"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

sábado, 31 de dezembro de 2016

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Vencedores da Corrida de São Silvestre 2016


Hamlet

Hamlet

William Shakespeare


Tradução: Millôr Fernandes


Editora: L&PM Pocket
144 páginas


Hamlet, de William Shakespeare, é uma obra clássica permanentemente atual pela força com que trata de problemas fundamentais da condição humana. A obsessão de uma vingança onde a dúvida e o desespero concentrados nos monólogos do príncipe Hamlet adquirem uma impressionante dimensão trágica. 

Nesta versão, Millôr Fernandes, crítico contumaz dos “eruditos” e das “eruditices” que – nas traduções – acabam por comprometer o sentido dramático e poético de Shakespeare, demonstra como o “Bardo” pode ser lido em português com a poderosa dramaticidade do texto original. Aqui, Millôr resgata o prazer de ler Shakespeare, o maior dramaturgo da literatura universal, em uma das suas obras mais famosas.    [contracapa do livro]

*
Hamlet é uma tragédia de William Shakespeare, escrita entre 1599 e 1602. A peça tem como cenário a Dinamarca. Conta a história do príncipe Hamlet que tenta vingar a morte de seu pai, o Rei Hamlet, que foi envenenado por seu tio Cláudio, que depois deste crime, tomou o trono e casou-se com a Rainha Gertrudes , mãe de Hamlet. O príncipe decide então vingar a morte do rei, depois de conversar com o espectro de seu pai, que o revela que foi seu próprio irmão Cláudio que o matou. Hamlet é tomado de uma loucura por vezes fingida, para que seu plano de vingança seja meticulosamente planejado e calculado.

A tragédia explora temas como traição, vingança, corrupção, devassidão, ética e moralidade, mostrando a tênue fronteira entre a sanidade e a loucura.

Hamlet é uma das obras mais conhecida, adaptada e encenada de Shakespeare. Influenciou vários escritores. E muitos deles discorreram sobre esta peça dramática do autor inglês.

Trechos:
- “Presta ouvido a muitos, tua voz a poucos. Acolhe a opinião de todos – mas você decide.” – p. 30

- “Não empreste nem peça emprestado:
Quem empresta perde o amigo e o dinheiro;
Quem pede emprestado já perdeu o controle de sua economia.
E, sobretudo, isto: sê fiel a ti mesmo.” – p. 30

-“Há algo de podre no Estado da Dinamarca.” – p.35

- “Há mais coisas no céu e na terra, Horácio,
Do que sonha a tua filosofia.” - p. 40

-“... é próprio da minha idade o excesso de zelo,
Como é comum no jovem a ação insensata.” – p. 46

-“Duvida que o sol seja a claridade,
Duvida que as estrelas sejam chama,
Suspeita da mentira na verdade,
Mas não duvida deste que te ama!” – p 50

-“Sonhos que são, de fato, a ambição. A substância do ambicioso é a sombra de um sonho.” – p. 54

- "Ser ou não ser – eis a questão.
Será mais nobre sofrer na alma
Pedradas e flechadas do destino feroz
Ou pegar em armas contra o mar de angústias.” –p. 67

-“Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
Quando tivermos escapado ao tumulto vital
Nos obrigam a hesitar: e é essa reflexão
Que dá à desventura uma vida tão longa.” – p. 67

-“Quando as desgraças chegam, elas não vêm solitárias, mas em batalhões.” – p. 105

- HAMLET: “Esse camarada não tem consciência do trabalho que faz, cantando enquanto abre uma sepultura?
HORÁCIO: O costume transforma isso em coisa natural.
HAMLET: É mesmo. A mão que não trabalha tem o tato mais sensível.
PRIMEIRO COVEIRO: (Canta) E a velhice chega bem furtiva
Na lentidão que tarda, mas não erra
E nos atira aqui dentro da cova
Como se o homem também não fosse terra.”
(Descobre um crânio) – p. 120

