"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz Ano Novo!


Receita de Ano Novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade 

FELIZ 2014 a todos, com muita saúde, paz e prosperidade!
Desde que vocês mereçam, meus caros..., é logico!
Jefferson Carlos Rossi 

Quenianos são os Vencedores da Corrida de São Silvestre de 2013

Os quenianos, pra variarem, dominaram a 89ª Corrida Internacional de 
São Silvestre, realizada esta manhã em São Paulo. Edwin Kipsang,
 foi bicampeão da prova masculina, enquanto sua compatriota
 Nancy Kipron, venceu a prova feminina. O brasileiro melhor 
colocado, foi Giovani dos Santos, em 4.º lugar.

Tira Gosto

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Vivendo...


Força, Schumacher !


O estado de saúde do ex-piloto alemão Michael Schumacher, que sofreu 
um grave acidente de esqui na manhã deste domingo, nos Alpes Franceses,
 se deteriorou com o decorrer do dia. Segundo comunicado oficial do
 Hospital Universitário de Grenoble, o veterano de 44 anos chegou 
ao local com um traumatismo craniano grave, em coma, precisou passar 
por uma cirurgia de emergência e se encontra em estado crítico.

Fonte: Terra >>> [clique e saiba mais]

"Nunca torci pra você, hoje torcerei, pela sua recuperação ! "

Frase para a Semana

"Nem tudo o que é
 legal, é legítimo."
Emir Sader
(São Paulo, 13 de julho de 1943).
É um sociólogo e cientista político brasileiro.

domingo, 29 de dezembro de 2013

110 anos do nascimento de Cândido Portinari

Hoje, 110 anos do nascimento de Portinari.

Cândido Portinari foi um dos pintores brasileiros mais famosos. Este grande
 artista nasceu na cidade de Brodowski (interior do estado de São Paulo), em 
29 de dezembro de 1903. Destacou-se também nas áreas de poesia e política.

Durante sua trajetória, ele estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro; 
visitou muitos países, entre eles, a Espanha, a França e a Itália, onde 
finalizou seus estudos.

No ano de 1935 ele recebeu uma premiação em Nova Iorque por sua 
obra "Café". Deste momento em diante, sua obra passou a ser 
mundialmente conhecida.

Dentre suas obras, destacam-se: "A Primeira Missa no Brasil", 
"São Francisco de Assis" e "Tiradentes". Seus retratos mais
 famosos são: seu auto-retrato, o retrato de sua mãe e o do famoso 
escritor brasileiro Mário de Andrade.

No dia 6 de fevereiro de 1962, o Brasil perdeu um de seus maiores 
artistas plásticos e aquele que, com sua obra de arte, muito contribuiu 
para que o Brasil fosse reconhecido entre outros países. A morte de
 Cândido Portinari teve como causa aparente uma intoxicação 
causada por elementos químicos presentes em certas tintas.

Características principais de suas obras:
- Retratou questões sociais do Brasil;
- Utilizou alguns elementos artísticos da arte moderna europeia;
- Suas obras de arte refletem influências do surrealismo, cubismo e
 da arte dos muralistas mexicanos;
- Arte figurativa, valorizando as tradições da pintura.

Relação das principais obras de Portinari:
- Meio ambiente
- Ceia
- Colhedores de café
- Mestiço
- Favelas
- O Lavrador de Café
- O sapateiro de Brodósqui
- Meninos e piões
- Lavadeiras
- Grupos de meninas brincando
- Menino com carneiro
- Cena rural
- A primeira missa no Brasil 
- Criança Morta
- São Francisco de Assis
- Os Retirantes
- Futebol
- O sofrimento Laio
*
Fonte do texto: Sua Pesquisa >>>
Visite também: Portal Portinari >>>, 
e veja outras obras deste grande artista brasileiro.

086 - Palavras da Bíblia...

...Glória a Deus!

sábado, 28 de dezembro de 2013

5 Links - # 055 >>>

Trilha Sonora (126) - Kaiser Chiefs

Ruby
Kaiser Chiefs
Compositores:  Andrew White, James Rix, 
Nicholas Baines, Nicholas Hodgson e Charlie Wilson.
Let it never be said,
That romance is dead,
Cause there's so little else,
Occupying my head,
There is nothing I need,
Except the function to breath,
But I'm not really fussed,
Doesn't matter to me...

