"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

sábado, 31 de maio de 2014

5 Links - # 077 >>>

Alberto da Costa e Silva é o Vencedor do Prêmio Camões de Literatura 2014

Foi anunciado ontem, sexta (30/05), o vencedor do Prêmio Camões de 2014. 
O vencedor foi o poeta, ensaísta e historiador brasileiro Alberto Costa e Silva. 
Costa e Silva foi escolhido por unanimidade pelos jurados, que destacaram 
a importância do trabalho do poeta como uma ponte entre a
 América Latina, África e Europa. É autor de:
- O parque e outros poemas, 1953
- O Tecelão, 1962
- As linhas da mão, 1978
- Consoada, 1993
- Ao Lado de Vera, 1997 (Prêmio Jabuti)
- Um Rio Chamado Atlântico, 2012
- Castro Alves: um poeta sempre jovem, 2006
- O vício da África e outros vícios, 1989
- As relações entre o Brasil e a África Negra, de 1822 a 1° Guerra Mundial.
*
O Prêmio Camões, foi instituído pelos governos do Brasil e de 
Portugal em 1988, é atribuído aos autores que tenham contribuído para 
o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua portuguesa.

Todos os vencedores do Camões:
1) 1989: Miguel Torga (Portugal)
2) 1990: João Cabral de Melo Neto (Brasil)
3) 1991: José Craveirinha (Moçambique)
4) 1992: Vergílio Ferreira (Portugal)
5) 1993: Rachel de Queiroz (Brasil)
6) 1994: Jorge Amado (Brasil)
7) 1995: José Saramago (Portugal)
8) 1996: Eduardo Lourenço (Portugal)
9) 1997: Pepetela (Angola)
10) 1998: Antonio Candido (Brasil)
11) 1999: Sophia de Mello Breyner Andresen (Portugal)
12) 2000: Autran Dourado (Brasil)
13) 2001: Eugénio de Andrade (Portugal)
14) 2002: Maria Velho da Costa (Portugal)
15) 2003: Rubem Fonseca (Brasil)
16) 2004: Agustina Bessa Luís (Portugal)
17) 2005: Lygia Fagundes Telles (Brasil)
18) 2006: José Luandino Vieira (Angola,
recusou o Prêmio Camões)
19) 2007: António Lobo Antunes (Portugal)
20) 2008: João Ubaldo Ribeiro (Brasil)
21) 2009: Armênio Vieira (Cabo Verde)
22) 2010: Ferreira Gullar (Brasil)
23) 2011: Manuel António Pina (Portugal)
24) 2012: Dalton Jérson Trevisan (Brasil)
25) 2013: António Emilio Leite Couto (Moçambique)
26) 2014: Alberto da Costa e Silva (Brasil)

Dia Mundial de Combate ao Fumo


Trilha Sonora (148) - Ney Matogrosso

Poema
Ney Matogrosso
Compositores: Roberto Frejat e Cazuza
Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim, que não tem fim
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Recurso para conclusão da Escola Técnica Brasil Profissionalizado já está em conta

Divulgação
A Prefeita de Tupaciguara, Edilamar Novais Borges, recebeu na sexta-feira (23), o comunicado do Gabinete do Deputado Estadual Luiz Humberto Carneiro de que o valor das últimas parcelas, referentes ao repasse de recurso para a conclusão das obras da Escola Técnica – Brasil Profissionalizado, já estaria disponível em conta.

Após ter assinado em Belo Horizonte, no dia 15 de abril, termo aditivo para a conclusão das obras da Escola Brasil Profissionalizado, conforme foi divulgado na edição nº 662, chega agora a notícia de que o recurso já foi liberado.

Um documento, através de oficio, foi enviado para a prefeitura informando que, conforme solicitado, foram autorizados os pagamentos de duas parcelas nos valores, respectivamente de R$1.782.200,80 e R$18.002,03, do Convênio 62130045/12 celebrado entre a Secretaria de Estado da Educação e a Prefeitura Municipal de Tupaciguara.

A Escola Técnica Brasil Profissionalizado receberá cursos voltados para o agronegócio, construção civil e engenharia. A princípio, serão três cursos: Técnico em Açúcar e álcool, Técnico em Edificações e Eletromecânica. A prefeita Edilamar espera inaugurar a obra no próximo semestre e se diz agradecida pelo apoio que teve para a conclusão de mais esta etapa da obra. “Agradeço o empenho que nosso Deputado Estadual Luiz Humberto Carneiro teve para nos auxiliar no recebimento deste recurso, pois tanto ele quanto eu sabemos da importância da educação e da formação de mão de obra qualificada para nosso município, destacou a prefeita”.

