Tempo
Na vaga memória
do tempo, a noite
flutua.
Escuto passos, mas
não distingo os sons.
Imagino cansados
Viajantes chegando,
mas não sei de onde,
nem que caminhos
seguem com seus
crestados pés.
Os mortos, discretos
como sempre, inventam
canções que ferem
o sigilo das águas.
Na vaga memória do
tempo, a insônia
caminha com a solidão,
traçando o latejar
dos dias.
Carlos Alberto Jales
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