro Jones, Bozzo Barretti,
 Flávio Lemos e Fê Lemos
Trecho:
"...Ameaça aos privilégios
Você será detido e encostado na parede
É a ordem no progresso
Um jogo imoral
Que não mede consequências..."

Autoridades é uma música que, mesmo lançada em 1987, parece que foi composta 
ontem. É o retrato do Brasil incompetente atemporal.
Essa música mostra-nos, que alguns políticos se acham totalmente imunes e abusam 
de privilégios, pois consideram as pessoas como “bonecos para brincar”.

09) Alvorada Voraz - RPM
Compositores: Paulo Ricardo e Luiz Schiavon
Trecho:
"...Juram que não
Torturam ninguém
Agem assim
Pro seu próprio bem
Oh!...

São tão legais
Foras da lei
Sabem de tudo
O que eu não sei
Não!..."
"Alvorada Voraz" é bastante sintomática no que se refere às incertezas que 
pairavam sobre o globo. Incertezas na política, na economia; incertezas quanto aos 
projetos de sociedade. Tudo isso misturado a um sentimento de estagnação e de pavor
com o porvir, de total mergulho no presente por conta do desmoronamento do futuro.


8) Carta aos Missionários - Uns & Outros
Compositores: Marcelo Hayenna, Cal e Nilo Nunes
Trecho:
"...Missionários de um mundo pagão
Proliferando ódio e destruição
Vêm dos quatro cantos da terra 
A morte, a discórdia 
A ganância e a guerra 
E a guerra..."
Embora seja bom ter essa música registrada na memória como um apelo pela paz,
é triste sabermos que já se passaram vários anos e ela permanece atual.
Os miseráveis emplacam uma guerra por comida, por sobrevivência. Onde foi parar o
amor num mundo onde existem gigantescas batalhas que tem como finalidade saciar 
desejos egoístas, uma fome – que deve ser mais intensa e urgente do que os que não 
tem alimento – de vencer exércitos a qualquer custo, mesmo que necessite devorar um a 
um os humanos como eles, pra chegar ao objetivo final?



7) Selvagem - Paralamas do Sucesso
Compositores: Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone
Trecho:
"A polícia apresenta suas armas
Escudos transparentes, cassetetes
Capacetes reluzentes
E a determinação de manter tudo
Em seu lugar
O governo apresenta suas armas
Discurso reticente, novidade inconsistente
E a liberdade cai por terra..."
Os Paralamas do Sucesso, com a música “Selvagem”, acabou por trazer uma 
abordagem realmente selvagem da realidade social, e do poder estatal.
O contexto de produção da obra, gravada em 1986, caracterizou-se pelo período 
de redemocratização do Brasil, época em que houve grande participação 
popular para novo direcionamento do destino político do país.



6) Ideologia - Cazuza
Compositores: Cazuza e Roberto Frejat
Trecho:
"...Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma prá viver
Ideologia!
Eu quero uma prá viver..."
Em “Ideologia” Cazuza faz uma crítica aos moldes e gostos da sociedade e o que o 
movimento ditatorial fez ao Brasil e as consequências disso. A letra da música diz que
 os sonhos foram vendidos e as ilusões de que se tinha que era possível mudar o mundo 
se perderam. Os heróis que falavam o que pensavam morreram de overdose. Que aquele garoto 
que sonhava em mudar o mundo hoje é de forma indireta manipulado pelos donos do poder.

5) Polícia - Titãs
Compositor: Tony Bellotto
Trecho:
"Dizem que ela existe
Prá ajudar!
Dizem que ela existe
Prá proteger!
Eu sei que ela pode
Te parar!
Eu sei que ela pode
Te prender!...

