"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

100 anos da Semana de Arte Moderna


A Semana de Arte Moderna ocorreu entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, ano do centenário de independência do Brasil, no Teatro Municipal de São Paulo. O evento serviu para o lançamento público do movimento modernista no Brasil, e as conferências, concertos e exposições constituíram o ponto de partida de um longo processo de renovação que tinha por objetivo atualizar culturalmente o Brasil, colocando-o ao lado de países que já haviam atingido sua independência no plano das ideias, artes plásticas, música e literatura.

Durante o encontro ocorreu a leitura de trechos da prosa de Oswald de Andrade e poesias de Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Plinio Salgado e Sérgio Milliet, dentre outros, sob a algazarra do público, envolvidos pelo escarcéu dos espectadores. Graça Aranha, Ronald de Carvalho e Menotti del Picchia ocuparam-se em explicar as novas teorias, enquanto Mário de Andrade falava no salão do teatro, em meio à exposição de pintura, escultura e arquitetura que ali havia sido montada. Desta exposição participavam Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Goeldi, entre os muitos pintores, gravadores e desenhistas; Vitor Brecheret e outros escultores; Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel, arquitetos. Nos concertos musicais destacou-se Vila-Lobos e a pianista Guiomar Novais entre os muitos músicos. Houve também um número de dança, a cargo de Yvonne Daumerie.

A ‘Semana’ organizada por intelectuais de São Paulo e do Rio de Janeiro tinham por objetivo dar ao público ‘a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música, e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual’.




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