Poesia a Qualquer Hora (152) - Thereza Christina da Motta

Quando Éramos Campeões

Éramos campeões quando não esperavam tanto de nós.
Quando o drible era invenção e não técnica,
a bicicleta, um passo de dança de um único jogador.
O futebol era em branco e preto
e a garganta era o visor de todos os ouvidos atentos.
Éramos campeões quando não acreditavam em nós.
Brasil tinha presidente Bossa-Nova
e o que existiu, até a Copa de 70,
foi apenas a vontade de ganhar.
Depois virou fausto.
Filigrana de campeão.
Deitaram-se nos louros
e hoje pastam sem o interesse
de quem espera tanto deles.
Veja só, agora são eles,
não somos mais nós...

Thereza Christina da Motta

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Futebol de Rua, de Luís Fernando Veríssimo

Futebol de Rua
Luís Fernando Veríssimo

Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo noturno. Se você é homem, brasileiro e criado em cidade, sabe do que eu estou falando. Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de senhora.


Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam mais ou menos assim:

DA BOLA - A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa. No caso de usar uma pedra, lata ou outro objeto contundente, recomenda-se jogar de sapatos. De preferência os novos, do colégio. Quem jogar descalço deve cuidar para chutar sempre com aquela unha do dedão que estava precisando ser aparada mesmo. Também é permitido o uso de frutas ou legumes em vez de bola, recomendando-se nestes casos a laranja, a maçã, o chuchu e a pêra. Desaconselha-se o uso de tomates, melancias e, claro, ovos. O abacaxi pode ser utilizado, mas aí ninguém quer ficar no golo.

DAS GOLEIRAS - As goleiras podem ser feitas com, literalmente, o que estiver à mão. Tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, os livros da escola, a merendeira do seu irmão menor e até o seu irmão menor, apesar dos seus protestos. Quando o jogo é importante, recomenda-se o uso de latas de lixo. Cheias, para agüentarem o impacto. A distância regulamentar entre uma goleira e outra dependerá de discussão prévia entre os jogadores. Às vezes esta discussão demora tanto que quando a distância fica acertada está na hora de ir jantar. Lata de lixo virada é meio golo.

DO CAMPO - O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e - nos clássicos - o quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se só no meio da rua.

DA DURAÇÃO DO JOGO - Até a mãe chamar ou escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.

DA FORMAÇÃO DOS TIMES - O número de jogadores em cada equipe varia, de um a 70 para cada lado. Algumas convenções devem ser respeitadas. Ruim vai para o golo. Perneta joga na ponta, a esquerda ou a direita dependendo da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os choques. Gordo é beque.

DO JUIZ - Não tem juiz.

DAS INTERRUPÇÕES - No futebol de rua, a partida só pode ser paralisada numa destas eventualidades:

a) Se a bola for para baixo de um carro estacionado e ninguém conseguir tirá-la. Mande o seu irmão menor.

b) Se a bola entrar por uma janela. Neste caso os jogadores devem esperar não mais de 10 minutos pela devolução voluntária da bola. Se isso não ocorrer, os jogadores devem designar voluntários para bater na porta da casa ou apartamento e solicitar a devolução, primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação. Se o apartamento ou casa for de militar reformado com cachorro, deve-se providenciar outra bola. Se a janela atravessada pela bola estiver com o vidro fechado na ocasião, os dois times devem reunir-se rapidamente para deliberar o que fazer. A alguns quarteirões de distância.

c) Quando passarem pela calçada:

1) Pessoas idosas ou com defeitos físicos.

2) Senhoras grávidas ou com crianças de colo.

3) Aquele mulherão do 701 que nunca usa sutiã.

Se o jogo estiver empatado em 20 a 20 e quase no fim, esta regra pode ser ignorada e se alguém estiver no caminho do time atacante, azar. Ninguém mandou invadir o campo.

d) Quando passarem veículos pesados pela rua. De ônibus para cima. Bicicletas e Volkswagen, por exemplo, podem ser chutados junto com a bola e se entrar é golo.

DAS SUBSTITUIÇÕES - Só são permitidas substituições:

a) No caso de um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer a lição.

b) Em caso de atropelamento.

DO INTERVALO PARA DESCANSO - Você deve estar brincando.

DA TÁTICA - Joga-se o futebol de rua mais ou menos como o Futebol de Verdade (que é como, na rua, com reverência, chamam a pelada), mas com algumas importantes variações. O goleiro só é intocável dentro da sua casa, para onde fugiu gritando por socorro. É permitido entrar na área adversária tabelando com uma Kombi. Se a bola dobrar a esquina, é córner.

