"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

sábado, 31 de outubro de 2015

Tupaciguarense lança livro

O que manda para o sucesso de sonhos de uma pessoa, nem sempre é o poder aquisitivo, mas a força de vontade e o desejo de ver algo a ser alcançado pelos seus próprios méritos e esforço. Assim aconteceu com o escritor tupaciguarense de contos literários, João Vieira Nunes.

João, dentro da sua simplicidade, mas mostrando um carisma muito grande e respeito com as pessoas, esteve na redação do Jornal O Independente para apresentar sua obra recém-publicada que tem como título: “O Romântico Livro das Comparações”.

De acordo com as apresentações do próprio escritor, o seu livro é baseado na sua própria vida e nas experiências que teve no decorrer de sua existência. João usa na obra o pseudônimo de Jovinu, que é formado pelas duas primeiras de cada um de seus nomes. O livro, de 399 páginas, é composto de contos, poesias, anedotas e estórias populares.

Jovinu é natural de Tupaciguara, tem 64 anos, e já trabalhou como lavrador, reciclador, auxiliar de serviços gerais, ajudante de padaria e atualmente trabalha como vigia na Prefeitura de Tupaciguara. 

Para ele, a finalidade desta obra é levar o leitor a ter momentos agradáveis, dar boas risadas inclusive, até dele próprio. Segundo João, tudo é válido! Pois ler nunca é desperdício de tempo e sempre é aprendizagem.

O livro pode ser adquirido com o próprio escritor. A Secretaria Municipal de Cultura e Comunicação também colocou seu número telefônico, 32810070, à disposição, para maiores informações. 

Vamos valorizar quem realmente merece ser valorizado!!!

5 Links - # 151 >>>

Sede de leitura...

* Hoje, 113 anos do nascimento de Carlos Drummond de Andrade *

Trilha Sonora (213) - The Clash

London Calling
The Clash
Compositores: Joe Strummer e Mick Jones

London calling to the faraway towns
Now war is declared and battle come down
London calling to the underworld
Come out of the cupboard, you boys and girls
London calling, now don't look at us
Phony Beatlemania has bitten the dust
London calling see we ain't got no swing
'Cept for the ring of that truncheon thing

The ice age is coming, the sun is zooming in
Meltdown expected and the wheat is growing thin
Engines stop running but I have no fear
'Cause London is drowning and I live by the river

London calling to the imitation zone
Forget it, brother, you can go it alone
London calling to the zombies of death
Quit holding out and draw another breath
London calling and I don't wanna shout
But while we were talking I saw you nodding out
London calling see we ain't got no highs
Except for that one with the yellowy eyes

The ice age is coming, the sun is zooming in
Engines stop running and the wheat is growing thin
A nuclear error but I have no fear
'Cause London is drowning and I... I live by the river

Now get this
London calling yeah I was there too
An' you know what they said? 
Well some of it was true
London calling at the top of the dial
After all this won't you give me a smile?
London calling
I never felt so much alike

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Poesia a Qualquer Hora (218) - Fernando Py

O Beco

                                      a Carlos Drummond de Andrade

Que se passa naquele beco
onde nunca estive?
Vislumbro o muro de passagem:
sombras, manchas, rastros
de existência.

Quem o habita, se é que o habita
alguém, se é que o beco
existe como existem 
seres e coisas que vejo?

Quem derrama nesse recanto do universo
o sinal de vida, a marca indelével
da matéria organizada?

O que existe fora do meu
alcance de vista? Quem brinca
de esconder quando relembro
o muro caiado, a rua esquecida?

O que não vejo, pressinto:
existe mesmo ou é extinto
para mim, ignorado
como esse beco aonde nunca fui?

Fernando Py

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Galinha Cega, de João Alphonsus

Galinha Cega
João Alphonsus

"Na manhã sadia, o homem de barbas poentas, entronado na carrocinha, aspirou forte. O ar passava lhe dobrando o bigode ríspido como a um milharal. Berrou arrastadamente o pregão molengo:
– Frangos BONS E BARATOS!

Com as cabeças de mártires obscuros enfiadas na tela de arame os bichos piavam num protesto. Não eram bons. Nem mesmo baratos. Queriam apenas que os soltassem. Que lhes devolvessem o direito de continuar ciscando no terreiro amplo e longe.
– Psiu!

Foi o cavalo que ouviu e estacou, enquanto o seu dono terminava o pregão. Um bruto homem de barbas brancas na porta de um barracão chamava o vendedor cavando o ar com o braço enorme.
Quanto? Tanto. Mas puseram-se a discutir exaustivamente os preços.
Não queriam por nada chegar a um acordo. O vendedor era macio. O comprador brusco.

– Olhe esta franguinha branca. Então não vale?
– Está gordota… E que bonitos olhos ela tem. Pretotes… Vá lá!

O homem de barbas poentas entronou-se de novo e persistiu em gritar pela rua que despertava:
– Frangos BONS E BARATOS!

Carregando a franga, o comprador satisfeito penetrou no barracão.
– Olha, Inácia, o que eu comprei.

A mulher tinha um eterno descontentamento escondido nas rugas.
Permaneceu calada.
– Olha os olhos. Pretotes…
– É.
– Gostei dela e comprei. Garanto que vai ser uma boa galinha.
– É.

No terreiro, sentindo a liberdade que retornava, a franga agitou as penas e começou a catar afobada os bagos de milho que o novo dono lhe atirava divertidíssimo.
A rua era suburbana, calada, sem movimento. Mas no alto da colina dominando a cidade que se estendia lá embaixo cheia de árvores no dia e de luzes na noite. Perto havia moitas de pitangueiras a cuja sombra os galináceos podiam flanar à vontade e dormir a sesta.

A franga não notou grande diferença entre a sua vida atual e a que levava em seu torrão natal distante. Muito distante. Lembrava-se vagamente de ter sido embalaiada com companheiros mal-humorados. Carregaram os balaios a trouxe-mouxe para um galinheiro sobre rodas, comprido e distinto, mas sem poleiros. Houve um grito lá fora, lancinante, formidável. As paisagens começaram a correr nas grades, enquanto o galinheiro todo se agitava, barulhando e rangendo por baixo. Rolos de fumo rolavam com um cheiro paulificante. De longe em longe as paisagens paravam. Mas novo grito e elas de novo a correr. Na noitinha sumiram-se as paisagens e apareceram fagulhas.Umfogo de artifício como nunca vira. Aliás ela nunca tinha visto um fogo de artifício. Que lindo, que lindo. Adormecera numa enjoada madorna…

Viera depois outro dia de paisagens que tinham pressa. Dia de sede e fome.
Agora a vida voltava a ser boa. Não tinha saudades do torrão natal. Possuía o bastante para sua felicidade: liberdade e milho. Só o galo é que às vezes vinha perturbá-la incompreensivelmente. Já lá vinha ele, bem elegante, com plumas, forte, resoluto. Já lá vinha. Não havia dúvida que era bem bonito. Já lá vinha… Sujeito cacete.

O galo – có, có, có – có, có, có – rodeou-a, abriu a asa, arranhou as penas com as unhas. Embarafustaram pelo mato numa carreira doida. E ela teve a revelação do lado contrário da vida. Sem grande contrariedade a não ser o propósito inconscientemente feminino de se esquivar, querendo e não querendo.
– A melhor galinha, Inácia! Boa à beça!
– Não sei por quê.
– Você sempre besta! Pois eu sei…
– Besta! besta, hein?
– Desculpe, Inácia. Foi sem querer. Também você sabe que eu gosto da galinha e fica me amolando.
– Besta é você!
– Eu sei que eu sou.

Ao ruído do milho se espalhando na terra, a galinha lá foi correndo defender o seu quinhão, e os olhos do dono descansaram em suas penas brancas, no seu porte firme, com ternura. E os olhos notaram logo a anormalidade. A branquinha – era o nome que o dono lhe botara – bicava o chão doidamente e raro alcançava um grão. Bicava quase sempre a uma pequena distância de cada bago de milho e repetia o golpe, repetia com desespero, até catar um grão que nem sempre era aquele que visava.

O dono correu atrás de sua branquinha, agarrou-a, lhe examinou os olhos. Estavam direitinhos, graças a Deus, e muito pretos. Soltou-a no terreiro e lhe atirou mais milho. A galinha continuou a bicar o chão desorientada. Atirou ainda mais, com paciência, até que ela se fartasse. Mas não conseguiu com o gasto de milho, de que as outras se aproveitaram, atinar com a origem daquela desorientação. Que é que seria aquilo, meu Deus do céu. Se fosse efeito de uma pedrada na cabeça e se soubesse quem havia mandado a pedra, algum moleque da vizinhança, ai… Nem por sombra imaginou que era a cegueira irremediável que principiava.

Também a galinha, coitada, não compreendia nada, absolutamente nada daquilo. Por que não vinham mais os dias luminosos em que procurava a sombra das pitangueiras? Sentia ainda o calor do sol, mas tudo quase sempre tão escuro. Quase que já não sabia onde é que estava a luz, onde é que estava a sombra.

Foi assim que, certa madrugada, quando abriu os olhos, abriu sem ver coisa alguma. Tudo em redor dela estava preto. Era só ela, pobre, indefesa galinha, dentro do infinitamente preto; perdida dentro do inexistente, pois que o mundo desaparecera e só ela existia inexplicavelmente dentro da sombra do nada. Estava ainda no poleiro. Ali se anularia, quietinha, se finando quase sem sofrimento, porquanto a admirável clarividência dos seus instintos não podia conceber que ela estivesse viva e obrigada a viver, quando o mundo em redor se havia sumido.

Porém, suprema crueldade, os outros sentidos estavam atentos e fortes no seu corpo. Ouviu que as outras galinhas desciam do poleiro cantando alegremente. Ela, coitada, armou um pulo no vácuo e foi cair no chão invisível, tocando-o com o bico, pés, peito, o corpo todo. As outras cantavam.

Espichava inutilmente o pescoço para passar além da sombra. Queria ver, queria ver! Para depois cantar.
As mãos carinhosas do dono suspenderam-na do chão.
– A coitada está cega, Inácia! Cega!
– É.

Nos olhos raiados de sangue do carroceiro (ele era carroceiro) boiavam duas lágrimas enormes.
Religiosamente, pela manhãzinha, ele dava milho na mão para a galinha cega. As bicadas tontas, de violentas, faziam doer a palma da mão calosa.

E ele sorria. Depois a conduzia ao poço, onde ela bebia com os pés dentro da água. A sensação direta da água nos pés lhe anunciava que era hora de matar a sede; curvava o pescoço rapidamente, mas nem sempre apenas o bico atingia a água: muita vez, no furor da sede longamente guardada, toda a cabeça mergulhava no líquido, e ela a sacudia, assim molhada, no ar. Gotas inúmeras se espargiam nas mãos e no rosto do carroceiro agachado junto do poço. Aquela água era como uma bênção para ele. Como a água benta, com que um Deus misericordioso e acessível aspergisse todas as dores animais. Bênção, água benta, ou coisa parecida: uma impressão de doloroso triunfo, de sofredora vitória sobre a desgraça inexplicável, injustificável, na carícia dos pingos de água, que não enxugava e lhe secavam lentamente na pele.

Impressão, aliás, algo confusa, sem requintes psicológicos e sem literatura. Depois de satisfeita a sede, ele a colocava no pequeno cercado de tela separado do terreiro (as outras galinhas martirizavam muito a branquinha) que construíra especialmente para ela. De tardinha dava-lhe outra vez milho e água, e deixava a pobre cega num poleiro solitário, dentro do cercado.

Porque o bico e as unhas não mais catassem e ciscassem, puseram-se a crescer. A galinha ia adquirindo um aspecto irrisório de rapace, ironia do destino, o bico recurvo, as unhas aduncas. E tal crescimento já lhe atrapalhava os passos, lhe impedia de comer e beber. Ele notou mais essa miséria e, de vez em quando, com a tesoura, aparava o excesso de substância córnea no serzinho desgraçado e querido.

Entretanto, a galinha já se sentia de novo quase feliz. Tinha delidas lembranças da claridade sumida. No terreiro plano ela podia ir e vir à vontade até topar a tela de arame, e abrigar-se do sol debaixo do seu poleiro solitário.
Ainda tinha liberdade – o pouco de liberdade necessário à sua cegueira. E milho. Não compreendia nem procurava compreender aquilo. Tinham soprado a lâmpada e acabou-se. Quem tinha soprado não era da conta dela. Mas o que lhe doía fundamente era já não poder ver o galo de plumas bonitas.

E não sentir mais o galo perturbá-la com o seu có-có-có malicioso. O ingrato.
Em determinadas tardes, na ternura crescente do parati, ele pegava a galinha, após dar-lhe comida e bebida, se sentava na porta do terreiro e começava a niná-la com a voz branda, comovida:
– Coitadinha da minha ceguinha!
– Tadinha da ceguinha…

Depois, já de noite, ia botá-la no poleiro solitário.
De repente os acontecimentos se precipitaram.
– Entra!
– Centra!
A meninada ria a maldade atávica no gozo do futebol originalíssimo.

A galinha se abandonava sem protesto na sua treva à mercê dos chutes. Ia e vinha. Os meninos não chutavam com tanta força como a uma bola, mas chutavam, e gozavam a brincadeira. O carroceiro não quis saber por que é que a sua ceguinha estava no meio da rua. Avançou como um possesso com o chicote que assoviou para atingir umas nádegas tenras. Zebrou carnes nos estalos da longa tira de sola.

O grupo de guris se dispersou em prantos, risos, insultos pesados, revolta.
– Você chicoteou o filho do delegado. Vamos à delegacia.

Quando saiu do xadrez, na manhã seguinte, levava um nó na garganta.
Rubro de raiva impotente. Foi quase que correndo para casa.
– Onde está a galinha, Inácia?
– Vai ver.

Encontrou-a no terreirinho, estirada, morta! Por todos os lados havia penas arrancadas, mostrando que a pobre se debatera, lutara contra o inimigo, antes deste abrir-lhe o pescoço, onde existiam coágulos de sangue…
Era tão trágico o aspecto do marido que os olhos da mulher se esbugalharam de pavor.
– Não fui eu não! Com certeza um gambá!
– Você não viu?
– Não acordei! Não pude acordar!

Ele mandou a enorme mão fechada contra as rugas dela. A velha tombou nocaute, mas sem aguardar a contagem dos pontos escapuliu para a rua gritando: – Me acudam!
Quando de novo saiu do xadrez, na manhã seguinte, tinha açambarcado todas as iras do mundo. Arquitetava vinganças tremendas contra o gambá.
Todo gambá é pau-d’água. Deixaria uma gamela com cachaça no terreiro. Quando o bichinho se embriagasse, havia de matá-lo aos poucos. De-va-gari-nho. GOSTOSAMENTE.

De noite preparou a esquisita armadilha e ficou esperando. Logo pelas 20 horas o sono chegou. Cansado da insônia no xadrez, ele não resistiu. Mas acordou justamente na hora precisa, necessária. A porta do galinheiro, ao luar leitoso, junto à mancha redonda da gamela, tinha outra mancha escura que se movia dificilmente.
Foi se aproximando sorrateiro, traiçoeiro, meio agachado, examinando em olhadas rápidas o terreno em volta, as possibilidades de fuga do animal, para destruí-las de pronto, se necessário. O gambá fixou-o com os olhos espertos e inocentes, e começou a rir:
– Kiss! kiss! kiss!

(Se o gambá fosse inglês com certeza estaria pedindo beijos. Mas não era. No mínimo estava comunicando que houvera querido alguma coisa. Comer galinhas por exemplo. Bêbado.)

O carroceiro examinou o bichinho curiosamente. O luar, que favorece os surtos de raposas e gambás nos galinheiros, era esplêndido. Mas apenas tocou-o de leve com o pé, já simpatizado:
– Vai embora, seu tratante!

O gambá foi indo tropegamente. Passou por baixo da tela e parou olhando para a lua. Se sentia imensamente feliz o bichinho e começou a cantarolar imbecilmente, como qualquer criatura humana:

– A lua como um balão balança!
A lua como um balão balança!
A lua como um ……

E adormeceu de súbito debaixo de uma pitangueira."

Este conto foi extraído do livro: "Os Cem Melhores Contos do Século" 
- Seleção de Ítalo Moriconi - Editora Objetiva

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Personagem da Vez: Lewis Hamilton


Frase para a Semana

" De todos os animais da criação,
o homem é o único que
bebe sem ter sede, 
come sem ter fome e 
fala sem nada dizer. "

John Steinbeck

(Salinas, 27 de fevereiro de 1902 - Nova Iorque, 20 de dezembro de 1968)
Foi um norte americano. As suas obras principais são:
"A Leste do Éden" (East of Eden, 1952) e
"As Vinhas da Ira" (The Grapes of Wrath, 1939). 
Recebeu o Nobel de Literatura de 1962.

sábado, 24 de outubro de 2015

5 Links - # 150 >>>

Trilha Sonora (212) - AC/DC

Back In Black
AC/DC
Compositores: Angus Young,
 Malcom Young e Brian Johnson.

Back in black, I hit the sack,
I've been too long, 
I'm glad to be back
Yes I'm let loose from the noose,
That's kept me hangin' about
I been livin like a star 'cause it's gettin' me high,
Forget the hearse, 'cause I never die
I got nine lives, cat's eyes 
abusing every one of them and running wild

[Chorus]
'Cause I'm back! Yes, I'm back!
Well, I'm back! Yes, I'm back!
Well, I'm baaack, baaack...
Well, I'm back in black,
Yes, I'm back in black!

Back in a band,i got Cadillac,
Number one with a bullet, I'm a power pack
Yes I'm in a band with a gang,
they gotta catch me if they want me to hang
'Cause I'm back on the track 
and I'm beatin' the flack,
Nobody's gonna get me on another trap
So look at me now, I'm just a makin' my pay,
Don't try to push your luck, 
just get outta my way

[Chorus]
'Cause I'm back! Yes, I'm back!
Well, I'm back! Yeah, I'm back!
Well, I'm baaack, baaack...
Well, I'm back in black,
Yes, I'm back in black!
Let's go!

[Chorus]
Well, I'm back! Yes, I'm back!
Well, I'm back! Yes, I'm back!
Well, I'm baaack, baaack...
Well, I'm back in black,
Yes, I'm back in black-ow!

Aww yeah! Let's go!
Keep on goin'! Yeah yeah!
Yeah... aww yeah yeah!
Here we go!

[Chorus]
Well, I'm baaack... (I'm back!)
Baaack... (Well, I'm back!)
Baaack... (I'm back!)
Baaack... (I'm back!)
Baaack... (I'm back!)
Baaack...
Yes, back in black,
Yes, I'm back in black...

Outta sight!

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Poesia a Qualquer Hora (217) - Fabrício Carpinejar

Nenhuma ferida 

Nenhuma ferida
separava teus pesadelos.
Quando vagaste em meia-idade 

pela selva escura, fiquei
a conversar com tuas camisas,
aprumando boinas 

que afogavam os cabelos.
Tinha sete anos ao certo
e uma lua vadia disputando 

corridas comigo.
Fiquei a entreter
os tecidos alinhados, 

como um exército em revista,
procurando convencer
uma peça ao menos 

a delatar tua deserção.
Quando vagaste em meia-idade
pela selva escura, fiquei

alimentando o aquário
das gravatas.
Pedia privacidade às traças.

Vestia tua camisa,
copiando o ritmo
dos teus traços, 

a respiração copiosa,
sendo meu próprio
e definitivo pai. 

Fabrício Carpinejar

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Frase para a Semana

"Educação não transforma o mundo.
 Educação muda as pessoas. 
Pessoas transformam o mundo."
Paulo Freire
(Recife, 19 de setembro de 1921 - São Paulo, 2 de maio de 1997) 
Foi um educador e filósofo brasileiro. É Patrono da Educação Brasileira.
Paulo Freire é considerado um dos pensadores mais notáveis na 
história da Pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento

domingo, 18 de outubro de 2015

Centenário de Nascimento de Grande Otelo

Hoje, 18 de outubro, 100 anos
do nascimento de Grande Otelo.

Sebastião Bernardes de Sousa Prata era o nome verdadeiro de Grande Otelo, um grande ator com uma vida marcada pela superação de tragédias. Seu pai morreu esfaqueado e sua mãe era uma cozinheira que não largava o copo de cachaça. Sebastião fugiu com uma Companhia de teatro mambembe que passava por Uberlândia e foi adotado pela diretora do grupo, Abigail Parecis, que o levou para São Paulo.

Mas ele fugiu de novo e, após várias entradas e saídas do Juizado de Menores, foi adotado pela família de Antonio de Queiroz, um político influente. A mulher de Queiroz, Dona Eugênia, tinha ido ao Juizado para conseguir uma ajudante na cozinha. Mas foi convencida a levar para casa o menino que sabia declamar, dançar e fazer graça.

Sebastião estudou no Colégio Sagrado Coração de Jesus, onde cursou até a terceira série ginasial. Nos anos 20, integrou a Companhia Negra de Revistas, cujo maestro era Pixinguinha. Em 1932, entrou para a Companhia Jardel Jércolis, pai de Jardel Filho e um dos pioneiros do teatro de revista. Ganhou o apelido de pequeno Otelo, mas ele preferiu "The Great Otelo". Depois traduziu para o português, virando o Grande Otelo.

O ator passou pelos palcos dos cassinos, dos grandes shows e do teatro. Trabalhou no cinema em "Futebol e Família" (1939) e "Laranja da China" (1940), e em 1943 fez seu primeiro filme pela Atlântida: "Moleque Tião". Junto com Oscarito, participou de mais de dez chanchadas como "Carnaval no Fogo", "Aviso aos Navegantes" e "Matar ou Correr". Em 1942, participou de "It's all true", filme realizado por Orson Welles no Brasil.


Outra tragédia viria a abalar a vida de Otelo nessa época: sua mulher matou o filho do casal, de seis anos de idade antes de se suicidar.

Em 1969, fez "Macunaíma", sendo inesquecível a cena de seu nascimento. Como ator dramático, marcou presença em vários filmes, dentre os quais "Lúcio Flávio - Passageiro da Agonia" e 'Rio, Zona Norte". Em "Fitzcarraldo" (1982), do alemão Werner Herzog, filmado na selva do Peru, Otelo precisava fazer uma cena em inglês, mas resolveu falar espanhol. Quando o filme estreou na Alemanha, aquela foi a única cena aplaudida pelo público.

Em 1993, Grande Otelo morreu de enfarte ao desembarcar na França, onde receberia uma homenagem no Festival de Nantes.


(°> Fonte: UOL Educação >>> //// Saiba mais: Wikipédia >>>

Abaixo, a última entrevista de Grande Otelo

No vídeo abaixo, Grande Otelo vivendo Seu 
Eustáquio na Escolinha do Professor Raimundo
"Aqui, qui queres!"

Trecho filme Macunaíma
"Aí que preguiça"

O Centenário de Grande Otelo
<> >< <> SIMPLES e GENIAL !!!

sábado, 17 de outubro de 2015

5 Links - # 149 >>>

Trilha Sonora (211) - Megadeth

Symphony of Destruction
Megadeth
Compositor: Dave Mustaine
You take a mortal man,
And put him in control
Watch him become a god,
Watch peoples heads a'roll
A'roll...

(Chorus)
Just like the Pied Piper
Led rats through the streets
We dance like marionettes,
Swaying to the Symphony...
Of Destruction

Acting like a robot,
Its metal brain corrodes
You try to take its pulse,
Before the head explodes
Explodes...

(Chorus)
Solo - Marty

The earth starts to rumble
World powers fall
A'warring for the heavens,
A peaceful man stands tall
Tall...

(Chorus)