Ruby, Ruby, Ruby, Ruby!
Do ya, do ya, do ya, do ya!
Know what you're doing doing to me!?
Ruby, Ruby, Ruby, Ruby!

Due to lack of interest,
Tomorrow is cancelled,
Let the clocks be reset,
And the pendulums held,
Cause there's nothing at all,
Except the space in-between,
Finding out what you're called,
And repeating your name...

Ruby, Ruby, Ruby, Ruby!
Do ya, do ya, do ya, do ya!
Know what you're doing doing to me!?
Ruby, Ruby, Ruby, Ruby!

Could it be, could it be,
That you're joking with me,
And you don't really see,
You and me...

Could it be, could it be,
That you're joking with me,
And you don't really see,
You and me...

Ruby, Ruby, Ruby, Ruby!
Do ya, do ya, do ya, do ya!
Know what you're doing doing to me!?
Ruby, Ruby, Ruby, Ruby!
Do ya, do ya, do ya, do ya!
Know what you're doing doing to me!?

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Recomendo a Leitura: O Senhor da Guerra

O Senhor da Guerra 

O Nome de Deus como 
Justificativa para a Morte 
e a Destruição

Autor: Daniel Aurélio

Editora: Universo dos Livros

141 páginas


O subtítulo do livro já diz tudo. O autor esmiúça a história e faz um trabalho jornalístico equilibrado, com o objetivo de nos mostrar detalhes das principais guerras e batalhas da história da humanidade, mostrando em comum, entre essas guerras, além das destruições e mortes de pessoas inocentes, o fato de elas terem sido feitas e atribuídas à vontade do Ser Supremo. 

O livro é dividido em 4 capítulos:
1. No Princípio era o Verbo;
2. Antiguidade e Período Pré- Medieval;
3. Idade Média e Renascimento e
4. A Cisma Judaísmo x Islamismo e Período Pós-Revoluções.

Na abertura do livro, na introdução do Capítulo 1, “Deus uma ideia explosiva”, 
o autor cita um verso de Renato Russo, da música, “Há Tempos”:
"Há tempos, nem os Santos têm ao certo a medida da maldade"
E, isso dá o tom e mote dos 4 capítulos.

O autor inicia o livro comparando o Deus de cada religião.
O Deus de Moisés (Judaísmo), o Deus de Jesus Cristo (Cristianismo) e o Deus de Maomé (Islamismo). “O Deus da divisão dogmática entre judeus, cristãos e muçulmanos, se dá no conceito da Verdade Religiosa.”

E deixa a pergunta:
“A qual profeta teria se revelado a autêntica palavra do Senhor?”

A partir daí, Daniel Aurélio convida-nos, a uma viagem histórica, desde as origens do mal, sobre as batalhas, guerras, inquisições, as Cruzadas, o terrorismo, governos religiosos e de ditadores sanguinários, que usavam o nome de Deus, como justificativa para as barbáries e atrocidades, desde a antiguidade, período medieval, passando pela idade média e renascimento; as brigas entre judeus e muçulmanos, o fundamentalismo islâmico e as células terroristas; e as rixas entre católicos x protestantes. É um relato muito bem feito dos verdadeiros motivos que tornam a religião, às vezes nada divina, quando justifica a morte, usando o nome de Deus, que é o princípio da vida.

Excelente livro. Você que se interessa por história de guerras e religiões, e não aceita ver pessoas morrendo em nome de Deus, não poderá deixar de lê-lo...

Segundo as palavras do autor:
"O objetivo desta Obra é incitar a reflexão e a análise, possibilitando identificar e posicionar-se contra qualquer tentativa de atribuir a destruição a Deus".