DAS PENALIDADES - A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar um adversário dentro do bueiro. É considerada atitude antiesportiva e punida com tiro indireto.

DA JUSTIÇA ESPORTIVA - Os casos de litígio serão resolvidos no tapa.

Esta crônica faz parte do Livro "Pra Gostar de Ler" -  "CRÔNICAS"
- Vol.: 07 - páginas 64 a 66, Editora Ática

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Cena de Cinema # 135 - Homens de Honra

( Homens de Honra - 2001 ) +

Imagens da Vez: A Arte de Mestre Vitalino

Abaixo, 6 obras em cerâica de Mestre Vitalino 
Hoje, 28 de Maio, é Dia do Ceramista





Vitalino Pereira dos Santos, conhecido como Mestre Vitalino, nasceu 
em Caruaru, no Pernambuco em 10 de Julho de 1909, e faleceu na mesma 
cidade em 20 de Janeiro de 1963. Foi um artesão ceramista brasileiro.
 Filho de lavradores , Mestre Vitalino retratava em seus bonecos de 
barro a cultura e o folclore do povo nordestino, especialmente do interior 
de Pernambuco, e da tradução do modo de vida dos sertanejos .

°°° Veja e saiba mais: Arte Popular do Brasil >>> 

terça-feira, 27 de maio de 2014

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Campeões na Europa 2014 - Campeonato e Copa

Recomendo a Leitura: 1889

1 8 8 9

Como um imperador cansado, 

um marechal vaidoso e um 
professor injustiçado contribuíram 
para o fim da Monarquia e a 
Proclamação da República no Brasil.

Laurentino Gomes

Editora: Globo – 416 páginas








“Cada vez reconheço mais que sei  muito menos do que muita
gente e que não é pela inteligência  que me distingo, muito
embora com  perseverança tudo possa aprender”.  – Dom Pedro II

Depois de “1808”, sobre chegada da corte portuguesa de D. João no Rio de Janeiro e “1822”, sobre a Independência do Brasil, Laurentino fecha a trilogia de livros, com “1889”, sobre o fim da Monarquia e o Início da República no Brasil.

O livro se divide em 24 capítulos, e traz momentos, descrições e histórias importantes e pitorescas sobre a formação da República Brasileira e traz ainda um retrato sobre os últimos dias do império no Brasil, episódios da Guerra do Paraguai e do movimento abolicionista brasileiro. O autor traça um perfil de várias figuras notórias à época da proclamação da república, e conta como as atitudes dessas personalidades republicanas  ajudaram a derrubar a monarquia através de um golpe, e instaurar  a república em nosso país, tendo por base a filosofia do francês Auguste Comte, cujo lema era: “O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim”. Laurentino expõe reflexões fundamentais para compreendermos claramente o que é o Brasil de hoje, através do momento histórico e controverso daqueles dias no país. Um livro prazeroso e agradável de ler.

Trechos:
“Personagens republicanos como Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto são nomes onipresentes em praças e ruas das cidades brasileiras, mas pergunte a qualquer estudante do ensino médio quem foram esses homens e a resposta certamente demorará a vir. Nas escolas ensina-se mais sobre o português Pedro Álvares Cabral, descobridor das terras de Santa Cruz, como o Brasil ainda era conhecido em 1500, ou Tiradentes, o herói da Inconfidência Mineira de 1789, do que sobre os criadores da República, episódio bem mais recente, ocorrido há pouco mais de um século. A história republicana é menos conhecida, menos estudada e ainda menos celebrada do que os heróis e eventos do Brasil monárquico e imperial, que cobrem um período relativamente mais curto, de apenas 67 anos.” ___ Introdução - páginas 17 e 18.
*
“Na conversa, todos se manifestaram de acordo com o uso das armas para depor a Monarquia. Combinou-se um plano pelo qual os participantes ficariam encarregados de agitar os ânimos nos quartéis, estocar armamento e munição e traçar em detalhes o golpe a ser desfechado nos dias seguintes. A certa altura, porém, Benjamin Constant mostrou-se preocupado com o destino do imperador Pedro II.
— O que devemos fazer do nosso imperador? — perguntou.
Fez-se um minuto de silêncio, quebrado pelo alferes Joaquim Inácio:
Exila-se — propôs.
— Mas se resistir? — insistiu Benjamin.
— Fuzila-se! — sentenciou Joaquim Inácio.
Benjamin assustou-se com tamanho sangue-frio:
— Oh, o senhor é sanguinário! Ao contrário, devemos rodeá-lo de todas as garantias e considerações, porque é um nosso patrício muito digno.
Por uma ironia da história, o “sanguinário” Joaquim Inácio Cardoso, então com 29 anos, viria a ser avô de um futuro presidente da República, o manso Fernando Henrique Cardoso. Para fortuna de Pedro II, no dia 15 de novembro haveria de prevalecer a posição de Benjamin. Em vez de fuzilado, como queria Joaquim Inácio, o imperador seria despachado para o exílio.” ___ Capítulo 2 - O Golpe - páginas 41 e 42

