"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Recomendo a Leitura: O Senhor da Guerra

O Senhor da Guerra 

O Nome de Deus como 
Justificativa para a Morte 
e a Destruição

Autor: Daniel Aurélio

Editora: Universo dos Livros

141 páginas


O subtítulo do livro já diz tudo. O autor esmiúça a história e faz um trabalho jornalístico equilibrado, com o objetivo de nos mostrar detalhes das principais guerras e batalhas da história da humanidade, mostrando em comum, entre essas guerras, além das destruições e mortes de pessoas inocentes, o fato de elas terem sido feitas e atribuídas à vontade do Ser Supremo. 

O livro é dividido em 4 capítulos:
1. No Princípio era o Verbo;
2. Antiguidade e Período Pré- Medieval;
3. Idade Média e Renascimento e
4. A Cisma Judaísmo x Islamismo e Período Pós-Revoluções.

Na abertura do livro, na introdução do Capítulo 1, “Deus uma ideia explosiva”, 
o autor cita um verso de Renato Russo, da música, “Há Tempos”:
"Há tempos, nem os Santos têm ao certo a medida da maldade"
E, isso dá o tom e mote dos 4 capítulos.

O autor inicia o livro comparando o Deus de cada religião.
O Deus de Moisés (Judaísmo), o Deus de Jesus Cristo (Cristianismo) e o Deus de Maomé (Islamismo). “O Deus da divisão dogmática entre judeus, cristãos e muçulmanos, se dá no conceito da Verdade Religiosa.”

E deixa a pergunta:
“A qual profeta teria se revelado a autêntica palavra do Senhor?”

A partir daí, Daniel Aurélio convida-nos, a uma viagem histórica, desde as origens do mal, sobre as batalhas, guerras, inquisições, as Cruzadas, o terrorismo, governos religiosos e de ditadores sanguinários, que usavam o nome de Deus, como justificativa para as barbáries e atrocidades, desde a antiguidade, período medieval, passando pela idade média e renascimento; as brigas entre judeus e muçulmanos, o fundamentalismo islâmico e as células terroristas; e as rixas entre católicos x protestantes. É um relato muito bem feito dos verdadeiros motivos que tornam a religião, às vezes nada divina, quando justifica a morte, usando o nome de Deus, que é o princípio da vida.

Excelente livro. Você que se interessa por história de guerras e religiões, e não aceita ver pessoas morrendo em nome de Deus, não poderá deixar de lê-lo...

Segundo as palavras do autor:
"O objetivo desta Obra é incitar a reflexão e a análise, possibilitando identificar e posicionar-se contra qualquer tentativa de atribuir a destruição a Deus".

Trechos do Livro:
“Real autor e mentor de qualquer Escritura Sagrada que o valha é o homem, ser triste e cobiçoso, um profano à cata do sagrado, aquele que tudo interpreta, classifica, transforma, destrói e impõe verdades. Não seria o oposto com a religião por ele fundada.” – pág.: 38

Guerra e religião são como fósforo e álcool para fanáticos e líderes tiranos.” – pág.: 40

“De forma chula e imprecisa, qualquer israelense de certidão passou a ser tido por judeu – mesmo se ele for, na verdade, um judeu não-ortodoxo, católico ou agnóstico. Por outro lado, todo árabe muçulmano é costumeiramente classificado como (ou é acusado de ser) um ‘terrorista fundamentalista.’” – pág.: 113

Aurélio termina o livro com outro trecho de música, onde cita os versos da clássica
 canção “Sunday Bloody Sunday” do U2:
"A verdadeira batalha começou / para reivindicar a vitória que Jesus conquistou (...) trincheiras cravadas em nossos corações / e mães crianças, irmãos e irmãs separados"

Perfeito!

O autor: 
Daniel Aurélio é sociólogo, foi articulista da revista Zeroe escreve no 
site Digestivo Culturale autor do livro “Foi o que restou mesmo?"
Fica a Dica !!!
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