Trechos do Livro:
“Real autor e mentor de qualquer Escritura Sagrada que o valha é o homem, ser triste e cobiçoso, um profano à cata do sagrado, aquele que tudo interpreta, classifica, transforma, destrói e impõe verdades. Não seria o oposto com a religião por ele fundada.” – pág.: 38

Guerra e religião são como fósforo e álcool para fanáticos e líderes tiranos.” – pág.: 40

“De forma chula e imprecisa, qualquer israelense de certidão passou a ser tido por judeu – mesmo se ele for, na verdade, um judeu não-ortodoxo, católico ou agnóstico. Por outro lado, todo árabe muçulmano é costumeiramente classificado como (ou é acusado de ser) um ‘terrorista fundamentalista.’” – pág.: 113

Aurélio termina o livro com outro trecho de música, onde cita os versos da clássica
 canção “Sunday Bloody Sunday” do U2:
"A verdadeira batalha começou / para reivindicar a vitória que Jesus conquistou (...) trincheiras cravadas em nossos corações / e mães crianças, irmãos e irmãs separados"

Perfeito!

O autor: 
Daniel Aurélio é sociólogo, foi articulista da revista Zeroe escreve no 
site Digestivo Culturale autor do livro “Foi o que restou mesmo?"
Fica a Dica !!!
*
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Poesia a Qualquer hora (130) - Ronald Mignone

O Tempo

Tempo
Meu tempo
Cedo ou tarde
Eu cedo
Eu luto
Não tardo
Faz tempo
Não tenho tempo
Luta
Interna e externa
De novo o tempo
Que cura
Que impacienta
Que corrói
Que destrói
Que constrói
Que me dói
Que me cura
Tempo
Que não pára
Não dá tempo
Tempo seu
Tempo meu
Tempo nosso
Tempo do mundo
Não tenho mais tempo
É tempo de ação

Há sofrimentos que anestesiam e que levam tempo
Há dores que reverberam no tempo
Há cicatrizes que enevoam o tempo
Mas, como dizia o poeta, o tempo não pára
Há que nos encaixarmos nele
No tempo
Ao seu tempo
E ele não urge
Ele ruge

Ronald Mignone
[Saiba +]

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Menina, de Ivan Ângelo

Menina
Ivan Ângelo
“Oh, ela sabia cada vez mais.” (Clarice Lispector, “Perto do coração selvagem”).