*
“Abolicionistas como o pernambucano Joaquim Nabuco e o baiano André Rebouças defendiam a criação de um imposto territorial como forma de acabar com o latifúndio improdutivo e democratizar a propriedade da terra. Acreditavam que essa medida, junto com a abolição da escravidão, elevaria o país a um novo patamar de desenvolvimento. “Uma é o complemento da outra”, escreveu Nabuco. “Ninguém neste país contribui para as despesas do Estado em proporção dos seus haveres. O pobre carregado de filhos paga mais impostos (...) do que o rico sem família. (...) Acabar com a escravidão não basta; é preciso destruir a obra da escravidão.”
O governo imperial resistiu a todas as tentativas de mudar esse quadro.
Enquanto durou a Monarquia, o imposto territorial jamais conseguiu aprovação no Congresso. Em vez de buscar a “democracia agrária” sonhada por Nabuco e Rebouças, o Brasil fez uma reforma agrária às avessas, concentrando ainda mais a terra nas mãos de poucos proprietários. Ao contrário dos Estados Unidos, que, por meio do Homestead Act, uma lei de 1862, autorizou a doação de terras a todos os que nela desejassem se instalar, no Brasil a Lei de Terras de 1850 ergueu barreiras à aquisição delas por parte dos imigrantes pobres que chegavam da Europa. As terras públicas seriam vendidas à vista e a preços suficientemente altos para evitar o acesso à propriedade por parte dos futuros colonos. Além disso, estrangeiros que tivessem passagens financiadas para vir ao Brasil estavam proibidos de comprar terras até três anos após a chegada. Era uma forma de obrigá-los a trabalhar nas fazendas no lugar dos escravos antes de conseguir, a muito custo, juntar a poupança necessária para comprar uma pequena propriedade.” ____ Capítulo 3  - O Império Tropical - página 80
*
“No dia da morte do imperador, ao abrir o armário em que estavam seus pertences pessoais, o conde d’Eu encontrou um pequeno embrulho contendo uma substância escura e um bilhete com a seguinte mensagem:
É terra de meu país; desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer fora de minha pátria.
As últimas sete palavras dessa frase indicam que, até o leito de morte, dom Pedro II alimentou secretamente a ilusão de um dia retornar ao Brasil. Isso, de fato, aconteceria, mas só trinta anos mais tarde. Em 1920, o presidente Epitácio Pessoa revogou, finalmente, o decreto republicano que banira a família imperial do território nacional. Em 8 de janeiro do ano seguinte, os restos mortais do imperador e da imperatriz foram trasladados para a catedral de Petrópolis, onde se encontram atualmente.”  ___ Capítulo 17 - O Adeus - página: 301
*
Abaixo, trecho de uma entrevista dada por Laurentino Gomes por conta 
do lançamento do livro "1889" para o site Exame.com >>> 
[clique no link acima para ler a entrevista completa]

“Esse caso de amor e ciúmes envolvendo o marechal Deodoro da Fonseca e o senador gaúcho Gaspar da Silveira Martins é apenas um detalhe pitoresco entre as histórias do livro 1889, mas acredito que contribui para chamar a atenção do leitor. Até às vésperas da Proclamação da República,o marechal Deodoro era um monarquista convicto. Amigo do imperador Pedro II, afirmava que a república seria um desastre completo para o Brasil. Na manhã de 15 de Novembro, concordou em liderar o golpe que destituiu o gabinente do Visconde de Ouro Preto, seu adversário político, mas ao longo de todo aquele dia em momento algum proclamou a república. Mudou de opinião na madrugada do dia 16 ao saber da decisão de Pedro II de nomear o senador Silveira Martins, do Partido Liberal, para a chefia de um novo ministério. Anos antes, quando era governador do Rio Grande do Sul, Deodoro, já casado, perdera para Silveira Martins, um homem inteligente e charmoso, a disputa do coração da Baronesa de Triunfo, viúva bonita e elegante, fazendeira e filha do general gaúcho Andrade Neves. Desse episódio surgiu uma inimizade que duraria o resto da vida dos dois personagens e levaria à queda da monarquia. A república brasileira deve, portanto, parte de sua existência a essa mulher hoje praticamente desconhecida nos livros de história. “
Laurentino e sua trilogia recente sobre um período da história do Brasil
Li os 3 livros de Laurentino, e são excelentes. 
Recomendo a leitura. Em tom jornalístico e citando várias outras obras
 do gênero, ele consegue nos envolver nas histórias da época.
 Essa trilogia é muito importante para entender a história da formação 
do Estado Político no Brasil, no século XIX. 

