"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Como as Democracias Morrem

Como as Democracias Morrem 

Autores: Steven Levitsky 
& Daniel Ziblatt 

Editora: Zahar – 270 páginas 

Tradução: Renato Aguiar 



“A cura para os males da 
democracia é mais democracia”
– Adágio norte-americano 



Democracias tradicionais entram em colapso? Essa é a questão que Steven Levitsky e Daniel Ziblatt – dois conceituados professores de Harvard – respondem aqui ao discutir o modo como a candidatura e a eleição de Donald Trup se tornaram possíveis. Para isso, confrontam a situação de Trump com rupturas democráticas emblemáticas: da manipulação do sistema eleitoral no Sul dos Estados Unidos no século XIX aos casos contemporâneos de Hungria, Turquia e Venezuela, passando pela Europa dos anos 1930 e as formas distintas de ditadurade Pinochet, no Chile, e Fujimori, no Peru. 

Um livro importantíssimo para os tempos nebulosos que estamos vivendo. 

"Talvez o livro mais valioso para a compreensão do fenômeno do ressurgimento do autoritarismo ... Essencial para entender a política atual, e alerta os brasileiros sobre os perigos para a nossa democracia." Estadão 

"Abrangente, esclarecedor e assustadoramente oportuno." The New York Times Book Review 

"Livraço ... A melhor análise até agora sobre o risco que a eleição de Donald Trump representa para a democracia norte-americana ... [Para o leitor brasileiro] a história parece muito mais familiar do que seria desejável." Celso Rocha de Barros, Folha de S. Paulo 

"Levitsky e Ziblatt mostram como as democracias podem entrar em colapso em qualquer lugar - não apenas por meio de golpes violentos, mas, de modo mais comum (e insidioso), através de um deslizamento gradual para o autoritarismo. Um guia lúcido e essencial." The New York Times 

"O grande livro político de 2018 até agora." The Philadelphia Inquirer 

[Texto da contracapa do livro

* * * 
Nesses tempos em que a extrema direita chega ao poder no Brasil, nada melhor do que ler este livro. Os autores fazem uma análise sobre o enfraquecimento das democracias no mundo, mais especificamente sobre a eleição de Donald Trump nos EUA. A obra identifica alguns líderes autocráticos, e estabelece alguns critérios para salvaguardar à tão frágil democracia pelo mundo. A ênfase, lógico, é sobre a democracia americana, considerados por muitos como a mais forte, mas, engana-se quem acha que ela não corre os devidos riscos, principalmente depois da eleição de Trump. Assim sendo, para um bom funcionamento da democracia, não só devem seguir a constituição, mas também atentar-se para duas regras informais não escritas que não estão na constituição daquele país: duas normas que se destacam como fundamentais para o bom funcionamento de uma democracia: Tolerância Mútua e Reserva Institucional *. [leia mais abaixo nos trechos do livro

Os autores apresentam lições e soluções para protegê-la, antes que seja tarde demais... 

Para isso comparam a eleição de Trump com outros exemplos históricos, onde a democracia foi esfacelada. Da ascensão de Hitler e Mussolini ao poder nos anos 1930, até a atual onda populista de extrema-direita na Europa, passando por ditaduras militares na América Latina dos anos 1970, e alertam para escalada do autoritarismo que enfraquecem algumas instituições como o Judiciário e a imprensa. 

Os autores também estabeleceram um teste de quatro parâmetros para identificar autocratas: 

1) Quando questionam a legitimidade do processo eleitoral; 

2) Nega a legitimidade dos oponentes. Políticos autoritários descrevem seus rivais como criminosos, subversivos, impatrióticos ou como uma ameaça a segurança nacional; 

3) Tolera e encoraja a violência e o ódio, e; 

4) Tende a restringir liberdades civis de rivais e críticos. Ameaça reiteradamente em punir a mídia ou a sociedade civil. 

E Trump deu resultado positivo para os 4 parâmetros dos indicadores de comportamento autoritário. 
*
Segundo Levitsky e Ziblatt, as democracias morrem hoje, não por causa de golpes militares, fascismo ou comunismo, morrem pelos próprios governos eleitos. O retrocesso democrático hoje começa nas urnas. 

