Andei na vida pergunta fazendo
Morrendo de tédio, de tédio morrendo.
Riram os homens de meu desvario…
É grande a terra! Se riem… eu rio…
Escutei palavras; demasiadas palavras!
Umas são alegres, outras são macabras.
Não pude entendê-las; pedi as estrelas
Linguagem mais clara, palavras mais belas.
As doces estrelas me deram tua vida
E encontrei em teus olhos a verdade perdida
Oh! teus olhos cheios de verdades tantas,
Teus olhos escuros onde o universo meço!
Segura de tudo me jogo a teus pés:
Descanso e esqueço.
Alfonsina Storni
[Tradução do poema: Maria Teresa Almeida Pina]
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