Se Eu Fechar os
Olhos Agora
Edney Silvestre
Editora Record
304 páginas
O primeiro romance de Edney Silvestre,
é um triller envolvente, que prende a atenção,
numa leitura vertiginosa e intrigante.
Ele conta-nos a história de dois amigos, Paulo
e Eduardo, que em abril de 1961, às margens
de um lago, encontram por acaso, o corpo
de uma mulher, loira, linda... e mutilada.
À partir desta descoberta macabra, suas vidas mudarão pra sempre.
No momento em que eles avisam à polícia sobre o crime, eles
acabam tratados como suspeitos do crime. Mas logos, os dois,
são liberados, quando o marido - um dentista - da jovem morta aparece
na delegacia e confessa o assassinato. Mas os dois amigos não
acreditam que fora o marido desta, que cometera o ato brutal,
e passam a investigar o crime, ajudados por um velho que mora em um
asilo da cidade, Ubiratan, um ex-preso político da ditadura de Vargas,
que diz: “Nada neste país é o que parece.”
Os três acabam descobrindo a verdade sobre o crime e todo um
histórico de hipocrisias, racismo, violência sexual e corrupção que envolve
a política, os ‘coronéis’ desta época, e a estranha ligação que esta mulher
assassinada tem com vários homens importantes da cidade e seus
passados obscuros e cheio de contradições. Para os meninos, será um
terrível caminho de amadurecimento até a chegada à vida adulta,
quando destes acontecimentos, eles ainda estavam no início da
adolescência, tinham 12 anos.
Uma trama eletrizante e comovente, com diálogos bem inteligentes que
prende o leitor ao enredo habilmente construído.
O livro é repleto de referências históricas, de um dos momentos
mais importantes no cenário político e cultural, do Brasil e do
mundo, desta época.
Muito legal, quando contextos históricos reais se envolvem no meio de
tramas fictícias, e isso, o autor soube como tecer muito bem.
Edney Silvestre é escritor e jornalista. Atualmente faz reportagens para
diversos programas jornalísticos da TV Globo. É autor dos livros:
“Dias de Cachorro Louco” e “Contestadores”.
Não feche os olhos, para este ótimo romance policial histórico.
E lembre-se, neste país, “Nada é o que parece”.
Prêmios:
Prêmio Jabuti de Melhor Romance de 2010
Prêmio São Paulo de Literatura como Melhor Livro de Autor Estreante de 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário