Eu digo muitas vezes que o instinto serve melhor os animais do que a razão a nossa espécie. E o instinto serve melhor os animais porque é conservador, defende a vida. Se um animal come outro, come-o porque tem de comer, porque tem de viver; mas quando assistimos a cenas de lutas terríveis entre animais, o leão que persegue a gazela e que a morde e que a mata e que a devora, parece que o nosso coração sensível dirá «que coisa tão cruel». Não: quem se comporta com crueldade é o homem, não é o animal, aquilo não é crueldade; o animal não tortura, é o homem que tortura. Então o que eu critico é o comportamento do ser humano, um ser dotado de razão, razão disciplinadora, organizadora, mantenedora da vida, que deveria sê-lo e que não o é; o que eu critico é a facilidade com que o ser humano se corrompe, com que se torna maligno.
Aquela ideia que temos da esperança nas crianças, nos meninos e nas meninas pequenas, a ideia de que são seres aparentemente maravilhosos, de olhares puros, relativamente a essa ideia eu digo: pois sim, é tudo muito bonito, são de facto muito simpáticos, são adoráveis, mas deixemos que cresçam para sabermos quem realmente são. E quando crescem, sabemos que infelizmente muitas dessas inocentes crianças vão modificar-se. E por culpa de quê? É a sociedade a única responsável? Há questões de ordem hereditária? O que é que se passa dentro da cabeça das pessoas para serem uma coisa e passarem a ser outra?
Uma sociedade que instituiu, como valores a perseguir, esses que nós sabemos, o lucro, o êxito, o triunfo sobre o outro e todas estas coisas, essa sociedade coloca as pessoas numa situação em que acabam por pensar (se é que o dizem e não se limitam a agir) que todos os meios são bons para se alcançar aquilo que se quer.
Falámos muito ao longo destes últimos anos (e felizmente continuamos a falar) dos direitos humanos; simplesmente deixámos de falar de uma coisa muito simples, que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro, que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional. Isso, de fato, não posso entender, é uma das minhas grandes angústias.
Em uma reedição da final da última Copa América, Argentina e Chile fizeram a final da Copa América Centenário, realizada nos Estados Unidos. Em 2015, com a edição realizada em sua casa, os chilenos levaram a melhor, vencendo na final a Argentina, nos pênaltis, por 4x1. Este ano, a façanha chilena se repetiu, e o Chile venceu novamente nos pênaltis a Argentina por 4x2, depois de 0x0 no tempo normal e na prorrogação. O Chile conquistou em dois anos 2 títulos da Copa América. A Argentina amarga 23 anos sem títulos. Desde 1993 quando ganhou a Copa América na final contra o México.
“Fahrenheit 451, editado em 1953, pinta um futuro sombrio
para a história, quando todos os livros foram proibidos e eram queimados.
Atualíssimo e premonitório de nossa época, denuncia como os meios de
comunicação, em especial a TV, podem manipular o pensamento e os sentimentos
dos telespectadores, criar fatos e gerar guerras.”
“Escrito após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1953,
Fahrenheit 451, de Ray Bradubury, revolucionou a literatura com um texto que
condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o
cenário dos anos 1950, revelando sua apreensão numa sociedade opressiva e
comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra.”
“FAHRENHEIT 451 – a temperatura na qual o papel do livro
pega fogo e queima...”
Neste romance distópico de Bradbury, onde ele nos apresenta
uma sociedade no futuro, que é proibida de ler, pensar e agir. Descrevendo um governo totalitário, que proibia qualquer livro ou leitura, pois
previa que os leitores ficariam instruídos e se rebelariam contra a autoridade
do governo. Tudo era controlado, e as pessoas só ficavam sabendo das coisas
através da TVs instaladas em diversos lugares. Essas pessoas viviam alienadas
em frente aos aparelhos de TV, assistindo somente às coisas triviais. Bradbury enxergou além de seu tempo.
Os livros eram queimados por Guy Montag, o ‘bombeiro’ que
exercia a função de queimador de livros, também profissão de seu pai e de seu
avô. Ele achava que seu trabalho era a coisa certa a fazer. Até que ele conhece
sua vizinha, Clarisse McClellan, que com seu pensamento livre e questionador o
estimula a reconsiderar seus pensamentos
sobre sua vida, sua profissão e seus ideais. Mas Clarisse some misteriosamente,
então ele se rebela conta esta política e passa então a refletir sobre seu trabalho e o
desejo de ler das pessoas. Um dia ele leva um livro para casa. A partir daí
suas opiniões mudam, ele passa a entender e a distinguir melhor as questões humanas e de sua consciência.
Este romance é uma ode aos livros. Com Fahrenheit 451, Ray
Bradbury nos mostra e afirma que os
livros tem grande importância na formação do homem e de seus ideais.
Muito bom livro, atual, uma crítica social, que nos faz
refletir sobre a moral, o senso comum e sobre as coisas que a mídia nos despeja
todo dia.
“Fahrenheit 451 tornou-se um clássico não só na literatura,
mas também no cinema. Em 1966, o diretor François Truffaut adaptou o livro e
lançou o filme de mesmo nome estrelado por Oskar Werner e Julie Christie.”
- “Reduza os livros às cinzas e, depois queime as cinzas.
Este é o nosso slogan oficial.” -
pág.: 20
- “Não foi apenas
porque a mulher morreu – disse Montag. – Ontem à noite eu pensei em todo o
querosene que usei nos últimos dez anos. E pensei nos livros. E pela primeira
vez percebi que havia um homem por trás
de cada um dos livros. Um homem teve de concebê-los. Um homem teve de gastar
muito tempo para coloca-los no papel. E isso nunca havia me passado pela
cabeça.” – pág.: 69
- “Todos devemos ser iguais. Nem todos nasceram livres e
iguais, como diz a Constituição, mas todos se fizeram iguais." - pág.: 77
- “Os livros servem para nos lembrar quanto somos estúpidos
e tolos. São o guarda pretoriano de César, cochichando enquanto o desfile ruge
pela avenida: ‘Lembre-se, César, tu és mortal’. A maioria de nós não pode sair
correndo por aí, falar com todo mundo, conhecer todas as cidades do mundo, mas
a única possibilidade que o sujeito comum terá de ver noventa e nove por cento
delas está num livro.” - pág.: 108
-“A DIGRESSÃO É A ALMA DO INTELECTO.” - pág.: 209 em CODA
O Autor:
Ray Bradbury nasceu em Illinois (EUA) em 22 de agosto de 1920.
É autor também do livro "Crônicas Marcianas" de 1950.
Ao todo Ray publicou durante toda sua vida, mais de 30 livros,
Skank é uma banda brasileira de rock alternativo formada em março de 1991 em Belo Horizonte no estado de Minas Gerais. Em 1983, Samuel Rosa e Henrique Portugal começaram a tocar em uma banda de reggae chamada Pouso Alto do reggae, junto com os irmãos Dinho (bateria) e Alexandre Mourão (baixo). Em 1991, o Pouso Alto conseguiu um show na casa de concertos Aeroanta, em São Paulo, mas como os irmãos Mourão não estavam em Belo Horizonte, o baixista Lelo Zaneti e o baterista Haroldo Ferretti foram chamados para o show. Antes da apresentação, o grupo mudou seu nome para Skank, inspirado na música de Bob Marley, "Easy Skanking". A banda fez sua estreia em 5 de junho de 1991, e devido a final do Campeonato Brasileiro no mesmo dia, o público pagante foi 37 pessoas. Entre os presentes estavam Charles Gavin e André Jung, ex-bateristas dosTitãs e do Ira!. Após o show, a banda gostou da performance e resolveu continuar junta. Começou a tocar regularmente na churrascaria belo-horizontina Mister Beef, bem como as casas noturmas Janis, Maxaluna e L'Apogée. A proposta musical era transportar o clima do dancehall jamaicano para a tradição pop brasileira. O primeiro álbum, Skank, foi lançado de forma independente, em 1992. Apesar dos membros nem terem aparelhos de Compact disc em casa, fizeram no formato CD, segundo Ferreti, "para chamar a atenção dos jornalistas, das rádios e talvez de uma gravadora. Era uma aposta na qualidade, na inovação." O destaque da banda na cena underground despertou o interesse da gravadora Sony Music que, junto ao Skank, inaugurou no Brasil o selo Chaos, e relançou o álbum em abril de 1993.
Tendo como principais influências o reggae, ska e dub, A música do grupo tem atmosfera dançante, inteligente e se tornou extremamente popular em discotecas e festas.
Integrantes:
Samuel Rosa - vocal, guitarra e violão
Henrique Portugal - violão, teclados, guitarra e vocal de apoio
Lelo Zaneti - baixo elétrico e ocasionalmente vocal de apoio
Haroldo Ferretti - bateria e percussão
Discografia de Skank
Skank (1992)
Calango (1994)
O Samba Poconé (1996)
Siderado (1998)
Maquinarama (2000)
MTV ao Vivo (2001)
Cosmotron (2003)
Radiola (2004)
Carrossel (2006)
Estandarte (2008)
Multishow Ao Vivo - Skank no Mineirão (2010)
91 (2012)
Velocia (2014)
A banda conquistou o Grammy Latino de Melhor
Álbum Brasileiro de Rock, 2004 (Cosmotron)
Possui mais de 20 músicas em trilhas sonoras de novelas da Rede Globo.