“Sentar-se, concentrada, contar até um número, por exemplo dez, ou doze, e esperar agudamente um acontecimento importante, era seu exercício mais impreciso, mais despido de maldade, porque ela não escolhia o que ia acontecer, só fazia acontecer.
Havia outros, menos intensos: gritar “aaaa” de olhos fechados e, abrindo-os, esperar que tudo houvesse desaparecido; colocar a mão molhada na testa e acompanhar aquele sangue mais frio passeando no seu corpo; imóvel e muda, obrigar a fruteira de cristal brilhante a estilhaçar-se no chão com a força do pensamento; passar sem comer um dia inteiro para preocupar a mãe e ouvir deliciada: “Ana Lúcia, você me mata!”.
Entretanto, era o esperar que algo importante acontecesse quando contasse até doze ou dez que lhe dava aquele segundo de vida intenso do qual ela saía sempre um pouco mais velha, e apressava a sua respiração, como um cansaço ou um beijo de Guilherme em Nilsa. Horas depois, ou nos dias seguintes, quando ouvia as pessoas grandes conversarem segredos ou comentarem graves um fato recente, dizia-se, plena de poder, ela mesma perplexa ante suas possibilidades: “Fui eu. Fui eu que fiz.”
Achava péssimo ir à escola, a professora era horrível. As coisas de que mais gostava: pensar sem ninguém perto porque aí podia ir avançando até se perder, brincar de santa, dormir, comer doce. Bom mesmo era fazer nada, nem pensar, mas isso só às vezes conseguia, e era impossível gozar o momento, sempre passado. Pois quando o sentia, ele já acabara: ela começara a pensar. Ter aquilo na mesma hora seria morrer? – perturbava-se ela com o pensamento, cada vez sabendo mais.
Sim, cada vez sabendo mais. Sempre sentira esse mistério: não ter pai. Ela, que podia tanta coisa, afinava-se embaraçada de não conseguir dizer “papai” do modo de Tita ou Nina. Era a única coisa que faziam melhor do que ela, dizer “papai”. A diferença talvez só ela percebesse, sutil. Sentia que pai era uma coisa que se tem sempre, como mãe, ou roupas. Tita e Nina sabiam que aquela era uma vantagem:
- Quede seu pai, Ana Lúcia?
- Está viajando.
Disseram-lhe isso, já tinha escutado ou inventara? Ah, cada vez sabia mais, sempre mais.
Guilherme e Nilsa não se beijavam perto da mãe. Se ela chegava, as mãos ficavam quietas nas mãos, a respiração ficava mansinha e não havia mais nada interessante para olhar da janela do quarto. Beijar devia ser proibido. Ou pecado. (Sabia mais, sempre mais).
- Ana Lúcia, seu pai ainda está viajando?
- Está.
- Mentirosa! Sua mãe é desquitada.
Ficou impotente diante da palavra desconhecida. Uma coisa nova, ainda não se podia saber de que lado olhar para possuí-la toda. Desquitada. Desquitada. Jamais perguntaria a Tita, era uma alegria que não lhe daria. Ficou uns instantes sem saber como sair ilesa dessa armadilha. Tita corada e brilhante de prazer na sua frente.
- E o que é que tem isso?
Tita desmontou como um quebra-cabeça, Ana Lúcia balançara o tabuleiro. Jamais teria medo de Tita, ela sempre dependia demais das coisas fora dela, de um gesto, de uma palavra como desquitada ou parto.
Desquitada. Passou dias tentando solucionar sozinha. Seria uma coisa como burra, feia? Não, não parecia. Flor? Flor parecia, mas não explicava nada: orquídeas, rosas, sempre-vivas, desquitadas… Parecia. “Mentirosa! Sua mãe é desquitada.” Tita dissera como quem diz o quê? o quê? o quê? – “sem-vergonha”. Sim!, como quem diz sem-vergonha: olhando de frente e esperando um tapa.
Nesses dias amou a mãe com muita força, amou-a até sentir lágrimas, defendendo-a contra a palavra que poderia feri-la: desquitada, sem-vergonha. Pensava a palavra de leve, com receio de ferir a mãe. Experimentava baixinho torná-la mais suave, molhando-a de lágrimas e amor: desquitadinha, sem-vergonhinha. Mas a palavra sempre agredia, sempre feria.
Sentada no chão, picando retalhinhos de pano com a tesoura, amava a mãe intensamente, enquanto ela costurava rápida, bonita mesmo, com aqueles alfinetes na boca. Chegava alguém para provar vestidos, a mãe mandava-a sair. Era feio ver gente grande mudar de roupa, a mãe dizia. Saía contrariada por deixá-la exposta à palavra, em perigo. Abria-se a porta, ela entrava de novo, amando, amando.
Estava cansada dessa obrigação e só por isso duvidou de si, subitamente um dia ao tomar leite para dormir: desquitada podia não ser como sem-vergonha! Podia até ser pior, e quem sabe podia ser melhor. Respirando fundo e observando-se, ela seguia pronta para novas descobertas. Refugiou-se no sono.
No dia seguinte recomeçou. Mais uma vez preocupava-se com a palavra, agora não nova, mas mistério, sombra. Não se arriscava a dar um palpite, havia o perigo de outro engano.
A professora feia! pergunta no fim da manhã, recolhendo os cadernos, se alguém tem alguma dúvida. Ana Lúcia acende-se emocionada. Por que não a professora? Talvez ela fosse boa, talvez dissesse logo o que é desquitada, talvez dissesse na mesma hora, sem muitas perguntas como por que você quer saber uma coisa dessas. Levanta-se tímida, insegura. Já de pé, desiste, e não sabe se senta ou chora.
- O que é, Ana Lúcia?
A voz da professora, mansa, mas não ajudando. “Não pergunto, não pergunto” – teima Ana Lúcia, ganhando tempo.
- O que é? – a voz insiste.
As meninas riem, insuportáveis. Helenice e seus dentes enormes impossibilitando tudo. Ana Lúcia sente que vai chorar. Estar perto da mãe é o que mais deseja.
- Sente-se – ordena a professora irritada.

