R.I.P.: Günter Grass (1927 - 2015) e Eduardo Galeano (1940 - 2015)
A primeira lágrima é para o escritor Prêmio Nobel de Literatura em 1999, o alemão Günter Grass. Ele faleceu ontem (13/04), aos 87 anos, num hospital de Lübeck, onde estava internado com uma infecção respiratória. Parte de uma geração de escritores alemães que se destacou ao expor as culpas e as feridas abertas no país pelas atrocidades cometidas pelo nazismo na Segunda Guerra Mundial, Grass conquistou fama mundial em 1959, com o romance "O Tambor", fábula política que é considerada a sua obra-prima. Quando o livro foi publicado, a revista Der Spiegel afirmou que ele dava origem à "literatura alemã do pós-guerra". Ao conceder o Nobel de Literatura ao alemão, quarenta anos depois do lançamento do romance, foi esse o título que a Academia Sueca exaltou. "Não é audacioso dizer que "O Tambor" se tornará uma das obras imortais do século XX", disse o porta-voz do prêmio, à ocasião. Sucesso em diversos países, "O Tambor" foi adaptado para o cinema por Volker Schloendorff e premiado com a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de melhor filme em língua estrangeira.
Entre as obras posteriores estão: "O Gato e o Rato" (1961), "Anos de Cão" (1963), "Encontro em Telgte" (1979),"The rat" (1986), "Maus Presságios" (1992), "Discurso da Perda" (1993), "O Meu Século" (1999), e "A Passo de Caranguejo" (2002).
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A outra lágrima é para o escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano. Autor de "As Veias Abertas da América Latina", livro seguido pela esquerda mais festiva do continente (leia-se Venezuela de Hugo Chaves), morreu nesta segunda-feira (13/04), em Montevidéu. Galeano tinha 74 anos e sofria de um câncer no mediastino (região da cavidade torácica)
Com a repercussão do regalo do venezuelano ao americano,(Chaves deu o livro citado acima, ao presidente Obama em 2009), "As Veias Abertas da América Latina" teve um boom em vendas. Em apenas um dia, o livro saltou da posição de número 60.028 entre os mais vendidos da Amazon para o décimo lugar.
Já no ano passado, em participação na Bienal do Livro de Brasília, Galeano disse não querer mais saber de seu livro mais famoso. "Depois de tantos anos, já não me sinto mais ligado a esse texto", disse. "O tempo passou e descobri diferentes maneiras de conhecer e de me aprofundar na realidade. Considero uma etapa superada. Se eu relesse a obra hoje, cairia desmaiado, não iria aguentar", completou, em tom de brincadeira. "Para mim, essa prosa da esquerda tradicional é extremamente árida, e meu físico já não a tolera."
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O mundo perdeu mais dois grandes escritores. Os homens vão, mas suas obras ficam. Descansem em paz.
"Cabe ao cidadão não deixar de falar as coisas." - Günter Grass
"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que
fazemos para mudar o que somos." - Eduardo Galeano
Os dois escritores m,orreram
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