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"Uma vaga noção de tudo, e um conhecimento de nada."
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês
Charles Dickens (1812 - 1870) - Escritor Inglês
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Futebol, Metáfora da Vida, por Tostão
Futebol, metáfora da vida
Eduardo Gonçalves Andrade (Tostão)
O futebol pode ser visto, analisado, admirado e imaginado de diferentes maneiras. Essa multiplicidade de olhares, a beleza do jogo e a presença marcante e frequente do imponderável fazem do futebol o esporte mais popular, mais emocionante e mais surpreendente do mundo.
Pode ser visto como um jogo de habilidade, de criatividade e de fantasia; um jogo técnico, científico, pragmático e planejado; uma disputa corporal e de força física; um balé; uma metáfora da vida, com seus dramas, dualidades e emoções; um grande negócio (cada vez mais); um entretenimento; uma catarse para os torcedores; uma manifestação cultural, política e sociológica; de todas essas formas e de outras que se possa imaginar.
O futebol chegou ao Brasil em 1894, trazido por Charles Miller, filho de um inglês com uma brasileira. No início, era jogado somente pelos ricos e brancos. Não daria certo. Na década de 1920, o Vasco foi o primeiro clube brasileiro a contratar negros. Tudo mudou. A miscigenação do povo brasileiro foi um fator decisivo para o crescimento técnico do futebol e para o surgimento do estilo habilidoso e criativo. Nascia o futebol-arte, tão admirado em todo o mundo.
A profissionalização do futebol começou em 1933. Apesar de ser hoje um grande negócio, o futebol brasileiro ainda tem muito de amadorismo e de improvisação. Muitos torcedores não aceitam também as mudanças. Sonham com um time de jogadores apaixonados e com uma longa carreira em seus clubes.
Desde menino, ouço que o Brasil é o país do futuro, e que o futebol brasileiro é desorganizado fora de campo. O futuro ainda não chegou, e os clubes continuam desorganizados, administrados por pessoas incompetentes e oportunistas.
Dentro de campo, o futebol brasileiro é o grande destaque mundial, e o Brasil o país que mais forma jogadores. Para ser um atleta excepcional, um craque, é preciso ter, em alto nível e em proporções variáveis para cada jogador, muita habilidade, criatividade, técnica, além de ótimas condições físicas e emocionais. O talento é a união de tudo isso.
A habilidade é a intimidade com a bola, a capacidade decolá-la nos pés, não perdê-la, mesmo diante de um adversário. Assim como a criatividade, a habilidade surge na infância, nas brincadeiras, sem regras e sem professores.
Dos fundamentos técnicos (passe, drible, finalização, desarme), o drible é o mais representativo da habilidade. A finta é o drible de corpo, sem tocar na bola. O drible, característica do futebol brasileiro, tem muito a ver com a ginga, com a dança e com nossa origem multirracial. Ele é o fundamento técnico mais lúdico e o mais importante para ultrapassar uma forte defesa. O drible tem sido cada dia mais substituído pelo passe, tecnicamente correto, sem risco. Os dois fundamentos são essenciais. O passe é o fundamento técnico mais representativo do jogo coletivo e planejado.
A criatividade é a antevisão do lance e a jogada surpreendente. Antes de a bola chegar, o craque, em uma fração de segundos, mapeia tudo o que está à sua volta, percebe a movimentação dos jogadores e calcula a velocidade da bola, dos companheiros e dos adversários.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
terça-feira, 29 de julho de 2014
Piada da Vez
Quinta Sinfonia de Beethoven
O Manuel e a Maria resolvem ir ao Teatro Municipal.
Percebendo estarem atrasados, o marido pede a mulher
que se apresse. Após muitos retoques,a Maria termina de
se arrumar e eles se dirigem as pressas para o teatro.
Ao entrarem, o apresentador está anunciando:
- Ouviremos a Quinta Sinfonia de Beethoven.
Irritado, o Manuel ralha com a Maria:
- Estas vendo, mulher!
Por tua causa perdemos as outras quatro!
20 anos da morte de Mussum
Hoje 20 anos da morte do 'Trapalhão' Mussum - 'Saudadis'
Mussum, nome artístico de Antônio Carlos Bernardes Gomes, nasceu no Rio de Janeiro, em 7 de abril de 1941. Ele foi um músico, humorista, ator e comediante brasileiro.