Fica a dica !

Filmes Premiados no Festival de Cannes 2014

A 67º edição do Festival de Cannes anunciou neste 
último sábado (24/05), seus vencedores.

O júri presidido pela cineasta Jane Campion deu o prêmio máximo, a
 Palma de Ouro, para "Winter Sleep", sobre uma família que administra um 
hotel na Anatólia, durante o severo inverno da Turquia. O diretor turco Nuri Bilge
 Ceylan já havia saído premiado de Cannes com o Grande Prêmio do Júri por 
"Era uma Vez na Anatólia" (2011) e por "Distante" (2002) e com melhor direção
 por "3 Macacos" (2008)

Embora não tenha participado da competição, o Brasil esteve presente no
 documentário "The Salt of the Earth", sobre o fotógrafo Sebastião Salgado, 
premiado na mostra paralela "Un Certain Regard". 

Confira a lista completa:
Competição oficial
Palma de Ouro
Winter Sleep (Kis Uykusu), de Nuri Bilge Ceylan

Grand Prix
The Wonders (Les Merveilles), de Alice Rohrwacher

Melhor diretor
Bennett Miller, por Foxcatcher

Melhor ator
Timothy Spall, por Mr. Turner

Melhor atriz
Julianne Moore, por Maps to the Stars

Prêmio do júri
Mommy, de Xavier Dolan, e Adieu au langage, de Jean-Luc Godard

Melhor roteiro
Andrey Zvyagintsev e Oleg Negin, por Leviathan

Camera d'Or (para diretores estreantes)
Party Girl, de Marie Amachoukeli, Claire Burger e Samuel Theis

Melhor curta
Leidi, de Simon Mesa Soto

Melhor curta - menção honrosa
Aissa, de Clement Trehin-Lalanne

Prêmio do júri ecumênico
Timbuktu, de Abderrahmane Sissako

Mostra Un Certain Regard
Prêmio Un Certain Regard
White God, de Kornel Mundruczo

Prêmio do júri
Force Majeure, de Ruben Ostlund

Prêmio especial do júri
The Salt of the Earth, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado

Melhor elenco
Party Girl

Melhor ator
David Gulpilil, de Charlie's Country

Quinzena dos Realizadores
Prêmio Art Cinema Award
Les Combattants, de Thomas Cailley

Prêmio da Society of Dramatic Authors and Composers Prize
Les Combattants

Europa Cinemas Label
Les Combattants

Semana da Crítica
Grande Prêmio
The Tribe, de Myroslav Slaboshpytskiy

Prêmio Visionário
The Tribe

Prêmio da Society of Dramatic Authors and Composers Prize
Hope, de Boris Lojkine

FIPRESCI - Federação Internacional de Críticos de Cinema
Competição
Winter Sleep

Un Certain Regard
Jauja, de Lisandro Alonso

Quinzena dos Realizadores
Les Combattants

Fonte: Omelete >>>

Frase para a Semana

"Viver com honra 
é viver eternamente."
Calderón de la Barca
(17 de janeiro de 1600 – 25 de maio de 1681) 
Foi um dramaturgo e poeta espanhol, nascido em Madrid.

sábado, 24 de maio de 2014

Personagem da Vez: Cristiano Ronaldo


Real Madrid é o Campeão da Liga dos Campeões da Europa de 2014

Pela primeira vez na história, 2 times da mesma cidade decidiram o título 
da Liga dos Campeões da Europa, e quem levou a melhor foi o Real Madrid.
O Real venceu na prorrogação por 3x0, com gols de Bale, Marcelo e
Cristiano Ronaldo, depois de empatarem em 1x1, no tempo normal. Godín 
marcou para o Atlético, ainda no primeiro tempo, mas Bale empatou para
 o Real nos acréscimos do segundo tempo, decretando a prorrogação. 
O Real Madrid conquistou seu 10.º título da UEFA Champions League.
Cristiano Ronaldo terminou como artilheiro máximo da competição com 17 gols.

5 Links - # 076 >>>