Fahrenheit 451
Ray Bradbury
Editora Globo – 216 páginas
Tradução de: Cid Knipel
“Fahrenheit 451, editado em 1953, pinta um futuro sombrio
para a história, quando todos os livros foram proibidos e eram queimados.
Atualíssimo e premonitório de nossa época, denuncia como os meios de
comunicação, em especial a TV, podem manipular o pensamento e os sentimentos
dos telespectadores, criar fatos e gerar guerras.”
“Escrito após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1953,
Fahrenheit 451, de Ray Bradubury, revolucionou a literatura com um texto que
condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o
cenário dos anos 1950, revelando sua apreensão numa sociedade opressiva e
comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra.”
“FAHRENHEIT 451 – a temperatura na qual o papel do livro
pega fogo e queima...”
Neste romance distópico de Bradbury, onde ele nos apresenta
uma sociedade no futuro, que é proibida de ler, pensar e agir. Descrevendo um governo totalitário, que proibia qualquer livro ou leitura, pois
previa que os leitores ficariam instruídos e se rebelariam contra a autoridade
do governo. Tudo era controlado, e as pessoas só ficavam sabendo das coisas
através da TVs instaladas em diversos lugares. Essas pessoas viviam alienadas
em frente aos aparelhos de TV, assistindo somente às coisas triviais. Bradbury enxergou além de seu tempo.
Os livros eram queimados por Guy Montag, o ‘bombeiro’ que
exercia a função de queimador de livros, também profissão de seu pai e de seu
avô. Ele achava que seu trabalho era a coisa certa a fazer. Até que ele conhece
sua vizinha, Clarisse McClellan, que com seu pensamento livre e questionador o
estimula a reconsiderar seus pensamentos
sobre sua vida, sua profissão e seus ideais. Mas Clarisse some misteriosamente,
então ele se rebela conta esta política e passa então a refletir sobre seu trabalho e o
desejo de ler das pessoas. Um dia ele leva um livro para casa. A partir daí
suas opiniões mudam, ele passa a entender e a distinguir melhor as questões humanas e de sua consciência.
Este romance é uma ode aos livros. Com Fahrenheit 451, Ray
Bradbury nos mostra e afirma que os
livros tem grande importância na formação do homem e de seus ideais.
Muito bom livro, atual, uma crítica social, que nos faz
refletir sobre a moral, o senso comum e sobre as coisas que a mídia nos despeja
todo dia.
“Fahrenheit 451 tornou-se um clássico não só na literatura,
mas também no cinema. Em 1966, o diretor François Truffaut adaptou o livro e
lançou o filme de mesmo nome estrelado por Oskar Werner e Julie Christie.”
Trechos:
- “Reduza os livros às cinzas e, depois queime as cinzas.
Este é o nosso slogan oficial.” -
pág.: 20
- “Não foi apenas
porque a mulher morreu – disse Montag. – Ontem à noite eu pensei em todo o
querosene que usei nos últimos dez anos. E pensei nos livros. E pela primeira
vez percebi que havia um homem por trás
de cada um dos livros. Um homem teve de concebê-los. Um homem teve de gastar
muito tempo para coloca-los no papel. E isso nunca havia me passado pela
cabeça.” – pág.: 69
- “Todos devemos ser iguais. Nem todos nasceram livres e
iguais, como diz a Constituição, mas todos se fizeram iguais." - pág.: 77
- “Os livros servem para nos lembrar quanto somos estúpidos
e tolos. São o guarda pretoriano de César, cochichando enquanto o desfile ruge
pela avenida: ‘Lembre-se, César, tu és mortal’. A maioria de nós não pode sair
correndo por aí, falar com todo mundo, conhecer todas as cidades do mundo, mas
a única possibilidade que o sujeito comum terá de ver noventa e nove por cento
delas está num livro.” - pág.: 108
-“A DIGRESSÃO É A ALMA DO INTELECTO.” - pág.: 209 em CODA
O Autor:
Ray Bradbury nasceu em Illinois (EUA) em 22 de agosto de 1920.
É autor também do livro "Crônicas Marcianas" de 1950.
Ao todo Ray publicou durante toda sua vida, mais de 30 livros,
600 contos e numerosos poemas e ensaios.
Bradbury morreu em 5 de junho de 2012.
Fica a Dica!
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