Como músico foi membro do grupo de samba "Os Originais do Samba" e como humorista, do grupo "Os Trapalhões".
O Trapalhão Mussum
Mussum foi considerado por muitos o mais engraçado dos Trapalhões. No programa, popularizou o seu modo particular de falar, acrescentando as terminações "is" ou "évis" a palavras arbitrárias (como forévis, cacíldis, coraçãozis) e pelo seu inseparável "mé" (que era sua gíria para cachaça). O personagem que vivia no programa "Os Trapalhões" tinha como característica principal o consumo constante de bebidas alcoólicas, em especial a cachaça.
Mussum se celebrizou por expressões onde satirizava sua condição de negro, tais como "negão é o teu passádis" e "quero morrer prêtis se eu estiver mentindo", além de recorrentes piadas sobre bebidas alcoólicas.
Também criou outras frases hilariantes, que se popularizaram rapidamente, como "eu vou me pirulitazis (pirulitar)", quando fugia de uma situação perigosa, ou "traz mais uma ampola", pedindo cerveja, ou "casa, comida, três milhão por mês, fora o bafo!", passando uma cantada em uma mulher bonita, ou ainda "faz uma pindureta", pedindo fiado.
Seu personagem constantemente brincava com os outros membros do grupo, inclusive inventando apelidos divertidos (Didi Mocó era chamado de "cardeal" ou "jabá" ou Zacarias era chamado de "mineirinho de Sete Lagoas"). Também era alvo de gozações por parte dos demais membros do grupo, recebendo apelidos como "cromado", "azulão", "grande pássaro" entre outros, sempre ficando evidente, entretanto, que as brincadeiras e gozações eram feitas num ambiente de amizade entre os quatro...
Morte
Mussum morreu em 29 de julho de 1994, aos 53 anos, não resistindo a um transplante de coração, e foi sepultado em São Paulo. Deixou um legado de 27 filmes com "Os Trapalhões", além de mais de vinte anos de participações televisivas.
Veja os 3 vídeos abaixo, muito hilário
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Hoje, 100 anos do início da 1ª Guerra Mundial
<> Um século do início da Primeira Guerra Mundial <>
Há 100 anos, em 28 de julho de 1914, começava a Primeira Guerra Mundial, assim conhecida por ter envolvido as maiores potências mundiais. O conflito iria terminar somente quatro anos depois, em novembro de 1918, e foi classificado como a guerra das guerras, pela dimensão da tragédia, pelo uso de tecnologias modernas na ação de matar e por ter deixado quase 9 milhões de mortos entre os combatentes. Não há estatísticas confiáveis sobre civis mortos diretamente como consequência da guerra, mais os que morreram como efeito colateral do conflito, mas estima-se que superem 10 milhões de pessoas.
Completando agora um século desse evento trágico, é importante que as gerações de hoje e as do futuro sejam informadas das causas, do desenrolar das ações e das consequências apavorantes que conflitos dessa magnitude impõem sobre a humanidade. O horror que se abateu sobre a Europa diretamente e sobre todo o planeta indiretamente colocou em xeque a própria lógica da existência da vida e a questão de se a humanidade seria capaz de viver e sobreviver sob a paz, apesar das diferenças de interesses entre as nações. O horror sanguinário e a dimensão da matança na Primeira Guerra Mundial foram consequência também da genialidade humana, que havia menos de três décadas acabara de inventar a eletricidade e o motor a combustão interna. Essas invenções deram curso ao que se convencionou chamar de “segunda revolução tecnológica”, que mais adiante daria ao mundo progresso sobre a produtividade econômica e sobre a melhoria do bem-estar médio. Infelizmente, o progresso tecnológico contribuiu para a morte e para o tamanho da catástrofe durante a guerra.
°°° Fonte: via Gazeta do Povo >>>
Frase para a Semana
“O que mata um jardim não é
o abandono. O que mata um
jardim é esse olhar de quem
por ele passa indiferente.
E assim é com a vida,
você mata os sonhos que
finge não ver."
Mario Quintana
(Alegrete, 30 de julho de 1906 - Porto Alegre, 5 de maio de 1994).
