"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

domingo, 26 de novembro de 2023

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Consciência de classe

"A consciência de classe é um conceito sociológico que se refere à compreensão e percepção dos indivíduos sobre sua posição dentro de uma estrutura social baseada na divisão de classes. É a consciência de que pertencemos a um determinado segmento social, com interesses específicos e que as nossas experiências são moldadas por fatores econômicos, políticos e culturais.

A consciência de classe é importante no contexto atual, pois vivemos em uma sociedade profundamente desigual, com uma distribuição de riqueza e poder desequilibrada. É através do desenvolvimento dessa consciência que os indivíduos compreendem as disparidades sociais e econômicas existentes, e buscam a transformação dessas estruturas injustas.

A conscientização de classe permite que as pessoas percebam que a desigualdade não é resultado de diferenças pessoais ou méritos individuais, mas sim de um sistema que beneficia alguns em detrimento de muitos. É através dessa percepção coletiva que ocorre a organização e a mobilização das classes trabalhadoras, para lutar por seus direitos e por uma sociedade mais justa.

Além disso, a consciência de classe também contribui para a solidariedade e cooperação entre os membros de um mesmo grupo social. Ao reconhecer que compartilhamos condições e dificuldades semelhantes, torna-se possível estabelecer relações de apoio mútuo e engajar-se em ações coletivas.

Ainda assim, a consciência de classe não é algo inato ou automático. Ela precisa ser construída e desenvolvida por meio da educação, da reflexão crítica e do engajamento político. É necessário que os indivíduos sejam expostos a diferentes perspectivas e tenham acesso a informações que lhes permitam compreender as estruturas de poder e as relações de classe existentes.

Por fim, é importante ressaltar que a consciência de classe não se limita apenas às classes trabalhadoras. Ela abrange todas as classes sociais, desde que haja uma compreensão de que os interesses individuais estão conectados aos interesses coletivos.

Em resumo, a consciência de classe é fundamental para a compreensão das desigualdades sociais e para a luta por uma sociedade mais justa. É através dela que os indivíduos são capazes de compreender sua posição dentro da estrutura social e se organizar para transformar as condições de vida de sua classe. A construção dessa consciência requer educação, reflexão crítica e engajamento político, para que todos possam contribuir para uma sociedade mais igualitária e solidária."

- Anônimo 

sábado, 4 de novembro de 2023

Fluminense é o Campeão da Libertadores 2023

O Fluminense venceu o Boca Jrs por 2x1 na prorrogação depois
de empatar em 1x1 no tempo normal e conquistou
o título inédito da Libertadores.

<><>Tabela à partir das Oitavas de Final <><>





quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Josefina Parafina

 Josefina Parafina 

A mulher tinha o nome de Josefina de Jesus Campos, mas, era mais conhecida mesmo como Josefina Parafina. Ela tinha um pequeno negócio na esquina perto do cemitério Jardim da Saudade em sua cidade natal. Josefina era conhecida por ser uma vendedora de velas muito habilidosa, carismática e brincalhona. Daí o apelido de Parafina, também pra rimar com seu primeiro nome. E quando a chamavam de Josefina Parafina completava com um: fala gente fina, e ria, um riso gostoso e alegre.

Tinha um corpo esbelto, estatura média, cabelos já grisalhos e os olhos enrugados revelavam os anos de experiência que tinha como vendedora ambulante de velas e flores, flores de plástico, que não morrem, mas enfeitam os jazigos dos cemitérios. Já estava com 62 anos, viúva desde os 47. Seu falecido marido João Pedro Campos, motorista de caminhão, faleceu quando estava próximo de completar 50 anos. A causa mortis foi um infarto do miocárdio. Não tiveram filhos.

Mas voltando a história de Josefina.

Todas as manhãs ela arrumava sua modesta barraca com velas brancas, algumas aromáticas e com flores e arranjos diversos e coloridos. Ela acreditava que as velas podiam iluminar as almas dos entes queridos que foram embora, trazendo conforto para aqueles que ainda os lembravam. Seu maior orgulho era ver a alegria e a paz que as velas proporcionavam aos seus clientes. 

Os moradores da cidade frequentemente visitavam o cemitério para honrar seus entes queridos. Mas antes, alguns passavam na esquina de cima pra comprar velas e flores da sorridente ambulante. E lá estava Josefina, com seu sorriso fácil e gentil, prontamente oferecendo suas velas e palavras de conforto aos seus clientes.

Um dia, um jovem chamado Luís se aproximou de Josefina com uma expressão triste no rosto. Ele havia acabado de perder seu avô e estava encontrando dificuldades para encontrar consolo. Josefina olhou nos olhos do rapaz e sabia exatamente o que ele precisava.

"Meu jovem, venha comigo", disse ela, e fechando sua barraca, pois já eram quase 17 horas, horário costumeiro quando encerrava seu dia na venda. Indicou ao rapaz o caminho para o cemitério. Juntos, eles caminharam entre as lápides e os túmulos enquanto Josefina explicava a importância de honrar e lembrar os entes queridos que se foram.

Ao chegarem ao túmulo do avô de Luís, eles acenderam uma vela que ela havia levado em sua bolsa e a colocaram ao lado da foto do velho senhor. Josefina incentivou Luís a contar suas histórias e memórias dele. Enquanto as lágrimas de tristeza escorriam pelo rosto de Luís, a chama da vela parecia dançar com alegria, trazendo um consolo inesperado e um alento ao coração do jovem rapaz.

Ao longo dos meses, Josefina e Luís desenvolveram uma amizade especial. Ela não só o ajudou a encontrar paz em tempos de luto, como também o orientou a seguir o exemplo de seu avô, que era conhecido por sua generosidade e caridade.

Inspirado pelas palavras e ações de Josefina, Luís decidiu iniciar seu próprio projeto para ajudar os mais necessitados. Josefina apoiou sua ideia e o ajudou a conseguir recursos para promover ações comunitárias.

Passados alguns anos, o pequeno negócio já não vendia muito, as pessoas, por mais que ela as incentivava a comprar velas e flores já não se interessavam tanto em adquirir e Josefina já tinha se aposentado e cansada resolveu desistir de sua barraca que manteve por mais de 30 anos no mesmo lugar. Mas Josefina se tornou uma figura conhecida e respeitada, uma alma iluminada que espalhava conforto, paz e esperança para todos que a conheciam.

E, embora Josefina Parafina tenha partido um dia, seu legado continuou. Sua história de superação e generosidade foi contada para as gerações futuras, inspirando muitos a seguirem seus passos, iluminando os corações das pessoas com velas de amor e compaixão.