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sexta-feira, 22 de dezembro de 2023
Manchester City é o campeão da Copa Mundo de Clubes FIFA 2023
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domingo, 26 de novembro de 2023
Classificação Final do Campeonato Brasileiro Série B 2023
sexta-feira, 10 de novembro de 2023
Consciência de classe
sábado, 4 de novembro de 2023
Fluminense é o Campeão da Libertadores 2023
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quinta-feira, 2 de novembro de 2023
Josefina Parafina
Josefina Parafina
A mulher tinha o nome de Josefina de Jesus Campos, mas, era mais conhecida mesmo como Josefina Parafina. Ela tinha um pequeno negócio na esquina perto do cemitério Jardim da Saudade em sua cidade natal. Josefina era conhecida por ser uma vendedora de velas muito habilidosa, carismática e brincalhona. Daí o apelido de Parafina, também pra rimar com seu primeiro nome. E quando a chamavam de Josefina Parafina completava com um: fala gente fina, e ria, um riso gostoso e alegre.
Tinha um corpo esbelto, estatura média, cabelos já grisalhos e os olhos enrugados revelavam os anos de experiência que tinha como vendedora ambulante de velas e flores, flores de plástico, que não morrem, mas enfeitam os jazigos dos cemitérios. Já estava com 62 anos, viúva desde os 47. Seu falecido marido João Pedro Campos, motorista de caminhão, faleceu quando estava próximo de completar 50 anos. A causa mortis foi um infarto do miocárdio. Não tiveram filhos.
Mas voltando a história de Josefina.
Todas as manhãs ela arrumava sua modesta barraca com velas brancas, algumas aromáticas e com flores e arranjos diversos e coloridos. Ela acreditava que as velas podiam iluminar as almas dos entes queridos que foram embora, trazendo conforto para aqueles que ainda os lembravam. Seu maior orgulho era ver a alegria e a paz que as velas proporcionavam aos seus clientes.
Os moradores da cidade frequentemente visitavam o cemitério para honrar seus entes queridos. Mas antes, alguns passavam na esquina de cima pra comprar velas e flores da sorridente ambulante. E lá estava Josefina, com seu sorriso fácil e gentil, prontamente oferecendo suas velas e palavras de conforto aos seus clientes.
Um dia, um jovem chamado Luís se aproximou de Josefina com uma expressão triste no rosto. Ele havia acabado de perder seu avô e estava encontrando dificuldades para encontrar consolo. Josefina olhou nos olhos do rapaz e sabia exatamente o que ele precisava.
"Meu jovem, venha comigo", disse ela, e fechando sua barraca, pois já eram quase 17 horas, horário costumeiro quando encerrava seu dia na venda. Indicou ao rapaz o caminho para o cemitério. Juntos, eles caminharam entre as lápides e os túmulos enquanto Josefina explicava a importância de honrar e lembrar os entes queridos que se foram.
Ao chegarem ao túmulo do avô de Luís, eles acenderam uma vela que ela havia levado em sua bolsa e a colocaram ao lado da foto do velho senhor. Josefina incentivou Luís a contar suas histórias e memórias dele. Enquanto as lágrimas de tristeza escorriam pelo rosto de Luís, a chama da vela parecia dançar com alegria, trazendo um consolo inesperado e um alento ao coração do jovem rapaz.
Ao longo dos meses, Josefina e Luís desenvolveram uma amizade especial. Ela não só o ajudou a encontrar paz em tempos de luto, como também o orientou a seguir o exemplo de seu avô, que era conhecido por sua generosidade e caridade.
Inspirado pelas palavras e ações de Josefina, Luís decidiu iniciar seu próprio projeto para ajudar os mais necessitados. Josefina apoiou sua ideia e o ajudou a conseguir recursos para promover ações comunitárias.
Passados alguns anos, o pequeno negócio já não vendia muito, as pessoas, por mais que ela as incentivava a comprar velas e flores já não se interessavam tanto em adquirir e Josefina já tinha se aposentado e cansada resolveu desistir de sua barraca que manteve por mais de 30 anos no mesmo lugar. Mas Josefina se tornou uma figura conhecida e respeitada, uma alma iluminada que espalhava conforto, paz e esperança para todos que a conheciam.
E, embora Josefina Parafina tenha partido um dia, seu legado continuou. Sua história de superação e generosidade foi contada para as gerações futuras, inspirando muitos a seguirem seus passos, iluminando os corações das pessoas com velas de amor e compaixão.
sábado, 28 de outubro de 2023
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sexta-feira, 20 de outubro de 2023
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terça-feira, 19 de setembro de 2023
Poesias a Qualquer Hora - Jefferson Carlos Rossi
quarta-feira, 23 de agosto de 2023
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quarta-feira, 5 de julho de 2023
segunda-feira, 3 de julho de 2023
3 Mini Contos de Franz Kafka
A PERGUNTA
Só a nossa noção de tempo nos faz pensar em Juízo Final, quando é de justiça sumária que se trata.O suicida é como o prisioneiro que, vendo armar-se uma forca no pátio, imagina que é para ele – foge de sua cela, à noite, desce ao pátio e pendura-se ao baraço.