A máquina de costura avançava decidida sobre o pano. Que bonita que a mãe era, com os alfinetes na boca. Gostava de olhá-la calada, estudando seus gestos, enquanto recortava retalhos de pano com a tesoura.
Interrompia às vezes seu trabalho, era quando a mãe precisava da tesoura. Admirava o jeito decidido da mãe ao cortar pano, não hesitava nunca, nem errava. A mãe sabia tanto! Tita chamava-a de ( )como quem diz ( ). Tentava não pensar as palavras, mas sabia que na mesma hora da tentativa tinha-as pensado. Oh, tudo era tão difícil. A mãe saberia o que ela queria perguntar-lhe intensamente agora quase com fome, depressa, depressa antes de morrer, tanto que não se conteve e:
- Mamãe, o que é desquitada? – atirou rápida com uma voz sem timbre.
Tudo ficou suspenso, se alguém gritasse o mundo acabava ou Deus aparecia – sentia Ana Lúcia. Era muito forte aquele instante, forte demais para uma menina, a mãe parada com a tesoura no ar, tudo sem solução podendo desabar a qualquer pensamento, a máquina avançando desgovernada sobre o vestido de seda brilhante espalhando luz luz luz.
A mãe reconstruiu o mundo com uma voz maravilhosa e um riso:
- Eu precisava mesmo explicar para você a situação. Mas você é tão pequena!
Olhou a filha com carinho, procurando o jeito mais hábil. Pouco mais de sete anos, o que poderia entrar naquela cabecinha?
- Desquitada é quando o marido vai embora e a mãe fica cuidando dos filhos.
Pronto, estou livre – sentiu Ana Lúcia. – Desquitada, desquitada, desquitada – repetia sem medo. Sentia-se completa e nova. Alegrou-se por não precisar amar a mãe com aquela força de antes. Sendo apenas uma menina poderia cansar-se e então o que seria da mãe? Bom que desquitada não fosse um insulto. Bom mesmo. Deixava-a livre para pensar e não pensar, coisa tão difícil que -- Marido é o pai? – ela quis confirmar, conquistando áreas que as outras crianças tinham naturalmente. A mãe sorriu e confirmou.
Tita sabia dizer “papai” porque a mãe não era desquitada -- ia Ana Lúcia aprendendo, descobrindo. Havia muita coisa em que pensar naquela conversa. Por exemplo: o que ela chama de marido é o que eu chamo de pai. Essa é uma diferença entre mãe e filha.
Ela sabia cada vez mais.”

Texto extraído do Livro Para Gostar de Ler - Volume 10 - Editora Ática

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Futebol: Campeões e Vices em 2013


Frase para a Semana

"Escolha sempre o caminho 
que pareça o melhor, mesmo
que seja o mais difícil; 
o hábito brevemente o 
tornará fácil e agradável."
Pitágoras
(Samos, c. 571 a.C. -- Metaponto, 497 a.C. ) 
Foi um filósofo e matemático grego.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Bayern de Munique é o Campeão da Copa do Mundo de Clubes 2013

O time alemão Bayern de Munique, conquistou agora à pouco a 
Copa do Mundo de Clubes FIFA 2013, no Marrocos, ao vencer, 
o time da casa, o Raja Casablanca, por 2x0, gols de Dante e Thiago.

O Atlético Mineiro terminou a competição em terceiro
 lugar ao vencer por 3x2 a equipe chinesa do Guangzhou Evergrande.

Outdoor na Índia confunde Morgan Freeman com Mandela

Para homenagear Nelson Mandela, morto no dia 5 de dezembro, um 
empresário indiano encomendou um outdoor na cidade de Coimbatore 
com a seguinte mensagem: "Temos de ter orgulho de fazer parte de
 uma era em que viveram tantos líderes admiráveis."

Com o texto, fotos de Mahatma Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, 
Martin Luther King e... Morgan Freeman. O ator interpretou Mandela
 no filme "Invictus", em 2009.

5 Links - # 054 >>>

Trilha Sonora (125) - Travis

Closer
Travis
Compositor: Fran Healy
I've had enough of this parade 
I'm thinking of the words to say 
We open up unfinished parts 
Broken up its so mellow.

And when I see you 
then I know it will be next to me 
And when I need you 
then I know you will be there with me 
I'll never leave you

Just need to get closer, closer 
Lean on me now 
Lean on me now 
closer, closer 
Lean on me now 
Lean on me now

Keep waking up without you here
Another day, another year
I seek the truth
We set apart
Sinking of a second chance

And when I see you 
then I know it will be next to me 
And when I need you 
then I know you will be there with me 
I'll never leave you

Just need to get closer, closer 
Lean on me now 
Lean on me now 
closer, closer 
Lean on me now 
Lean on me now
lean on me now