"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

segunda-feira, 31 de março de 2014

50 anos do Golpe de Estado no Brasil

O Golpe Militar de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em

 31 de março de 1964 no Brasil, que culminaram, no dia 1 de abril de 1964,
 com um golpe de estado que encerrou o governo do presidente 
João Goulart, também conhecido como Jango.
Os militares brasileiros a favor do Golpe costumam designá-lo como
Revolução de 1964 ou Contrarrevolução de 1964. Em geral, a 
expressão é associada a defensores da ditadura.

Jango havia sido democraticamente eleito vice-presidente pelo
  Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que 
conduziu Jânio da Silva Quadros do Partido Trabalhista Nacional
(PTN) à presidência, apoiado pela União Democrática Nacional (UDN).

O golpe estabeleceu um regime alinhado politicamente aos Estados Unidos 
e acarretou profundas modificações na organização política do país,
 bem como na vida econômica e social. Todos os cinco presidentes
 militares que se sucederam desde então declararam-se herdeiros e 
continuadores da Revolução de 1964.
O regime militar durou até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito,
  indiretamente, o primeiro presidente civil desde 1964.

Fonte: Wikipédia >>> [Clique e saiba mais]


Frase para a Semana

"O que sabemos é uma gota, 
o que ignoramos é um oceano."
Isaac Newton
(Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643 — Londres, 31 de março de 1727)
Cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático,
 embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.

sábado, 29 de março de 2014

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Trilha Sonora (139) - Detrito Federal

Angra (A Dança Das Ogivas)
Detrito Federal

Não adianta fugir
Pra lugar nenhum
A mancha rosa-esverdeada
A morte fumaça amarelada
Já cobriu o céu
Como no Bolero de Ravel

Angra 1,2,3,4,5,6,7
Todas começaram
Com seus testes
O presidente na televisão
"É uma experiência
Para o progresso
Da Nação"

Angra não
Cuidado com a próxima explosão
Você pensava
Que já tinha acabado
Mas não, agora é outra explosão
Cuidado pra você não confundir
O céu
Com as profundezas do inferno...
 . . .

sexta-feira, 28 de março de 2014

Gaetaninho, de Antônio de Alcântara Machado

Gaetaninho
Antônio de Alcântara Machado

“- Xi, Gaetaninho, como é bom!

Gaetaninho ficou banzando bem no meio da rua. O Ford quase o derrubou e ele não viu o Ford. O carroceiro disse um palavrão e ele não ouviu o palavrão.
- Eh! Gaetaninho Vem pra dentro.
Grito materno sim : até filho surdo escuta. Virou o rosto tão feio de sardento, viu a mãe e viu o chinelo.

- Subito!

Foi-se chegando devagarinho, devagarinho. Fazendo beicinho. Estudando o terreno. Diante da mãe e do chinelo parou. Balançou o corpo. Recurso de campeão de futebol. Fingiu tomar a direita. Mas deu meia volta instantânea e varou pela esquerda porta adentro.

Eta salame de mestre!
Ali na Rua Oriente a ralé quando muito andava de bonde. De automóvel ou carro só mesmo em dia de enterro. De enterro ou de casamento. Por isso mesmo o sonho de Gaetaninho era de realização muito difícil. Um sonho.

O Beppino por exemplo. O Beppino naquela tarde atravessara de carro a cidade. Mas como? Atrás da Tia Peronetta que se mudava para o Araçá. Assim também não era vantagem.

Mas se era o único meio? Paciência.
Gaetaninho enfiou a cabeça embaixo do travesseiro.

Que beleza , rapaz! Na frente quatro cavalos pretos empenachados levavam a Tia Filomena para o cemitério. Depois o padre. Depois o Savério noivo dela de lenço nos olhos. Depois ele. Na boléia do carro. Ao lado do cocheiro. Com a roupa marinheira e o gorro branco onde se lia: ENCOURAÇADO SÃO PAULO.

Não. Ficava mais bonito de roupa marinheira mas com a palhetinha nova que o irmão lhe trouxera da fábrica. E ligas pretas segurando as meias. Que beleza, rapaz! Dentro do carro o pai, os dois irmãos mais velhos (um de gravata vermelha, outro de gravata verde) e o padrinho Seu Salomone. Muita gente nas calçadas, nas portas e nas janelas dos palacetes, vendo o enterro. Sobretudo admirando o Gaetaninho.

Mas Gaetaninho ainda não estava satisfeito. Queira ir carregando o chicote. O desgraçado do cocheiro não queria deixar. Nem por um instantinho só.

Gaetaninho ia berrar mas a Tia Filomena com mania de cantar o “Ahi, Mari!” todas as manhãs o acordou.

Primeiro ficou desapontado. Depois quase chorou de ódio. Tia Filomena teve um ataque de nervos quando soube do sonho de Gaetaninho. Tão forte que ele sentiu remorsos. E para sossego da família alarmada com o agouro tratou logo de substituir a tia por outra pessoa numa nova versão de seu sonho. Matutou, matutou, e escolheu o acendedor da Companhia de Gás, seu Rubino, que uma vez lhe deu um cocre danado de doído.

Os irmãos (esses) quando souberam da história resolveram arriscar de sociedade quinhentão no elefante. Deu a vaca. E eles ficaram loucos de raiva por não haverem logo adivinhado que não podia deixar de dar a vaca mesmo.

O jogo na calçada parecia de vida ou morte. Muito embora Gaetaninho não estava ligando.

- Você conhecia o pai do Afonso, Beppino?
- Meu pai deu uma vez na cara dele.
- Então você não vai amanhã no enterro. Eu vou!
O Vicente protestou indignado:
- Assim não jogo mais ! O Gaetaninho está atraplhando!
Gaetaninho voltou para o seu posto de guardião. Tão cheio de responsabilidades.

O Nino veio correndo com a bolinha de meia. Chegou bem perto. Com o tronco arqueado, as pernas dobradas, os braços estendidos, as mãos abertas, Gaetaninho ficou pronto para a defesa.

- Passa pro Beppino!

Beppino deu dois passos e meteu o pé na bola. Com todo o muque. Ela cobriu o guardião sardento e foi parar no meio da rua.

- Vá dar tiro no inferno!
- Cala a boca, palestrino!
- Traga a bola!

Gaetaninho saiu correndo. Antes de alcançar a bola um bonde o pegou. Pegou e matou.

No bonde vinha o pai de Gaetaninho.

Agurizada assustada espalhou a notícia na noite.

- Sabe o Gaetaninho?
- Que é que tem?
- Amassou o bonde!

A vizinhança limpou com benzina suas roupas domingueiras.

Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da Rua do Oriente e Gaetaninho não ia na boléia de nenhum dos carros do acompanhamento. Lá no da frente dentro de um caixão fechado com flores pobres por cima. Vestia a roupa marinheira, tinha as ligas, mas não levava a palhetinha.

Quem na boleia de um dos carros do cortejo mirim exibia soberbo terno vermelho que feria a vista da gente era o Beppino.”

O conto acima foi extraído do livro "Brás, Bexiga e Barra Funda".

Poesia a Qualquer Hora (143) - Ricardo Reis

No Ciclo Eterno 

No ciclo eterno das mudáveis coisas 
Novo inverno após novo outono volve 
À diferente terra 
Com a mesma maneira. 

Porém a mim nem me acha diferente 
Nem diferente deixa-me, fechado 
Na clausura maligna 
Da índole indecisa. 

Presa da pálida fatalidade 
De não mudar-me, me infiel renovo 
Aos propósitos mudos 
Morituros e infindos. 

Ricardo Reis
(Heterônimo de Fernando Pessoa)

terça-feira, 25 de março de 2014

Pegadinha: Esportes Imaginários

Muito engraçado...
°°° Veja mais: Na Sarjeta - Youtube >>>

"Herrar é umano..." 009


Boliche no Futebol !?!

Uma comemoração de gol diferente e original. Jogando Boliche em uma
comemoração de gol. O jogador japonês Hidetoshi Wakui protagonizou 
o lance com seus companheiros na Estônia. Vejam:
Bem legal e inusitado...

Coloque uma vírgula...

Coloque uma vírgula na frase abaixo:

"SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR 
QUE TEM A MULHER ANDARIA DE 
QUATRO À SUA PROCURA."

Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER, ...

Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM, ...


segunda-feira, 24 de março de 2014

Frase para a Semana

"O próprio viver é morrer, porque 
não temos um dia a mais na 
nossa vida que não tenhamos,
 nisso, um dia a menos nela."

Fernando Pessoa
 (Lisboa, 13 de Junho de 1888 -Lisboa, 30 de Novembro de 1935)
Foi poeta e escritor português.

sábado, 22 de março de 2014

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Trilha Sonora (138) - Léo Barreto

Amor Pra Mim
Léo Barreto

Pelo canto de um bar
Beco sem saída na minha solidão
Assistindo a madrugada passar meio down
Procurando encontrar algo que me faça via à tona, baby

E não me deixe tão mal ( 2x)
Ela chega assim copo e cigarro na mão
Brilhando ao sentir que é notada pela multidão.

Sei que ela foi feita pra mim
Eu sinto só de olhar é assim
É o amor pra mim, mas não deve se falar em romance.

Hollywood é ali topo do mundo ou o chão
Vale tudo pra seguir se ela diz
Que o jogo é o jogo então.

°°° Site Oficial >>>

sexta-feira, 21 de março de 2014

54 anos do Inesquecível Ayrton Senna



Poesia a Qualquer Hora (142) - Manoel de Barros

Mundo pequeno

O mundo meu é pequeno, Senhor.
Tem um rio e um pouco de árvores.
Nossa casa foi feita de costas para o rio.
Formigas recortam roseiras da avó.
Nos fundos do quintal há um menino e suas latas
maravilhosas.
Seu olho exagera o azul.
Todas as coisas deste lugar já estão comprometidas
com aves.
Aqui, se o horizonte enrubesce um pouco,
Os besouros pensam que estão no incêndio.
Quando o rio está começando um peixe,
Ele me coisa
Ele me rã
Ele me árvore.
De tarde um velho tocará sua flauta para inverter
os ocasos.

Manoel de Barros

terça-feira, 18 de março de 2014

Tira Gosto

6 Tirinhas de Laerte.





Laerte Coutinho é um dos principais quadrinistas do Brasil. Nasceu em 
São Paulo, em 10 de Junho de 1951. Estudou comunicações e música
 na ECA-USP, porém não se formou nestes cursos. Laerte colaborou em 
diversas publicações como : O Pasquim, revistas Veja e Istoé 
e os jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo.