Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa 16/06/1927 - Recife 23/07/2014)
Em menos de uma semana, o Brasil e a Literatura perde 3 grandes escritores. Depois da morte de João Ubaldo Ribeiro na sexta(18) e Rubem Alves no Sábado (19), faleceu ontem, quarta-feira (23), o escritor e dramaturgo paraibano, Ariano Suassuna, de 87 anos. Ele faleceu em Hospital de Recife, onde o escritor estava internado desde a segunda-feira. De acordo com a nota de falecimento, Suassuna teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana. Desde 1990, ocupava a cadeira 32, da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre. Ele será enterrado hoje (24), às 16 horas no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife.
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Suassuna alcançou a consagração em 1955, com a estreia de O Auto da Compadecida, até hoje sua obra mais conhecida. A peça recebeu o prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Teatro naquele ano e se tornou um dos espetáculos mais populares do teatro nacional – foi adaptado para o cinema com sucesso em duas ocasiões, com os Trapalhões interpretando a peça, em 1987, com direção de Roberto Farias, e em 1999, dirigida por Guel Arraes primeiro como minissérie para a TV Globo e, no ano seguinte, lançada como longa-metragem nos cinemas. Com o sucesso da peça e a publicação, em 1956, de seu primeiro romance, A História de Amor de Fernando e Isaura, Suassuna abandona de vez a carreira de advogado para assumir a cátedra de Estética na Universidade Federal de Pernambuco.
Suassuna a partir daí começa a alternar um ativo papel como agitador da cultura nordestina, em paralelo com sua produção ficcional. Em 1959, funda, com o romancista e dramaturgo Hermilo Borba Filho, o Teatro Popular do Nordeste, embrião do que viria a ser, em 1970, o Movimento Armorial, também capitaneado por ele. A proposta estética do Movimento Armorial era a de revisitar símbolos, sons, manifestações artísticas apropriados pela cultura popular brasileira, mas que remontam à cultura barroca ibérica. O objetivo era criar uma "forma de arte erudita baseada nas raízes populares da cultura brasileira".
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"O otimista é um tolo. O pessimista, um chato.
Bom mesmo é ser um realista esperançoso."
Ariano Suassuna
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