3096 Dias
Natascha Kampusch
Com Heike Gronemeier e Corinna Milborn
Editora: Verus - 225 páginas
Não é nenhum clássico da literatura, mas vale a leitura,
para sabermos até onde vai a maldade e a loucura humana.
A austríaca Natascha Kampusch foi seqüestrada quando
tinha apenas 10 anos de idade, em 2 de março de 1998,
e se libertou de seu cativeiro em 23 de agosto de 2006.
O sequestrador, Wolfgang Priklopil, a manteve prisioneira por mais de 8 anos, 3096 dias, daí o título do livro. Ela foi submetida a várias sessões de abuso físico e psicológico, no porão da casa do desequilibrado. Natasha conta os detalhes dos dias em que passou aprisionada. Passou fome e foi espancada pelo doente. E faz também uma espécie de crítica social: da sua família desestruturada, depois de um divórcio.
É realmente uma história dolorosa, um relato desesperador de uma pessoa que viveu as maiores transformações físicas e psicológicas, num quarto de 5 metros quadrados, aos olhos de seu algoz, perdeu sua adolescência, e conta-nos esta história, em que ela conheceu o inferno de perto, não perdendo sua sanidade mental, e ainda conseguiu fugir de seu agressor / cativeiro. O relato é um soco no estômago, perturbador, é terrível ler, sobre as agruras que ela passou. É uma história inacreditável.
“Agora me sinto forte o bastante para contar a história do meu seqüestro.”
“Ao escrever este livro posso finalmente dizer: Sou livre.”
Veja a entrevista que Natascha deu para o repórter
Pedro Bassan do Fantástico (TV Globo):
*
“O rosto não traz marcas do sofrimento. Mas as cicatrizes do cativeiro são reveladas num livro que Natascha teve forças para escrever, quatro anos depois de ter conseguido fugir.”
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