"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês

sábado, 10 de maio de 2014

Trilha Sonora (145) - Jair Rodrigues

Disparada
Jair Rodrigues
Compositor: Geraldo Vandré
Prepare o seu coração prás coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão 
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar 
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar 
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo 
Estava fora do lugar, eu vivo prá consertar 

Na boiada já fui boi, mas um dia me montei 
Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse 
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade 
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu 

Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte 
Muito gado, muita gente, pela vida segurei 
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei 
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo 
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando 
As visões se clareando, até que um dia acordei 

Então não pude seguir valente em lugar tenente 
E dono de gado e gente, porque gado a gente marca 
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente 
Se você não concordar não posso me desculpar 
Não canto prá enganar, vou pegar minha viola 
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar 

Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu 

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo 
já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei
*
Jair Rodrigues morreu na última quinta-feira (08/05), ao 75 anos.

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