"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

domingo, 26 de junho de 2016

Fahrenheit 451

Fahrenheit 451
Ray Bradbury

Editora Globo – 216 páginas

Tradução de: Cid Knipel


“Fahrenheit 451, editado em 1953, pinta um futuro sombrio para a história, quando todos os livros foram proibidos e eram queimados. Atualíssimo e premonitório de nossa época, denuncia como os meios de comunicação, em especial a TV, podem manipular o pensamento e os sentimentos dos telespectadores, criar fatos e gerar guerras.”

“Escrito após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1953, Fahrenheit 451, de Ray Bradubury, revolucionou a literatura com um texto que condena não só a opressão anti-intelectual nazista, mas principalmente o cenário dos anos 1950, revelando sua apreensão numa sociedade opressiva e comandada pelo autoritarismo do mundo pós-guerra.”

“FAHRENHEIT 451 – a temperatura na qual o papel do livro pega fogo e queima...”

Neste romance distópico de Bradbury, onde ele nos apresenta uma sociedade no futuro, que é proibida de ler, pensar  e agir.  Descrevendo um governo totalitário,  que proibia qualquer livro ou leitura, pois previa que os leitores ficariam instruídos e se rebelariam contra a autoridade do governo. Tudo era controlado, e as pessoas só ficavam sabendo das coisas através da TVs instaladas em diversos lugares. Essas pessoas viviam alienadas em frente aos aparelhos de TV, assistindo somente às coisas triviais. Bradbury enxergou além de seu tempo.

Os livros eram queimados por Guy Montag, o ‘bombeiro’ que exercia a função de queimador de livros, também profissão de seu pai e de seu avô. Ele achava que seu trabalho era a coisa certa a fazer. Até que ele conhece sua vizinha, Clarisse McClellan, que com seu pensamento livre e questionador o estimula a reconsiderar  seus pensamentos sobre sua vida, sua profissão e seus ideais. Mas Clarisse some misteriosamente, então ele se rebela conta esta política e  passa então a refletir sobre seu trabalho e o desejo de ler das pessoas. Um dia ele leva um livro para casa. A partir daí suas opiniões mudam, ele passa a entender e a distinguir melhor  as questões humanas e de sua consciência.

Este romance é uma ode aos livros. Com Fahrenheit 451, Ray Bradbury nos mostra e afirma que os livros tem grande importância na formação do homem e de seus ideais.

Muito bom livro, atual, uma crítica social, que nos faz refletir sobre a moral, o senso comum e sobre as coisas que a mídia nos despeja todo dia.

“Fahrenheit 451 tornou-se um clássico não só na literatura, mas também no cinema. Em 1966, o diretor François Truffaut adaptou o livro e lançou o filme de mesmo nome estrelado por Oskar Werner e Julie Christie.”


Trechos:
- “Reduza os livros às cinzas e, depois queime as cinzas. Este é o nosso  slogan oficial.” - 
pág.: 20

“Não foi apenas porque a mulher morreu – disse Montag. – Ontem à noite eu pensei em todo o querosene que usei nos últimos dez anos. E pensei nos livros. E pela primeira vez  percebi que havia um homem por trás de cada um dos livros. Um homem teve de concebê-los. Um homem teve de gastar muito tempo para coloca-los no papel. E isso nunca havia me passado pela cabeça.” – pág.: 69

- “Todos devemos ser iguais. Nem todos nasceram livres e iguais, como diz a Constituição, mas todos se fizeram iguais." -  pág.: 77

- “Os livros servem para nos lembrar quanto somos estúpidos e tolos. São o guarda pretoriano de César, cochichando enquanto o desfile ruge pela avenida: ‘Lembre-se, César, tu és mortal’. A maioria de nós não pode sair correndo por aí, falar com todo mundo, conhecer todas as cidades do mundo, mas a única possibilidade que o sujeito comum terá de ver noventa e nove por cento delas está num livro.” - pág.: 108

-“A DIGRESSÃO É A ALMA DO INTELECTO.” - pág.: 209 em CODA

O Autor:
Ray Bradbury nasceu em Illinois (EUA) em 22 de agosto de 1920.
É autor também do livro "Crônicas Marcianas" de 1950.
Ao todo Ray publicou durante toda sua vida, mais de 30 livros, 
600 contos e numerosos poemas e ensaios.
Bradbury morreu em 5 de junho de 2012.

Fica a Dica!

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