Para os autores os partidos políticos existem para salvaguardar a nossa frágil democracia. Não se deve banir partidos ou proibir candidatos, apenas, é preciso separar o joio do trigo. 

No Brasil, a polarização imbecil, não soube fazer esta separação. Esta polarização extrema poderá acabar com nossa já frágil e decadente democracia. Pra mim ela corre grande risco de ser deteriorada, enfraquecida ou morta, por causa da eleição do demagogo e extremista Bolsonaro. Ele surgiu incitando o ódio da massa e fez promessas absurdas e impossíveis de ser cumpridas, usando notícias falsas e agredindo verbalmente seus adversários, a imprensa e quem mais se opõe a ele, assim como fez seu ídolo Donald Trump... 

Ótimo livro. É uma obra fundamental, esclarecedora, oportuna e indispensável para entender a política atual. 

Trechos: 
- * “As duas regras informais decisivas para o funcionamento de uma democracia seriam a tolerância mútua e a reserva institucional. 
Tolerância mútua é reconhecer que os rivais, caso joguem pelas regras institucionais, têm o mesmo direito de existir, competir pelo poder e  governar. A reserva institucional significa evitar as ações que, embora  respeitem a letra da lei, violam claramente o seu espírito. Portanto,  para além do texto da Constituição, uma democracia necessitaria de  líderes que conheçam e respeitem as regras informais”. – p. 10 (prefácio de Jairo Nicolau) 

- “A via eleitoral para o colapso é perigosamente enganosa. Com um golpe de Estado clássico, como no Chile de Pinochet, a morte da  democracia é imediata e evidente para todos. O palácio presidencial  arde em chamas. O presidente é morto, aprisionado ou exilado. A  Constituição é suspensa ou abandonada. Na via eleitoral, nenhuma  dessas coisas acontece. Não há tanques nas ruas. Constituições e  outras instituições nominalmente democráticas restam vigentes. As  pessoas ainda votam. Autocratas eleitos mantêm um verniz de  democracia enquanto corroem a sua essência”. - p. 17 

-“ Nós sabemos que demagogos extremistas surgem de tempos em tempos em todas as sociedades, mesmo em democracias saudáveis. O teste essencial para a democracia não é se essas figuras surgem, mas, antes de tudo, se líderes políticos e especialmente os partidos políticos trabalham para  evitar que eles acumulem poder – mantendo-os fora das chapas  eleitorais dos partidos estabelecidos, recusando-se a endossar ou a se  alinhar com eles e, quando necessário, juntando forças com rivais para  apoiar candidatos democráticos. Isolar extremistas populares exige coragem política. Porém, quando o medo, o oportunismo ou erros de  cálculo levam partidos estabelecidos a trazerem extremistas para as correntes dominantes, a democracia está em perigo”. - p. 18 

-“ Surgira uma séria disputa entre o cavalo e o javali; então, o cavalo foi a um caçador e pediu ajuda para se vingar. O caçador concordou, mas disse: “Se deseja derrotar o  javali, você deve permitir que eu ponha esta peça de ferro entre as suas mandíbulas, para que possa guiá-lo com estas rédeas, e que coloque esta sela nas suas costas, para que possa me manter firme enquanto seguimos o inimigo.” O cavalo aceitou as condições e o caçador logo o selou e bridou. Assim, com a ajuda do caçador, o cavalo logo venceu o javali, e então disse: “Agora, desça e retire essas coisas da minha boca e das minhas costas.” “Não tão rápido, amigo”, disse o caçador. “Eu o tenho sob minhas rédeas e esporas, e por enquanto prefiro mantê-lo assim.” 

- O javali, o cavalo e o caçador, Fábulas de Esopo. - p. 23 

- “Demagogos potenciais existem em todas as democracias, e, ocasionalmente, um ou mais de um deles faz vibrar a sensibilidade pública. Em algumas democracias, porém, líderes políticos prestam atenção aos sinais e tomam medidas para garantir que os autoritários fiquem à margem, longe dos centros de poder. Ao serem confrontados com extremistas e demagogos, eles fazem um esforço orquestrado para isolá-los e derrotá-los. Embora as respostas populares aos apelos extremistas sejam importantes, mais importante é saber se as elites políticas, e sobretudo os partidos, servem como filtros. Resumindo, os 
partidos políticos são os guardiões da democracia”. – p. 31 

- “... sempre que extremistas emergem como sérios competidores eleitorais, os partidos predominantes devem forjar uma frente única para derrotá-los. Eles devem estar dispostos a juntar-se com oponentes ideologicamente distantes, mas comprometidos com a ordem política democrática”. - p. 35 

- “Frentes democráticas unidas podem impedir que extremistas conquistem o poder, o que pode significar salvar a democracia”. – p. 35 

- “... uma presidência eleita pelo voto popular pudesse ser muito facilmente capturada por aqueles que jogassem com o medo e a ignorância para ganhar as eleições e, depois, governar como tiranos. A história nos ensinará que, entre os homens que subverteram a liberdade de repúblicas, a maioria começou carreira cortejando obsequiosamente o povo; começaram demagogos e terminaram tiranos”. 
– Alexander Hamilton, em “O Federalista”, citado nas páginas 46 e 47 

- “Quando partidos se veem como inimigos mortais, os interesses em jogo aumentam de maneira dramática. Perder deixa de ser uma parte rotineira e aceita do processo político, tornando-se, em vez disso, uma catástrofe total. Quando o custo inferido de perder é suficientemente alto, políticos serão tentados a abandonar a reserva institucional. Atos de jogo duro constitucional podem então, por sua vez, minar ainda mais a tolerância mútua, reforçando a crença de que nossos rivais representam uma perigosa ameaça”. – p. 112 

- “A polarização pode destruir as normas democráticas. Quando diferenças socioeconômicas, raciais e religiosas dão lugar a sectarismo extremo, situação em que as sociedades se dividem em campos políticos cujas visões de mundo são não apenas diferentes, mas mutuamente excludentes, torna-se difícil sustentar a tolerância. Alguma polarização é saudável – até necessária – para a democracia. E, com efeito, a experiência histórica de democracias na Europa ocidental mostra que normas podem ser sustentadas mesmo em lugares onde os partidos estão separados por consideráveis diferenças ideológicas. No entanto, quando as sociedades se dividem tão profundamente que seus partidos se vinculam a visões de mundo incompatíveis, e sobretudo quando seus membros são tão segregados que raramente interagem, as rivalidades partidárias estáveis dão lugar a percepções de ameaça mútua. À medida que desaparece a tolerância, os políticos se veem cada vez mais tentados a abandonar a reserva institucional e tentar vencer a qualquer custo. Isso pode estimular a ascensão de grupos antissistema com rejeição total às regras democráticas. Quando isso acontece, a democracia está em apuros”. - p. 115 

- “Quando rivais partidários se tornam inimigos, a competição política se avilta em guerra e nossas instituições se transformam em armas. O resultado é um sistema constantemente à beira da crise”. – p. 201 

- “Se comparamos nossa situação presente com crises democráticas em outras partes do mundo e em outros momentos da história, torna-se claro que os Estados Unidos não são tão diferentes de outras nações. Nosso sistema constitucional, embora mais antigo e mais robusto do que qualquer outro na história, é vulnerável às mesmas patologias que mataram a democracia em outros lugares. Em última análise, portanto, a democracia norte-americana depende de nós – os cidadãos dos Estados Unidos. Nenhum líder político isoladamente pode acabar com a democracia; nenhum líder sozinho pode resgatar uma democracia, tampouco. A democracia é um empreendimento compartilhado. Seu destino depende de todos nós”. – p. 217 

Os Autores: 
Steven Levitsky (nascido em 17 de Janeiro de 1968) é um cientista político americano e professor na Universidade de Harvard. Seus interesses de pesquisa se concentram na América Latina e incluem partidos políticos e sistemas partidários, autoritarismo e democratização, e instituições fracas e informais. 

Daniel Ziblatt (nascido em 15 de agosto de 1972) é cientista político americano e também professor em Harvard. Seus estudos se concentram na Europa do século XIX aos dias de hoje. 

Tanto Levitsky quanto Ziblatt colaboram para publicações como The New York Times e Vox.