O gaúcho Quintana foi poeta, tradutor e jornalista brasileiro.
domingo, 27 de julho de 2014
sábado, 26 de julho de 2014
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Poesia a Qualquer Hora (160) - Alex Castro
Poema aos Escritores Retos
nunca conheci escritor confessadamente ruim.
todos os meus conhecidos têm sido brilhantes em tudo.
e eu, tantas vezes preguiçoso, tantas vezes mal articulado,
eu tantas vezes irrespondivelmente solitário,
indesculpavelmente arrogante,
eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para puxar sacos,
eu, que tenho sido invisível aos resenhistas de suplemento,
eu, que tenho sentido os olhares superiores dos publicados,
eu, que tenho feito vergonhas literárias, conjugado sem concordar,
eu, que, quando a hora do debate surgiu, me tenho afastado
para fora da possibilidade da porrada;
eu, que tenho sofrido a angústia dos pequenos contos ridículos,
eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo literário.
todo escritor que eu conheço e que fala comigo
nunca teve um conto ruim, nunca sofreu de crônica apressada,
nunca foi senão shakespeare – todos eles shakespeares – na vida…
quem me dera ouvir de alguém a voz humana
que confessasse não uma perseguição editorial, mas um fracasso próprio;
que contasse, não uma rejeição injusta, mas uma merecida!
não, são todos o Ideal, se os leio e de si falam.
quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez escreveu mal?
Ó, são todos machados os meus irmãos,
arre, estou farto de gênios da literatura!
onde é que há escritores medíocres no mundo?
então só eu sou imaturo e despreparado nesta terra?
poderão os editores não os terem publicado,
podem ter sido rejeitados – mas por serem ruins nunca!
e eu, que tenho sido ignorado por justo merecimento,
como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
eu, que tenho sido ruim, literalmente ruim,
ruim, no sentido mesquinho e infame da ruindade literária.
( Hoje 25 de Julho é Dia do Escritor )
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Sutilezas Literárias # 040 - Khaled Hosseini
(...)
"Dias depois, quando os comunistas começaram a executar sumariamente todos os que tinham qualquer relação com o regime de Daoud Khan; quando começaram a circular pela cidade boatos que mencionavam olhos arrancados e órgãos genitais eletrocutados na prisão de Pol-e-Charkhi, Mariam ouviu falar do massacre ocorrido no Palácio. Daoud Khan estava morto. Antes, porem, os rebeldes comunistas haviam matado cerca de vinte membros de sua família, inclusive mulheres e crianças. Dizia-se que ele tinha tirado a própria vida, ou que tinha levado um tiro na cabeça no auge do confronto. Dizia-se também que ele tinha sido deixado para o fim e obrigado a assistir ao massacre de sua família, antes de ser fuzilado.
Rashid aumentou o volume do rádio e aproximou o ouvido.
"Foi criado um conselho revolucionário das Forças Armadas, e nosso watan será conhecido como República Democrática do Afeganistão", declarou Abdul Qader. "A era da aristocracia, do nepotismo e da desigualdade está encerrada, meus caros hamwatans. Pusemos fim a décadas de tirania. O poder está agora nas mãos das massas e daqueles que amam a liberdade. Tem início um novo tempo de glória na história de nosso país. Nasceu um novo Afeganistão. Podem estar certos de que não há o que temer, meus compatriotas afegãos. O novo regime manterá o máximo respeito tanto pelos princípios islâmicos quanto pelos democráticos. É hora de nos alegrarmos e de festejar."
Rashid desligou o rádio.
— Então, isso é bom ou ruim? — indagou Mariam.
— Ao que parece, ruim para os ricos — respondeu Rashid. — Talvez nem
tanto para nós.
Mariam pensou logo em Jalil. Será que os comunistas iam persegui-lo? Será que o prenderiam? Prenderiam os seus filhos? Tomariam seus negócios e suas propriedades?
— Está quente? — perguntou Rashid fitando o arroz.
— Servi direto da panela.
Ele resmungou e pediu que ela lhe passasse o prato.
Mais abaixo, na mesma rua, quando a noite se iluminou com súbitos clarões vermelhos e amarelos, uma Fariba exausta se ergueu apoiada nos cotovelos. Ela tinha o cabelo encharcado de suor e gotículas bordejavam seu lábio superior. Ao seu lado, uma parteira idosa, Wajma, observava o marido e os filhos de Fariba que passavam o recém-nascido de mão em mão. Estavam encantados com o cabelo claro do bebê, suas faces rosadas e franzidas, a boquinha vermelha, e os olhos de um verde-jade se movendo por detrás das pálpebras inchadas. Todos se entreolharam, sorrindo, ao ouvir sua voz pela primeira vez, um grito que, a princípio, mais parecia o miado de um gato e que se transformou num berro forte e saudável. Noor disse que os olhos do bebê pareciam pedras preciosas. Ahmad, que era o mais religioso da família, recitou o azan ao ouvido da irmãzinha e soprou três vezes em seu rosto.