William Shakespeare
Nasceu em Stratford-upon-Avon, Inglaterra, em 23 de abril de 1565, filho de John Shakespeare e Mary Arden. John Shakespeare era um rico comerciante, além de ter ocupado vários cargos da administração da cidade. Mary Arden era oriunda de uma família cultivada. Pouco se sabe da infância e da juventude de Shakespeare, mas imagina-se que tenha freqüentado a escola primária King Edward VI, onde teria aprendido latim e literatura. Em dezembro de 1582, Shakespeare casou-se com Ann Hathaway, filha de um fazendeiro das redondezas. Tiveram três filhos. É autor também de: Romeu e Julieta, Macbeth, Júlio César, Rei Lear, A Megera Domada, Othelo - O Mouro de Veneza, Sonho de uma Noite de Verão, Ricardo III, Muito Barulho por Nada, A Tempestade, Tudo Bem Quando Termina Bem, entre outros.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Poesia a Qualquer Hora (276) - Mário Lago

Nada Além

Nada além
Nada além de uma ilusão
Chega bem
E é demais para o meu coração
Acreditando em tudo que o amor
Mentindo sempre diz
E vou vivendo assim feliz
Na ilusão de ser feliz
Se o amor
Só nos causa sofrimento e dor
É melhor
Bem melhor a ilusão do amor
Eu não quero e não peço

Para o meu coração

Nada além de uma linda ilusão

Mário Lago

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

2 Minutos para Entender 2016

Aconteceu tanta coisa em 2016, que fica difícil dizer que esse foi um ano 
normal. E o caos foi generalizado: na política, cultura e nas ciências. 

Se é que os dias virão...


Pescaria, por Stanislaw Ponte Preta

Pescaria
Stanislaw Ponte Preta

— Fomos uns cinco pescar — conta-nos o amigo que há muito não encontrávamos. Tinha comprado um molinete e, segundo nos confessou, desde menino sonhava em ter o seu próprio molinete. Por isso aceitou o convite.

Quando o encontramos, às 11 horas da noite de sábado, estava cansadíssimo e queria ir dormir. Mesmo assim contou como foi a pescaria.

— Eles me convidaram dizendo que estava dando muito pampo na Barra da Tijuca. Passaram lá em casa às 7, me pegaram e saímos para comprar isca.

Ficaram comprando isca e lá pelas 9 horas entraram num bar para tomar um negócio porque estava ameaçando chuva e era preciso precaução. Às 11 horas, saíram do bar e tinha um camarada na porta vendendo siris.

— Vivos? — perguntamos:

Nosso amigo diz que sim e que, por isso mesmo, era preciso preparar. Ninguém levava comida para a pescaria e, portanto, até que seria bom cozinharem uns siris para fazer o farnel.

Na casa de um dele, a cozinheira foi avisada de que chegariam dentro em pouco com uma centena de siris para preparar. E de fato chegaram, lá pelas duas da tarde.

Foi tudo muito rápido. Às 5 horas os siris estavam prontinhos e todos sentados em volta da mesa, para experimentar. Trouxeram umas cervejas e foram comendo, foram comendo, até que chegou uma hora em que havia mais siris do que fome. Resolveram tomar providências e telefonaram para uns amigos.

— Venham comer siris.

Os amigos chegaram com um violão e uma garrafa de uísque. Uísque vai, uísque vem, deu fome outra vez. Eram oito horas quando a cozinheira salvou a situação com uma panelada de carne-seca com abóbora. Uns sirizinhos antes, como aperitivo, e todos caíram na carne-seca.

Então deu vontade de cantar. Um lá pegou o violão, os outros suas caixas de fósforo e começaram a lembrar sambas antigos.

E nosso amigo, ainda com o caniço e o molinete na mão, confessa:

— Saí de lá agora.

— E a pescaria?

— Pescaria? Que pescaria?

Texto extraído do livro "10 em Humor", Editora Expressão e
 Cultura — Rio de Janeiro, 1968, pág. 54.
(º> Via: Releituras >>>

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Frase para a Semana

"Poucas vezes quem
 ganha o que não merece, 
agradece o que ganha."
Francisco de Quevedo
(Madrid, 14/09/1580 --- Villanueva de los Infantes, 8/09/1645)
Foi um escritor espanhol.

sábado, 24 de dezembro de 2016

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Trilha Sonora (267) - Egotrip

Viagem ao Fundo do Ego
Egotrip
Compositores: Nando Chagas, Arthur Maia, 
José Rúbens Lopes, Pedro Gil, Francisco Farias

Há um lugar místico em mim
Algo assim, bem escondido
Um planeta inexplorado
Um horizonte perdido

Me embrenhei na mata virgem
Como um nativo zumbi
Mergulhei fundo no oceano
Como um Jacques Cousteau parti