Fica a Dica!

sábado, 30 de março de 2019

Trilha Sonora (319) - Dona Ivone Lara

Alguém me Avisou
Dona Ivone Lara

Foram me chamar
Eu estou aqui, o que é que há (2x)

Eu vim de lá, eu vim de lá pequenininho
Mas eu vim de lá pequenininho

Alguém me avisou pra pisar nesse chão devagarinho (2x)

Sempre fui obediente
Mas não pude resistir
Foi numa roda de samba
Que juntei-me aos bambas
Pra me distrair

Quando eu voltar na Bahia
Terei muito que contar
Ó padrinho não se zangue
Que eu nasci no samba

E não posso parar
Foram me chamar

quinta-feira, 28 de março de 2019

Eu não Conheci, por Oswaldo França Jr.

Eu não conheci
Oswaldo França Jr.

Meu filho foi embora e eu não o conheci. Acostumei-me com ele em casa e me esqueci de conhecê-lo. Agora que sua ausência me pesa é que vejo, como era necessário tê-lo conhecido.

Lembro-me dele. Lembro-me bem em poucas ocasiões.

Um dia, na sala ele me pegou na barra do paletó e me fez examinar o seu pequeno dedo machucado. Foi um exame rápido.

Uma outra vez me pediu que consertasse um brinquedo velho. Eu estava com pressa e não consertei. Mas lhe comprei um brinquedo novo. Na noite seguinte, quando entrei em casa, ele estava deitado no tapete dormindo e abraçado ao brinquedo velho. O novo estava num canto.

Eu tinha um filho e agora não tenho porque ele foi embora. Este meu filho, uma noite me chamou e disse:
- Fica comigo. Só um pouquinho, pai.
Eu não podia, mas a babá ficou com ele.

Sou um homem muito ocupado. Mas meu filho foi embora.

Foi embora e eu não o conheci.

sexta-feira, 22 de março de 2019

Poesia a Qualquer Hora (321) - Cesar Vallejo

Pedra negra pedra branca

Morrerei em Paris com aguaceiros
num dia de que já tenho a lembrança.
Morrerei em Paris – daqui não saio –
numa quinta-feira, como hoje, de outono.

Quinta-feira será, pois hoje, quinta-feira,
em que estes versos proso, dei os úmeros
à pouca sorte, e nunca como hoje
voltei, com todo o meu caminho, a ver-me só.

Morreu César Vallejo, espancavam-no
todos sem que lhes fizesse nada;
davam-lhe forte com um pau e forte

com uma corda também; são testemunhos
as quintas-feiras e os ossos úmeros,
a solidão, os caminhos, a chuva…

Cesar Vallejo
[ Saiba + ]
Tradução: José Bento 

sexta-feira, 8 de março de 2019

13 Mulheres Brasileiras que Fizeram História

 >< 8 de Março ><
Dia Internacional da Mulher

Abaixo, 13 mulheres que fizeram história pelo Brasil, 
atuando e sendo pioneiras em suas respectivas áreas. 

[ Clique nos links para saber mais ]


Ana Néri 
Ana Néri (1814-1880) foi a pioneira da enfermagem no Brasil, prestou serviços voluntários, nos hospitais militares de Assunção, Corrientes e Humaitá, durante a Guerra do Paraguai.
Ana Justina Ferreira Néri nasceu em Vila de Cachoeira do Paraguaçu, Bahia, no dia 13 de dezembro de 1814. Casou-se aos 23 anos com Isidoro Antônio Néri, capitão-de-fragata da Marinha, que estava sempre no mar. Ana Néri acostumou-se a ter a casa sob sua responsabilidade. Ficou viúva com 29 anos, quando em 1843, seu marido morreu a bordo do veleiro Três de Maio, no Maranhão. [ Saiba + ]




Anita Garibaldi
Anita Garibaldi (1821-1849) foi a "Heroína dos Dois Mundos". Recebeu esse título por ter participado no Brasil e na Itália, ao lado de seu marido Giuseppe Garibaldi, de diversas batalhas. Lutou na Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), na Batalha dos Curitibanos e na Batalha de Gianicolo, na Itália. Anita de Jesus Ribeiro, conhecida como Anita Garibaldi, nasceu em Morrinhos, então município de Laguna, Santa Catarina, no dia 30 de agosto de 1821. Anita, participou ativamente do combate em Imbituba, Santa Catarina e da batalha de Laguna. Durante a Batalha de Curitibanos, Anita foi capturada pelas tropas do Império. Grávida de seu primeiro filho foi informada que seu marido havia morrido. Inconformada, conseguiu fugir a cavalo e saiu a sua procura, localizando o marido na cidade de Vacaria. [ Saiba + ]