— Laila, não é? — perguntou Hakim, embalando a filha.
— É. Laila— disse Fariba, com um sorriso cansado. — Beleza da Noite. É
perfeito.
Rashid fez um bolinho de arroz com a mão. Botou aquilo na boca, mastigou, mastigou e, depois, com uma careta, cuspiu tudo na sofrah.
— O que houve? — perguntou Mariam, odiando o tom de lamento da
própria voz. Podia sentir sua pulsação se acelerando, sua pele se contraindo.
— O que houve? — repetiu ele, como um miado, imitando-a. — O que
houve e que você fez besteira novamente.
— Mas deixei ferver por mais cinco minutos que o habitual.
— Isso e uma mentira deslavada!
— Juro...
Rashid sacudiu o resto de comida das mãos e afastou o prato, derrubando molho e arroz na sofrah. Mariam o viu se levantar como uma bala, sair da sala, sair da casa batendo a porta.
Ajoelhou-se no chão e tentou catar os grãos de arroz para botá-los de volta no prato, mas suas mãos tremiam tanto que precisou esperar que o tremor melhorasse. O medo lhe apertava o peito. Tentou respirar fundo algumas vezes.
Viu o seu rosto pálido refletido na vidraça e desviou os olhos.
Depois, ouviu a porta da frente se abrindo e Rashid voltando para a sala.
— Levante daí — disse ele. — Levante-se e venha cá.
Então, ele agarrou a sua mão, abriu-a e depositou ali um punhado de
pedrinhas.
— Ponha isso na boca.
— O quê?
— Ponha... isso... na... boca.
— Pare, Rashid. Eu...
Com aquelas mãos vigorosas, ele agarrou o seu rosto. Meteu dois dedos em sua boca, obrigando-a a abri-la, e enfiou ali aquelas pedrinhas duras e frias. Mariam tentou lutar contra aquilo, mas ele continuou a enfiar as pedrinhas em sua boca com o lábio superior erguido num sorriso de desdém.
— Agora, mastigue — disse ele.
Com a boca cheia de pedras e terra, Mariam tentou balbuciar uma súplica.
As lágrimas lhe escorriam pelo canto dos olhos.
— MASTIGUE! — berrou ele, e aquele hálito de cigarro atingiu em cheio o
seu rosto.
E ela mastigou. Lá no fundo de sua boca, alguma coisa estalou.
— Ótimo — disse Rashid. Suas mandíbulas tremiam.— Agora você sabe o gosto do arroz que faz. Agora sabe o que tem me dado nesse casamento. Comida ruim, e nada mais.
E foi embora deixando Mariam cuspindo pedras, sangue e pedaços de dois molares quebrados."
Khaled Hosseini, em "Cidade do Sol" . Capítulo 15 - Parte I
Editora Nova Fronteira - Tradução de: Maria Helena Rouanet
Atlético Mineiro é o Campeão da Recopa Sul-americana 2014
O Atlético conquistou o inédito título da Recopa Sul-americana,
ontem (23/07),ao vencer na prorrogação o time argentino do Lanús.
No primeiro jogo, semana passada, o Galo venceu lá na Argentina
por 1x0. Ontem no jogo de volta, no Mineirão, em Belo Horizonte,
o Atlético depois de perder por 3x2 no tempo normal, venceu na
prorrogação por 2x0, garantindo assim o título da competição.
ontem (23/07),ao vencer na prorrogação o time argentino do Lanús.
No primeiro jogo, semana passada, o Galo venceu lá na Argentina
por 1x0. Ontem no jogo de volta, no Mineirão, em Belo Horizonte,
o Atlético depois de perder por 3x2 no tempo normal, venceu na
prorrogação por 2x0, garantindo assim o título da competição.
A Recopa Sul-americana é disputada em 2 jogos. Entre o vencedor da
Libertadores contra o campeão da Sul-americana, do ano anterior.
