O escritor nipo-britânico Kazuo Ishiguro, de 62 anos, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 2017. A escolha foi anunciada hoje, quinta-feira (5) em um evento em Estocolmo, na Suécia. Considerado um dos mais importantes autores vivos da língua inglesa, mas não favorito ao Nobel, ele vai receber 9 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3,5 milhões).
Nascido em Nagasaki, no Japão, em 1954, Ishiguro mudou-se para a Inglaterra aos cinco anos de idade, onde vive até hoje. Autor de oito livros (sete romances e um volume de contos), ele escreve em inglês.
São de Ishiguro "Os vestígios do dia" (1989), que ganhou o Man Booker Prize, e a ficção científica "Não me abandone jamais" (2005), ambos adaptados ao cinema.
Ambos foram editados no Brasil pela Companhia das Letras, que também publicou "Quando éramos órfãos" (2000) e "O gigante enterrado" (2015), além da seleção de contos de "Noturnos: Histórias de música e anoitecer" (2009).
À BBC, Ishiguro afirmou: "O mundo está em um momento muito incerto, e eu gostaria que o Prêmio Nobel desse impulso a algo positivo no planeta neste momento. Ficaria profundamente emocionado se eu, pudesse, de alguma forma, contribuir em algum nível com uma atmosfera positiva nestes tempos de incerteza".
Na entrevista à rede britânica, o escritor admitiu que ainda não tinha sido contado pelo comitê do Nobel e que não tinha certeza se tudo não passava de uma farsa. Ele disse que ganhar o Prêmio Nobel é "uma honra magnífica, principalmente porque isso significa que estou seguindo as pegadas dos maiores autores que já viveram, então é uma conquista excelente".
A Academia Sueca, responsável pelo Nobel, informou em comunicado que Ishiguro recebeu o prêmio porque "em seus romances de grande força emocional, revelou o abismo sob nossa sensação ilusória de conexão com o mundo".
(º> Via: G1 >>>
Os 11 últimos vencedores do Nobel de Literatura:
2017: Kazuo Ishiguro (Japão)
2016 : Bob Dylan (Estados Unidos)
2015: Svetlana Alexievitch (Bielorrússia)
2014: Patrick Modiano (França)
2013: Alice Munro (Canadá)
2012: Mo Yan (China)
2011: Tomas Tranströmer (Suécia)
2010: Mario Vargas Llosa (Peru)
2009: Herta Müller (Romênia)
2008: Jean-Marie Gustave Le Clézio (França)
2007: Doris Lessing (Reino Unido)
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