Anitta Malfatti
Anita Malfatti (1889-1964) foi uma artista plástica. Nasceu em São Paulo em 2 de Dezembro de 1889. A mostra expressionista da pintora realizada em São Paulo na Exposição de Pintura Moderna foi um marco para a renovação das artes plásticas no Brasil. A crítica do escritor Monteiro Lobato, sobre a arte expressionista, publicada no jornal O Estado de São Paulo, intitulada "Paranoia ou mistificação?" serviu de estopim para o Movimento Modernista no Brasil. [ Saiba + ]





Alzira Soriano de Souza
Luzia Alzira Soriano de Souza (1897-1963) nasceu em Jardim dos Angicos RN, foi uma política brasileira.Alzira disputou em 1928, aos 32 anos, as eleições para prefeitura de Lajes, cidade do interior do Rio Grande do Norte, pelo Partido Republicano, vencendo o referido pleito com 60% dos votos. Foi a primeira mulher da América Latina a assumir o governo de uma cidade, segundo notícia publicada na época pelo jornal norte-americano “The New York Times”.
Alzira exerceu o cargo por apenas um ano, pelo então Partido Republicano. Em 1930, descontente com a eleição de Getúlio Vargas, ela deixou a função. Apenas dois anos depois disso, em 1932, mulheres conquistariam o direito de votar. Em 1947, voltou a exercer um mandato de vereadora do município de Jardim de Angicos, cargo para o qual foi eleita três vezes. [ Saiba + ]


Chiquinha Gonzaga
Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi uma compositora, pianista e maestrina brasileira, a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Autora da primeira marchinha de carnaval "Ô Abre Alas". Em 1934, aos 87 anos, Chiquinha Gonzaga escreveu seu último trabalho, a partitura da opereta "Maria". Como maestrina, atuou em 77 peças teatrais, tornando-se responsável por cerca de 2.000 composições. Foi cercada dessa glória que Chiquinha Gonzaga viveu em companhia de João Batista. Chiquinha Gonzaga batalhou para receber os direitos autorais, depois de encontrar em Berlim várias partituras suas, reproduzidas sem autorização. Foi a fundadora, sócia e patrona da SBAT - Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, ocupando a cadeira nº. 1.
 [ Saiba + ]

Irmã Dulce
Irmã Dulce (1914-1992) foi uma religiosa católica brasileira que dedicou a sua vida a ajudar os doentes, os mais pobres e necessitados. Foi beatificada pelo Papa Bento XVI, no dia 10 de dezembro de 2010, passando a ser reconhecida com o título de "Bem-aventurada Dulce dos Pobres". Será canonizada se for comprovado um segundo milagre. Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes (1914-1992) nasceu em Salvador, Bahia, no dia 26 de maio de 1914. Em 1988, foi indicada ao Nobel da Paz pelo então Presidente do Brasil José Sarney, com o apoio da rainha da Suécia. Em 2000, recebeu do Papa João Paulo II, o título de "Serva de Deus". Durante mais de cinquenta anos a Irmã dedicou-se a dar assistência aos doentes, pobres e necessitados. [ Saiba + ]


Maria Esther Bueno
Maria Esther Andion Bueno (1939-2018), nasceu em São Paulo. Conhecida no exterior como Maria Bueno, foi uma tenista, que atuou nas décadas de 1950, 1960 e 1970, sendo uma das raras tenistas a conquistar títulos em três décadas diferentes. Segundo o jornalista esportivo José Nilton Dalcim: “Maria Esther Bueno é a maior atleta feminina brasileira de todos os tempos. Seus feitos são incríveis e seu reconhecimento internacional, imenso. Sem falar que foi um exemplo de como superar dificuldades para obter sucesso”. Ganhou a alcunha de A Bailarina do Tênis por conta da elegância do estilo de jogo. Uma outra marca registrada era a sua potência no saque. Uma de suas grandes tristezas foi não ter podido representar o Brasil nos Jogos Olímpicos, já que o tênis deixou de ser esporte olímpico na década de 1930 e voltou apenas em 1996. [ Saiba + ]