Os mártires não menosprezam o corpo, apenas fazem-no pregar à cruz: é no que estão de acordo com seus adversários.
As portas são inumeráveis, a saída é uma só, mas as possibilidades de saída são tão numerosas quanto as portas. Há um propósito e nenhum caminho: o que denominamos caminho não passa de vacilação.
Os leopardos invadem o Templo e esvaziam os vasos sagrados… O fato não cessa de reproduzir-se; até que se chega a prever o momento exato e isso entra a fazer parte do ritual.
Os bons vão a passo certo; os outros, ignorando-os inteiramente, dançam à volta deles a coreografia da hora que passa.
Outrora eu não podia compreender que minhas perguntas não obtivessem resposta; hoje em dia não compreendo que jamais tivesse admitido a hipótese de formular perguntas… Bem, eu não acreditava então em coisa alguma – só fazia perguntar.
*
O PIÃO
Um filósofo costumava circular onde brincavam crianças. E se via um menino que tinha um pião já ficava à espreita. Mal o pião começava a rodar, o filósofo o perseguia com a intenção de agarrá-lo. Não o preocupava que as crianças fizessem o maior barulho e tentassem impedi-lo de entrar na brincadeira; se ele pegava o pião enquanto este ainda irava, ficava feliz, mas só por um instante, depois atirava-o ao chão e ia embora. Na verdade, acreditava que o conhecimento de qualquer insignificância, por exemplo, o de um pião que girava, era suficiente ao conhecimento do geral. Por isso não se ocupava dos grandes problemas – era algo que lhe parecia antieconômico. Se a menor de todas as ninharias fosse realmente conhecida, então tudo estava conhecido; sendo assim só se ocupava do pião rodando. E sempre que se realizavam preparativos para fazer o pião girar, ele tinha esperança de que agora ia conseguir; e se o pião girava, a esperança se transformava em certeza enquanto corria até perder o fôlego atrás dele. Mas quando depois retinha na mão o estúpido pedaço de madeira, ele se sentia mal e a gritaria das crianças – que ele até então não havia escutado e agora de repente penetrava nos seus ouvidos – afugentava-o dali e ele cambaleava como um pião lançado com um golpe sem jeito da fieira.
A PONTE
Eu era rígido e frio, eu era uma ponte; estendido sobre um precipício eu estava. Aquém estavam as pontas dos pés, além, as mãos, encravadas; no lodo quebradiço mordi, firmando-me. As pontas da minha casaca ondeavam aos meus lados. No fundo rumorejava o gelado arroio das trutas. Nenhum turista se extraviava até estas alturas intransitáveis, a ponte não figurava ainda nos mapas. Assim jazia eu e esperava; devia esperar. Nenhuma ponte que tenha sido construída alguma vez, pode deixar de ser ponte sem destruir-me. Foi certa vez, para o entardecer – se foi o primeiro, se foi o milésimo, não o sei – meus pensamentos andavam sempre confusos, giravam, sempre em círculo. Para o entardecer, no verão, obscuramente murmurava o arroio, quando ouvi o passo de um homem. A mim, a mim. Estira-te, ponte, coloca-te em posição, viga órfã de balaústres, sustém aquele que te foi confiado. Nivela imperceptivelmente a incerteza de seu passo, mas se cambaleia, dá-te a conhecer e, como um deus da montanha, atira-o à terra firme. Veio, golpeou-me com a ponta férrea de seu bastão, depois ergueu com ela as pontas de minha casaca e arrumou-as sobre mim. Com a ponta andou entre meu cabelo emaranhado e a deixou longo tempo ali dentro, olhando provavelmente com olhos selvagens ao seu redor. Mas então – quando eu sonhava atrás dele sobre montanhas e vales – saltou, caindo com ambos os pés na metade de meu corpo. Estremeci-me em meio da dor selvagem, ignorante de tudo o mais. Quem era? Uma criança? Um sonho? Um assaltante de estrada? Um suicida? Um tentador? Um destruidor? E voltei-me para vê-lo. A ponta de volta! Não me voltara ainda, e já me precipitava, precipitava-me e já estava dilacerado e varado nos pontiagudos calhaus que sempre me tinham olhado tão aprazivelmente da água veloz.
quarta-feira, 14 de junho de 2023
domingo, 11 de junho de 2023
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sábado, 10 de junho de 2023
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