Explorador sem experiência 
Marinheiro de primeira viagem 
Embarquei de peito aberto 
Levando só a coragem 

[Refrão]
Coragem pra enfrentar
Frente a frente eu comigo 
Como se enfrenta um irmão 
No exército inimigo

Coragem pra encarar 
Frente a frente eu no espelho 
Como se encontra um irmão 
Que lhe nega um conselho 

Quase no fim da estrada
Uma voz veio me dizer
Se você quer me seguir, cuidado
Não vai gostar do que vai ver

E a volta foi difícil
Retornei de mãos vazias
Nessa minha egotrip
Não fui Davi, nem fui Golias

Explorador sem experiência 
Viajante sem bagagem 
Perdi tudo o que eu tinha 
E o que eu tinha era só a coragem

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Manoel de Barros - Centenário de Nascimento

Hoje (19/12), 100 anos do nascimento do poeta Manoel de Barros!

Frase para a Semana

“Escrever bem é pensar bem, 
escrever bem ou falar bem é 
uma opção individual; já pensar
 bem é um problema social.”
Otto Lara Resende
(São João del-Rei-MG, 1 de maio de 1922 - 
Rio de Janeiro-RJ, 28 de dezembro de 1992) 
Foi um jornalista e escritor brasileiro. Otto é pai do economista 
André Lara Resende. Seu pai, Antônio de Lara Resende, 
era professor, gramático e memorialista.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Real Madrid é o Campeão do Mundial de Clubes 2016

O Real Madrid é o Campeão da Copa Mundial de Clubes FIFA 2016. 
Venceu nesta manhã o Kashima Antlers do Japão, na prorrogação
 por 2x0, depois de empatar em 2x2 no tempo normal, 
e conquistou seu 2.º título na competição (2014 e 2016).

sábado, 17 de dezembro de 2016

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Texto para Reflexão: A Árvore dos Problemas

 A ÁRVORE DOS PROBLEMAS

Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro para ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda.

O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil.

O pneu do seu carro furou, a serra elétrica quebrou, cortou o dedo, e ao final do dia o seu carro não funcionou.
O homem que contratou o carpinteiro ofereceu uma carona para casa.
Durante o caminho, o carpinteiro não falou nada.

Quando chegaram à sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família.

Quando os dois homens estavam caminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com as duas mãos.
Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou­-se.
Os traços tensos do seu rosto transformaram-­se em um grande sorriso, e ele abraçou os seus filhos e beijou a sua esposa.

Um pouco mais tarde, o carpinteiro acompanhou a sua visita até o carro.
Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou:

– Por que você tocou na planta antes de entrar em casa?

O carpinteiro respondeu:

– Ah! Esta é a minha Árvore dos Problemas. Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho, mas estes problemas não devem chegar até os meus filhos e minha esposa. Então, toda noite, eu deixo os meus problemas nesta árvore quando chego em casa, e os pego no dia seguinte; e você quer saber de uma coisa? Toda manhã, quando eu volto para buscar os meus problemas, eles não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior.

Autor Desconhecido

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Jô Soares se Despede Hoje de seu Programa de Entrevistas

Depois de quase 15 mil entrevistas em 28 anos de Talk Show, Jô Soares se despede nesta sexta (16/12), com a participação do cartunista e escritor Ziraldo, que foi quem mais esteve em seu programa (24 vezes).  Jô Soares conduziu no SBT de 1988 à 1999, o "Jô Soares Onze e Meia", depois foi para a GLOBO apresentar seu "Programa do Jô" de 2000 à 2016.











Beijo do Gordo

Poesia a Qualquer Hora (275) - Natália Ribeiro da Conceição

Cafés

I.

Café posto à mesa-
o amargo intenso
que cabe na xícara
                                   / o vício

Você defronte-
torce o nariz diante
do fel da irrealização
                                                            / o desencontro temporal

O ardor dos olhos-
o desejo contido
diante das impossibil idades
                                                                     / a retroalimentação do platônico

II.

Cafona
saber que se
bebe a água gaseificada
antes do café
e nem mesmo
achar isso necessário
o café, ele próprio,
uma mera conveniência

III.

E se não houvesse
a orla redonda
da xícara onde
o negro café
está circunscrito?
Meus olhos
pousariam fora
da orla castanha
que circunda
sua negra pupila?

IV.
O gosto do café
fica na boca
o dia inteiro

Natália Ribeiro da Conceição