Maria Lenk
Maria Emma Hulga Lenk Zigler (1915 - 2007), nasceu em São Paulo. Foi a principal nadadora brasileira, tendo sido a única mulher do país a ser introduzida no Swimming Hall of Fame, em Fort Lauderdale, Flórida. Maria Lenk foi a primeira nadadora brasileira a estabelecer um recorde mundial e deu ao Flamengo diversos títulos importantes. No início dos anos 40, foi a única mulher da delegação de nadadores sul-americanos que excursionou pelos Estados Unidos; Maria Lenk quebrou doze recordes norte-americanos e aproveitou sua estadia para concluir o curso de educação física na Universidade de Illinois em Springfield. Em 1942 ajudou a fundar a Escola Nacional de Educação Física da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Era também membro vitalício da Sociedade Americana de Técnicos de Natação. [ Saiba + ]


Maria da Penha
Maria da Penha Maia Fernandes (1945). Nasceu em Fortaleza-CE É uma farmacêutica que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Maria da Penha tem três filhas e hoje é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica.Em 7 de agosto de 2006, foi sancionada a lei que leva seu nome: 
Lei Maria da Penha, importante ferramenta legislativa no combate à violência doméstica e familiar contra mulheres no Brasil. É fundadora do Instituto Maria da Penha, uma ONG sem fins lucrativos que luta contra a violência doméstica e contra a mulher. Em setembro de 2016, foi cogitada a indicação de Maria da Penha para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz. 
[ Saiba + ]



Maria Quitéria
Maria Quitéria (1792-1853) foi uma militar, heroína na luta pela independência. Maria Quitéria teve atuação destacada em lutas importantes. Foi condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul. Maria Quitéria não frequentou a escola. Dominava a montaria, caçava e manejava armas de fogo. Deflagradas as lutas de apoio à independência em 1822, o Conselho Interino do Governo da Bahia, defendia o movimento e procurava voluntários para suas tropas. Maria Quitéria, interessada em se alistar pediu permissão ao seu pai, mas seu pedido foi negado. Com o apoio de sua irmã Tereza Maria e seu cunhado José Cordeiro de Medeiros, Quitéria cortou o cabelo, vestiu-se de homem e se alistou com o nome de Medeiros, no batalhão dos "Voluntários do Príncipe Dom Pedro". [ Saiba + ]



Princesa Isabel
Princesa Isabel (1846-1921) foi regente do Brasil Império. Filha de D. Pedro II assinou a Lei do Ventre Livre e a Lei Áurea, que acabou com a escravidão no Brasil. Irmã da Princesa Leopoldina, Isabel foi a última princesa do Império Brasileiro. Assumiu a regência por três vezes, quando o imperador D. Pedro II se ausentou do País. No dia 13 de maio de 1888,  a regente Isabel assina a lei Áurea, que dizia: "A partir desta data ficam libertos todos os escravos do Brasil". Foi chamada de Redentora.
 [ Saiba + ]





Raquel de Queiroz
Rachel de Queiroz (1910-2003) foi uma escritora cearense. Nasceu em Fortaleza em 17 de Novembro de 1910. Foi primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras e a primeira mulher a receber o Prêmio Camões. Foi também jornalista, tradutora e teatróloga. Seu primeiro romance "O Quinze", ganhou o prêmio da Fundação Graça Aranha. O romance "Memorial de Maria Moura" foi transformado em minissérie para televisão. 





Zilda Arns
Zilda Arns (1934-2010) foi médica pediatra e sanitarista. Fundou em 1983 a Pastoral da Criança, um programa de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. No início era só um grupo de voluntários do Paraná, com o objetivo de ajudar famílias pobres a evitar a mortalidade infantil com a disseminação do uso do soro caseiro. O trabalho começou na pequena cidade de Florestópolis, no Paraná. Zilda Arns à frente da Pastoral, ao longo de 25 anos, expandiu o programa que chegou a alcançar 72% do território Nacional, além de vinte países na América Latina, Ásia e África. O trabalho foi fundamental para reduzir a mortalidade infantil, levando Zilda Arns a receber a indicação ao Prêmio Nobel da Paz em 2006. [ Saiba + ]



Guerreiras, salve, salve !!!

(º> Fontes: eBiografias >>   ////    Wikipédia >>