Polícia!
Para quem precisa
Polícia!
Para quem precisa
De polícia..."
Esta música é um protesto contra a corrupção dentro das instituições policiais. É um 
protesto a violência exercida pelo estado amparada pela Lei.
“Polícia para quem precisa. Polícia, para que precisa de polícia?” 
É com versos como esses que os Titãs já deixaram sua marca na música nacional. 
Era um tempo soturno, porém extremamente debochado, em que as letras
 demonstravam tudo isso: a indignação de uma juventude que não sabia o que fazer 
com a liberdade conquistada e o medo que se instalava com a incerteza desse futuro livre.

4) Brasil - Cazuza e Gal Costa
Compositores: Cazuza, Nilo Roméro e George Israel
Trecho:
"Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim..."
Os autores da musica “Brasil” procuraram retratar o período em que o Brasil vivia a 
transição da ditadura militar (1964-1985) para a possível democracia - que vai até a 
eleição de Collor. Essa música, que faz parte do rock nacional dos anos 80, tem seu
 auge paralelamente com a campanha das diretas-já, que em 1985 mobilizou todo o país, 
com o plano Cruzado e seu acaso na era Collor e também com as eleições indiretas 
para presidente em 1985 que elegeu Tancredo Neves para a presidência da república, 
este faleceu antes de tomar posse por motivos de doenças estomacais, deixando 
a presidência para seu vice José Sarney.

3) Até Quando Esperar? - Plebe Rude
Compositores: André X – Gutje e Philippe Seabra
Trecho:
"Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição

Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração..."
É uma manifestação sonora e poética do que era visto em qualquer cidade brasileira. 
A vergonhosa distribuição de renda, crianças de rua, trabalho infantil, pobreza 
povoam o cotidiano dos brasileiros. Mas o ponto principal da canção é uma dura e seca 
crítica ao valor moral da caridade, tão disseminado na sociedade ocidental-cristã.

2) Geração Coca - Cola - Legião Urbana
Compositores: Renato Russo e Dado Villa-Lobos
Trechos:
"Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês.

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Nós somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola..."
Nessa música, é possível ver a indignação contra a soberania norte-americana sobre o 
Brasil e os demais países. Quando a letra de “Geração Coca-Cola” diz que os jovens vão 
“cuspir de volta” todo esse lixo, denuncia as contradições desse processo. É verdade que 
a indústria cultural da mídia ajudou a criar milhões de seres conformados, consumistas,
alienados. Mas também é verdade que abriu os olhos de milhares de garotos e
garotas para os limites medíocres dessas diversões fáceis. E se parecia mais honroso 
morrer lutando contra a ditadura, não foi nada tranqüilo e seguro viver uma época de duras 
transições. Foram nos 30 anos entre 1960 e 1990 que a sociedade brasileira 
sofreu transformações radicais.


1) Que País é Este - Legião Urbana
Compositor: Renato Russo
Trecho:
"Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é este? 
Nós somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola..."
Um dos maiores clássicos do rock nacional.
Apesar da volta da democracia nos anos 80, o país não conseguia se livrar da alta 
inflação que corroía o salário do trabalhador e de uma prática enraizada em todos os 
escalões do governo: a corrupção. Era o cenário perfeito para Renato Russo resgatar 
de seus cadernos "Que País É Este?", música feita ainda sob os últimos suspiros da
ditadura para o seu raivoso Aborto Elétrico. Sua atemporalidade é garantida com a
mania nacional de fabricar escândalos políticos
* * *

Cito ainda, mais 4 dezenas de músicas do rock nacional 
que deixaram seu recado de protesto ou crítica político-social.