Os 11 últimos campeões da Recopa:
2004 - Cienciano
2005 - Boca Juniors
2006 - Boca Juniors
2007 - Internacional
2008 - Boca Juniors
2009 - LDU
2010 - LDU
2011 - Internacional
2012 - Santos
2013 - Corinthians
2014 - Atlético-MG
Uma Lágrima: para Ariano Suassuna
Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa 16/06/1927 - Recife 23/07/2014)
Em menos de uma semana, o Brasil e a Literatura perde 3 grandes escritores. Depois da morte de João Ubaldo Ribeiro na sexta(18) e Rubem Alves no Sábado (19), faleceu ontem, quarta-feira (23), o escritor e dramaturgo paraibano, Ariano Suassuna, de 87 anos. Ele faleceu em Hospital de Recife, onde o escritor estava internado desde a segunda-feira. De acordo com a nota de falecimento, Suassuna teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana. Desde 1990, ocupava a cadeira 32, da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre. Ele será enterrado hoje (24), às 16 horas no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife.
*
Suassuna alcançou a consagração em 1955, com a estreia de O Auto da Compadecida, até hoje sua obra mais conhecida. A peça recebeu o prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Teatro naquele ano e se tornou um dos espetáculos mais populares do teatro nacional – foi adaptado para o cinema com sucesso em duas ocasiões, com os Trapalhões interpretando a peça, em 1987, com direção de Roberto Farias, e em 1999, dirigida por Guel Arraes primeiro como minissérie para a TV Globo e, no ano seguinte, lançada como longa-metragem nos cinemas. Com o sucesso da peça e a publicação, em 1956, de seu primeiro romance, A História de Amor de Fernando e Isaura, Suassuna abandona de vez a carreira de advogado para assumir a cátedra de Estética na Universidade Federal de Pernambuco.
Suassuna a partir daí começa a alternar um ativo papel como agitador da cultura nordestina, em paralelo com sua produção ficcional. Em 1959, funda, com o romancista e dramaturgo Hermilo Borba Filho, o Teatro Popular do Nordeste, embrião do que viria a ser, em 1970, o Movimento Armorial, também capitaneado por ele. A proposta estética do Movimento Armorial era a de revisitar símbolos, sons, manifestações artísticas apropriados pela cultura popular brasileira, mas que remontam à cultura barroca ibérica. O objetivo era criar uma "forma de arte erudita baseada nas raízes populares da cultura brasileira".
°°° Fonte: ZH Notícias >>> ///// °°° Saiba Mais sobre o Autor: Wikipédia >>>
"O otimista é um tolo. O pessimista, um chato.
Bom mesmo é ser um realista esperançoso."
Ariano Suassuna
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Imagens da Vez: A Arte de Samuel Silva
Desenhos do português Samuel Silva. Samuel é autodidata e faz
seus desenhos apenas com canetas esferográficas BIC.
“A caneta esferográfica é apenas mais uma ferramenta de arte.
terça-feira, 22 de julho de 2014
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Há Exatos 100 anos, a Seleção Brasileira Fez seu Primeiro Jogo
A gloriosa história da seleção que mais venceu no mundo - o Brasil
pentacampeão - começou no dia 21 de julho de 1914. No Estádio das
Laranjeiras, no Rio de Janeiro, completamente lotado, os torcedores
assistiram ao primeiro jogo de uma longa trajetória que, nesta segunda-feira,
traz a marca do centenário da maior paixão do povo brasileiro.
pentacampeão - começou no dia 21 de julho de 1914. No Estádio das
Laranjeiras, no Rio de Janeiro, completamente lotado, os torcedores
assistiram ao primeiro jogo de uma longa trajetória que, nesta segunda-feira,
traz a marca do centenário da maior paixão do povo brasileiro.
O primeiro jogo
Vindo de uma excursão pela Argentina, o Exeter City F. C., clube de profissionais da 3ª divisão da Inglaterra, chegou ao Brasil no mês de julho de 1914. A simples presença dos inventores do futebol agitou a cidade do Rio de Janeiro. Milhares de pessoas costumavam ficar horas a fio em frente ao Hotel dos Estrangeiros, o mais requintado da cidade, localizado na Praça José de Alencar, nas Laranjeiras, onde a delegação inglesa se encontrava hospedada, na esperança de ver os jogadores britânicos.
Para enfrentar os ingleses, a FBS convocou os melhores jogadores em atividade no Rio de Janeiro e São Paulo, os grandes centros do futebol brasileiro na época. Entre os convocados para formar a primeira Seleção Brasileira estavam Marcos de Mendonça, Friedenreich, Abelardo De Lamare, Rubens Salles e Sylvio Lagreca, entre outros. Ali nascia a primeira formação da Seleção Brasileira.
Por mais que não queiram os céticos, era a Seleção, pois foram convocados os grandes craques em atividade pela entidade máxima da época. Quanto à partida ser oficial ou não, é uma outra história, até porque na história do futebol não se tem conhecimento de um clube ou seleção que tenha iniciado sua história disputando um jogo ou competição oficial. Durante a permanência dos ingleses no Rio de Janeiro, aconteceu um fato hilariante. Um português, proprietário de um bar nas proximidades do hotel onde os jogadores do Exeter City encontravam-se hospedados, explorou com muita inteligência a fama dos britânicos. Depois de servir suco de laranja a três jogadores, o esperto português aguardou a saída deles e, em seguida, colocou em leilão as cadeiras, a mesa e os copos por eles utilizados, conseguindo arrecadar uma vultuosa quantia.
Antes da partida contra a Seleção, os ingleses disputaram dois amistosos e derrotaram um combinado de jogadores ingleses que atuavam no futebol carioca por 3 a 0. Posteriormente venceram a Seleção Carioca por 5 a 3. Tal façanha os credenciava como adversários fortes para os padrões que os torcedores estavam acostumados a ver. A partida aconteceu em 21 de julho de 1914, no campo do Fluminense, na Rua das Laranjeiras. O campo estava totalmente lotado: 5.000 espectadores.
Para surpresa geral, o Brasil venceu com facilidade, pelo placar de 2 a 0. Os gols foram marcados por Oswaldo Gomes aos 15 minutos do primeiro tempo – este, o primeiro gol da história da Seleção Brasileira – e Osman aos 30 minutos do mesmo período.
Durante o jogo aconteceram diversos incidentes. Os jogadores ingleses, acostumados a jogar num regime profissional, disputavam os lances com mais apetite, ao passo que os brasileiros, ainda amadores, procuravam jogar mais por exibição e lazer. Mesmo assim, a técnica e a habilidade dos brasileiros surpreenderam os jogadores do Exeter City. Inferiorizados na contagem e sem poder de reação, os jogadores ingleses não pouparam lances de violência. Rubens Salles foi atingido nas costelas; Friedenreich perdeu dois dentes e saiu de campo sangrando muito, mas retornou após receber atendimento. Na metade do segundo tempo, James Lagan e Jack Fort ameaçaram abandonar o campo, mas Jimmy Rigby, capitão da equipe, os fez retornar.
O grande nome da partida foi Rubens Salles, que, mesmo contundido, mostrou seu espírito de liderança e comandou a Seleção até o final da partida.
Ficha do Jogo:
Data: 21/07/1914
BRASIL 2x0 EXETER CITY FC (ING)
Competição: Amistoso.
Local: Campo da Rua Guanabara (Laranjeiras), no Rio de Janeiro (RJ). Público: 3.000 espectadores.
Árbitro: Harry Robinson (Inglaterra). Assistentes: Jack Maishan (Inglaterra), Arnaldo Borghet (Brasil).
Gols: Osvaldo Gomes, aos 28; Osman, aos 36.
BRASIL: Marcos de Mendonça, Píndaro e Nery; Sylvio Lagreca, Rubens Salles e Rolando; Abelardo, Oswaldo Gomes, Friedenreich, Osman e Formiga. Comissão Técnica: Sylvio Lagreca e Rubens Salles (capitão).
EXETER CITY: Loram; Fort e Strettle; Rigby, Lagan e Hardin; Holt, Whittaker, Hunter, Lovett e Goodwin. Treinador: Mac Gahey.
°°° Fonte: CBF >>>
Frase para a Semana
"Às vezes, vencer
é saber esperar."
Getúlio Vargas
(São Borja(RS), 19 de abril de 1882 - Rio de Janeiro(RJ), 24 de agosto de 1954)
Foi um advogado e político brasileiro. Foi presidente do Brasil em dois
períodos. O primeiro de 15 anos ininterruptos, de 1930 até 1945.