- A Canção do Senhor da Guerra, Perfeição, Aloha, Fábrica, Metrópole,
  O Reggae - Legião Urbana
- Luís Inácio (300 Picaretas), A Novidade, Alagados, Perplexo, 
  O Calibre - Paralamas do Sucesso 
- Burguesia, O Tempo Não Pára, Um Trem para as Estrelas - Cazuza
- Censura, Proteção - Plebe Rude
- Comida, Miséria, Estado Violência, Vossa Excelência, Homem Primata,
  Desordem, Uns Iguais aos Outros - Titãs
- Fátima, Veraneio Vascaína - Capital Inicial
- Metrô Linha 743, Ouro de Tolo, Aluga-se - Raul Seixas
- Múmias, Zé Ninguém - Biquini Cavadão
- Núcleo Base - IRA!
- Candidato Caô-Caô, Monstro Invisível, Minha alma 
(A Paz que eu não Quero) - O Rappa
- Hoje Eu Tô Feliz (Matei o Presidente), Até Quando - Gabriel O Pensador
- Toda Forma de Poder, Ninguém = Ninguém - Engenheiros do Hawaii
- Esmola, Pacato Cidadão - Skank
*
"É na música que procuramos o significado geral e profundo que possa 
haver na relação da essência do universo com a nossa própria essência". 

Trilha Sonora (100) - Louis Armstrong

What A Wonderful World
Louis Armstrong
Compositores: George David Weiss e George Douglas
I see trees of green, red roses too.
I see them bloom for me and you.
And I think to myself,
What a wonderful world.

I see skies of blue and clouds of white,
The bright blessed day, The dark sacred night.
And I think to myself,
What a wonderful world.

The colours of the rainbow so pretty in the sky.
Are also on the faces of people going by.
I see friends shaking hands, saying: "How do you do?"
They're really saying:"I love you".

I hear babies cry, I watch them grow,
They'll learn much more, than I'll never know.
And I think to myself,
What a wonderful world.

Yes, I think to myself,
What a wonderful world.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Poesia a Qualquer Hora (104) - Ezra Pound

E assim em Nínive

“Sim! Sou um poeta e sobre minha tumba
Donzelas hão de espalhar pétalas de rosas
E os homens, mirto, antes que a noite
Degole o dia com a espada escura.

“Veja! não cabe a mim
Nem a ti objetar,
Pois o costume é antigo
E aqui em Nínive já observei
Mais de um cantor passar e ir habitar
O horto sombrio onde ninguém perturba
Seu sono ou canto.
E mais de um cantou suas canções
Com mais arte e mais alma do que eu;
E mais de um agora sobrepassa
Com seu laurel de flores
Minha beleza combalida pelas ondas,
Mas eu sou poeta e sobre minha tumba
Todos os homens hão de espalhar pétalas de rosas
Antes que a noite mate a luz
Com sua espada azul.

“Não é, Ruaana, que eu soe mais alto
Ou mais doce que os outros. É que eu
Sou um Poeta, e bebo vida
Como os homens menores bebem vinho.”

Ezra Pound
(Tradução de Augusto de Campos)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Brasil e Espanha decidirão o título da Copa das Confederações 2013

O Brasil que eliminou ontem o Uruguai, decidirá o título da Copa das Confederações 2013 contra a Espanha que venceu a Itália, nos pênaltis, depois de empatarem no tempo normal e na prorrogação, por 0x0. A Fúria levou a melhor nas penalidades vencendo por 7x6. Bonucci foi o único que desperdiçou a cobrança. A última cobrança pela Espanha foi de Jesus Navas, que a converteu, colocando os espanhóis na decisão. Jesus salvou a Espanha. O jogo decisivo será domingo (30/06) às 19 horas, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. A Seleção Brasileira busca seu quarto título no torneio, e a Espanha tenta seu primeiro. Uruguai e Itália decidirão o terceiro lugar, também no domingo, às 13 horas, em Salvador, na Bahia.

O Amor Acaba, de Paulo Mendes Campos

O Amor Acaba
Paulo Mendes Campos 

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.


Em: “O amor acaba – crônicas líricas e existenciais”, 
de Paulo Mendes Campos (Ed. Civilização Brasileira)

terça-feira, 25 de junho de 2013

Cartazes de Protesto pelo Brasil

>> PROTESTAR É PRECISO <<
A paciência da população brasileira chegou ao limite. Os brasileiros foram
às ruas e protestaram. Alguns cartazes são um show à parte, criativos, 
inteligentes e engraçados. Fiz uma compilação desses cartazes de 
protesto pelo Brasil, encontrados na internet.