No segundo período, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou
o Brasil como presidente da república, por 3 anos e meio: de 31
de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando suicidou-se.
domingo, 20 de julho de 2014
Duas Lágrimas: para João Ubaldo Ribeiro e Rubem Alves
A primeira lágrima é para o escritor João Ubaldo Ribeiro, que morreu na madrugada de sexta-feira(18), aos 73 anos, vítima de embolia pulmonar. Baiano de Itaparica, ele ocupava a cadeira 34 na (ABL) Academia Brasileira de Letras. Com mais 20 títulos publicados em 16 países, teve diversas obras adaptadas para o cinema, teatro e TV. É autor entre outros livros: "Sargento Getúlio", "O Sorriso do Lagarto" e "Viva o Povo Brasileiro". Ubaldo foi enterrado no sábado (19), no mausoléu da (ABL), no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro.
* * *
A outra lágrima é para o educador, teólogo e escritor Rubem Alves que morreu na manhã deste sábado (19). Rubem Alves, de 80 anos, em decorrência de falência de múltiplos órgãos, segundo o Centro Médico de Campinas. Ele é mineiro de Boa Esperança. O educador estava internado desde o dia 10 de julho na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital por apresentar insuficiência respiratória devido a uma pneumonia. Publicou mais de 120 títulos, sobre filosofia, educação, teologia e literatura infantil. É autor entre outros livros: "A Alegria de Ensinar", "Entre a Ciência e a Sapiência", "O Suspiro dos Oprimidos". O corpo irá hoje (20), para o Crematório Metropolitano Primaveras, em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde acontecerá a cremação.
*
Triste. O Brasil e a Literatura perdem dois grandes intelectuais. Os homens vão, mas suas obras ficam. Descansem em paz.
sábado, 19 de julho de 2014
Trilha Sonora (151) - New Order
Blue Monday
New Order
Compositores: Gillian Gilbert,
Peter Hook, Stephen Morris e Bernard Sumner.
Peter Hook, Stephen Morris e Bernard Sumner.
How does it feel to treat me like you do?
When you've laid your hands upon me
And told me who you are
I thought I was mistaken
I thought I heard your words
Tell me, how do I feel
Tell me now, How do I feel
Those who came before me
Lived through their vocations
From the past until completion
They'll turn away no more
And I still find it so hard
To say what I need to say
But I'm quite sure that you'll tell me
Just how I should feel today
I see a ship in the harbor
I can and shall obey
But if it wasn't for your misfortune
I'd be a heavenly person today
And I thought I was mistaken
And I thought I heard you speak
Tell me how do I feel
Tell me now, how should I feel
Now I stand here waiting...
I thought I told you to leave me
While I walked down to the beach
Tell me how does it feel
When your heart grows cold
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Poesia a Qualquer Hora (159) - Santos Sousa
Opus 8
de auroras,
noites
e sereias
Jogo os dados no mar, como quem joga
a sorte das estrelas ou do vento,
e fico a embaralhar as ondas, como
o lúcido hierofante que desvenda
nas cartas o destino dos mortais.
Não sei qual é a carta-chave, mas
capto o sentido exato e a voz de quem
profere a frase mágica de tudo.
E se há no fundo náufragos que vão
com dedos ágeis folheando páginas
de noites e de auroras impossíveis,
na superfície há sempre olhos profanos
de peixes e sereias, traduzindo
o jogo de meus dedos sobre o mar.
Santos Sousa
quinta-feira, 17 de julho de 2014
20 anos do tetra campeonato do Brasil na Copa do Mundo de Futebol
Hoje, faz exatos 20 anos, que a Seleção Brasileira conquistou seu 4.º título na
Copa do Mundo de Futebol. O Brasil venceu a Itália nos pênaltis, por 3x2,
depois de empatar em 0x0 no tempo normal e na prorrogação.
Converteram as penalidades para o Brasil:
Romário, Branco e Dunga.
Márcio Santos desperdiçou sua cobrança.
Marcaram para a Itália: Albertini e Evani.
Perderam: Baresi, Massaro e Baggio.
Roberto Baggio perdendo o pênalti!
Inesquecível!
Campanha do Brasil:
7 J - 5 V - 2 E - 0 D - 11 GF - 3 GC - 8 SG
Brasil 2x0 Rússia
Brasil 3x0 Camarões
Brasil 1x1 Suécia
Brasil 1x0 EUA
Brasil 3x2 Holanda
Brasil 1x0 Suécia
Brasil 0x0 Itália - p.k. 3x2
Brasil
Itália
Suécia
Bulgária
Artilheiros: Hristo Stoichkov (Bulgária) e Oleg Salenko (Rússia) com 6 gols.
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